Patologias micóticas e neoplásicas da cavidade nasal de pequenos ruminantes e equino.

• Autor(a) principal: FIRMINO, Milena de Oliveira.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25679
• topic: Cavidade nasal - pequenos ruminantes; Cavidade nasal - equinos; Equinos - cavidade nasal; Pequenos ruminantes - cavidade nasal; Patologias micóticas - cavidade nasal; Neoplasias da cavidade nasal; Dispneia; Obstrução nasal; Rinite fúngica; Neoplasia mesenquimal; Deformidade facial - pequenos ruminantes; Deformidade facial - equinos; Nasal cavity - small ruminants; Nasal cavity - horses; Horses - nasal cavity; Small ruminants - nasal cavity; Mycotic pathologies - nasal cavity; Nasal cavity neoplasms; Dyspnea; Nasal obstruction; Fungal rhinitis; Mesenchymal neoplasm; Facial deformity - small ruminants; Facial deformity - horses; Medicina Veterinária

Esta tese foi constituída por quatro capítulos que resultaram em quatro artigos científicos relacionados a doenças da cavidade nasal em pequenos ruminantes e equino diagnosticados no Laboratório de Patologia Animal, do Hospital Veterinário Universitário Prof. Dr. Ivon Macedo Tabosa, da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba. No primeiro capítulo descreve-se os achados epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de meningoencefalite secundária a rinite por Pythium insidiosum em ovino que apresentava discreta dispneia e sinais neurológicos. Na cavidade nasal havia massa vermelho-enegrecida, irregular e friável que comprometia bilateralmente o septo nasal e porção rostral das conchas nasais. No encéfalo observou-se espessamento difuso das leptomeninges do cerebelo e porção ventral do tronco encefálico por material granular amarelado associado à hiperemia dos vasos. No assoalho do quarto ventrículo havia deposição de material amarelado, irregular e levemente granular que se projetava em direção ao óbex e deslocava dorso-lateralmente o cerebelo. Microscopicamente verificou-se rinite piogranulomatosa, eosinofílica e necrosante, e meningoencefalite fibrinossupurativa, eosinofílica e necrosante, ambas associadas a trombos, vasculite e imagens negativas de hifas intralesionais. As hifas foram impregnadas pela prata e imunopositivas para o anticorpo anti-Pythium insidiosum. O segundo capítulo é referente as características clinico-patológicas da rinite por Exserohilum rostratum em caprino no qual apresentava anorexia, dispneia e deformidade da face há dois meses. Na cavidade nasal havia área focalmente extensa amarelo-acastanhada, irregular, ulcerada e friável que drenava secreção purulenta afetando o vestíbulo nasal até a porção caudal da concha dorsal. A lesão foi caracterizada como rinite e osteomielite piogranulomatosa e necrosante, associada a estruturas fúngicas. Morfologicamente, as hifas caracterizavam-se por paredes delgadas, levemente tortuosas e raramente, múltiplas cadeias de conídios individuais ou em grupos e clamiconídeos pigmentados. Foram positivas nas colorações histoquímicas especiais de Fontana masson, metenamina nitrato de prata de Grocott e ácido periódico de Schiff. O agente foi determinado através do isolamento microbiológico associado a identificação molecular. No terceiro artigo relata-se linfoma de células T nasal de caprino, que apresentou dispneia e ruído respiratório. No corte sagital da cabeça observou-se massa rósea-acinzentada, superfície lisa, multilobulada, macia, fortemente aderida a porção rostral da concha dorsal e ocluíndo o meato nasal dorsal nas cavidades nasais direita e esquerda. No exame histopatológico revelou uma neoplasia de origem linfocítica, confirmado linfoma de células T por imunohistoquímica. No quarto capítulo apresenta um caso de leiomiossarcoma primário de cavidade nasal em equino que apresentava diminuição do rendimento esportivo e secreção purulenta nasal bilateral com aproximadamente seis meses de evolução. Na cavidade nasal, observou-se massa de superfície irregular, amarelada, brilhante, fibroelástica, obstruindo a narina esquerda. No exame histopatológico foi observado células neoplásicas fusiformes, que coraram em vermelho na coloração de Tricômico de Masson e houve imunomarcação positiva para os anticorpos 1A4, HHF35, Desmina e S100. O diagnóstico de leiomiossarcoma foi baseado nos aspectos morfotintoriais das células e confirmado através da imuno-histoquímica. Dentre tais novas condições anatomopatológicas diagnosticadas no LPA/HVU/UFCG nos animais de produção verificou-se que as infecciosas e as neoplasia ocorrem esporadicamente e são responsáveis por morte/eutanásia dos pacientes. Cursam com sinais clínicos semelhantes e inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico clínico e macroscópico. Sendo necessário a utilização de exames histopatológicos, imuno-histoquímicos, microbiológicos e moleculares para confirmação da etiologia de cada condição.