A prática do aleitamento materno exclusivo na visão de puérperas do município de Cuité - PB.

• Autor(a) principal: SILVA, Mariane Lorena Souza.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8619
• topic: Aleitamento Materno; Mãe; Filho; Amamentação; Breastfeeding; Mother; Son; Breast-feeding; Amamantamiento; Mamá; Hijo; Amamantamiento; Saúde Materno-Infantil

O aleitamento materno é uma etapa do processo reprodutivo feminino, a qual garante um crescimento e desenvolvimento saudável das crianças, reduzindo a mortalidade infantil, e gerando benefícios para a saúde da mãe e do recém-nascido. Sabe-se que a prática do aleitamento materno exclusivo quando realizada estabelece um forte vínculo de intimidade e união intensa ao binômio mãe-filho. Porém, esta experiência somente se torna possível quando a mãe possui o desejo real e a disponibilidade para amamentar. Com isso, o Ministério da Saúde lançou várias estratégias para promover a prática do aleitamento materno, mas mesmo diante disso, é visto que ainda há vários fatores que interferem e influenciam o desmame. Diante desta situação, vislumbra-se a necessidade de avaliar as ações direcionadas para a estimulação desse ato no âmbito da Estratégia de Saúde da Família, proveniente da vivência de mulheres puérperas. Com isso, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar as particularidades da prática do Aleitamento Materno Exclusivo, sob a visão de puérperas do município de Cuité-PB. Trata-se de um estudo de campo de natureza exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, desenvolvido com quinze mães cadastradas nas Unidades de Saúde da Família, situadas no município de Cuité-PB. Para coleta de dados foi realizada entrevistas com roteiros semiestruturados, empregando a técnica de análise do conteúdo na modalidade temática de Bardin. Mediante a obtenção dos resultados, verificou-se que as participantes tinham entre 18 a 35 anos de idade, a maioria eram agricultoras, com relações conjugais estáveis, pouco escolarizadas e com renda mensal abaixo de um salário mínimo, noves mães tiveram pelo menos duas gestações e seis apenas uma, a maioria possuía pelo menos dois filhos vivos, apresentaram aborto em alguma das suas gestações e a maioria foi submetida à cesariana. Foi possível verificar que as participantes têm um entendimento limitado quanto ao conceito de aleitamento materno, bem como não conhecem nenhum benefício deste pra si, apenas para a criança. A maioria recebeu orientações durante o pré-natal, porém nota-se que estas não foram tão suficientes e que outros aspectos como manter a amamentação na volta ao trabalho deve ser uma questão abordada. Notou-se que a rede de apoio familiar e social é essencial para que a mulher sinta-se mais segura e tenha vontade de amamentar exclusivamente até os seis meses. Em relação às dificuldades verifica-se que as citadas pelas mães de alguma maneira são inerentes ao processo de amamentação e que geralmente só acontecem no início das mamadas. Mas, com o passar dos dias, esta se torna mais eficaz e prazerosa. Contudo, é importante entender um pouco do universo vivenciado pelas mães que amamentam exclusivamente para se ter uma assistência de pré-natal efetiva. É primordial a implementação de estratégias que busque envolver a mulher e todo o seu contexto familiar e social, a fim de propagar a continuidade do aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Para isso, é indispensável que os profissionais se aproximem da realidade dessas, ouvindo-as e permitindo que elas expressem todas as suas dúvidas, a fim de que as esclareçam e perceba possíveis riscos para o desmame precoce.