A percepção dos enfermeiros da atenção básica acerca do atendimento á mulher em situação de violência do município de Cajazeiras.

• Autor(a) principal: DUARTE, Isis Gondim Trajano.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7848
• topic: Violência contra a mulher; Pessoal de Saúde; Papel do profissional de enfermagem; Enfermagem - educação continuada; Violência de gênero; Violence against women; Health Personnel; Role of the nursing professional; Nursing - Continuing Education; Gender Violence; Enfermagem.

O problema da violência de gênero acarreta prejuízos na vida das vítimas como um todo, e violência não se trata apenas de agressão física. As vítimas necessitam de atendimento adequado, qualificado, integral e atento à sua subjetividade. Haja vista a complexidade do problema e a necessidade de fornecer maior visibilidade a essa questão, o presente trabalho tem o objetivo de identificar os principais desafios encontrados pelos enfermeiros no atendimento às mulheres em situação de violência. A intenção de investigar e compreender os desafios encontrados pelos profissionais de saúde no momento do atendimento à mulher em situação de violência requer um estudo qualitativo. A presente pesquisa é de cunho exploratório e o processo investigativo se deu através de entrevistas semiestruturadas realizadas pela pesquisadora, tendo como sujeitos onze enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família da zona urbana no município de Cajazeiras. A análise dos dados coletados foi feita com base na teoria da Análise de Conteúdo Temática. Os resultados indicam que os profissionais enfrentam inúmeras dificuldades, desde os sentimentos que os acometem, como insegurança, revolta, angústia, aflição, entre outros; até as barreiras jurídicas e as angústias das vítimas, que dificultam ou atrasam a denúncia. O medo é um sentimento comum às usuárias e aos profissionais, e é causado pela falta de preparo dos profissionais, falta de medidas protetivas efetivas, estigmas impostos às situações de violência e o não cumprimento integral absoluto da Lei Maria da Penha. Os temores que sentem contribuem para a invisibilidade dos casos de violência contra a mulher. Mesmo diante das dificuldades, percebe-se que enfermeiros se comovem com as dores das pacientes e gostariam de vê-las livres das situações de opressão. A capacitação técnica e suporte psicológico aos profissionais; junto ao aprimoramento da Rede de Saúde e Proteção parecem ser medidas que diminuirão o déficit nos atendimentos, tendo como consequência a diminuição do número de mulheres submetidas a situações de violência.