O uso dos inositóis no tratamento da síndrome dos ovários policísticos: revisão integrativa.

• Autor(a) principal: SILVA, Socorro da Piedade Berto da.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29000
• topic: Nutrição clínica; Suplementos alimentares; Síndrome de Stein- Leventhal; Síndrome de ovários policísticos; Endocrinopatia metabólica; Câncer do endométrio; Clinical Nutrition; Food suplements; Stein's Syndrome Leventhal; Polycystic ovary syndrome; Endocrinopathy metabolic; Endometrial cancer; Nutrición Clínica; Suplementos alimenticios; Sindrome de Ovario poliquistico; Cáncer endometrial; Nutrição

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma endocrinopatia metabólica que afeta uma parcela considerável de mulheres em idade reprodutiva, apresentando risco para o desenvolvimento de outras complicações, entre elas, a resistência insulínica, diabetes mellitus, síndrome metabólica, e elevação do risco para o câncer de endométrio. O tratamento não farmacológico inclui modificações no estilo de vida, que incluí alimentação saudável e utilização de suplementos alimentares. O uso de inósitois tem sido um excelente aliado na terapêutica nutricional na SOP, especialmente na melhora da resistência insulínica. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo consolidar informações sobre evidências científicas do uso de inositóis no tratamento da Síndrome dos ovários policísticos. Foi realizada uma revisão integrativa, nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed, Scielo, Science Direct e na Biblioteca Virtual em Saúde, com a utilização combinada dos descritores “Polycystic Ovary Syndrome” e “Inositol” no idioma unicamente inglês, selecionando artigo dos últimos 5 anos (2018 a 2022). Foram obtidos 3994 artigos, após realizar análise do título e resumo resultou em 17 artigos que foram analisados pelo texto completo. Ao final da aplicação de todos os critérios de inclusão e exclusão, resultou em 14 artigos que foram incluídos nesta revisão, sendo 12 realizados em humanos e 2 em animais. Os estudos analisados demonstram que o uso dos inositois apresenta benefícios favoráveis na melhora da resistência à insulina, comparado à metformina. A metformina, apesar de promover uma excelente melhora da resistência insulínica, reduz a capacidade antioxidante total. E o tratamento com inositol isolado ou associado com a metformina, mostrou um possível efeito antioxidante do inositol. O consumo de uma dieta rica em inositol ou a suplementação com inositol mostrou relevância na redução da resistência à insulina, promoveu melhora na relação LH/FSH e melhora no ciclo menstrual. Porém, os resultados são controversos a respeito da melhora da taxa de ovulação e gravidez. A respeito das proporções que melhor tratam os efeitos da SOP, os estudos analisados demonstraram que a proporção 40:1 de mioinositol (MI) e D-chiro-inositol (DCI) tem efeitos mais positivos. Quando utilizadas proporções mais elevadas de DCI em relação à MI, parece ser desfavorável na morfologia ovariana. Portanto, a utilização de inositol na terapêutica da SOP pode ser uma estratégia interessante de ser utilizada tanto na dieta (a partir de fontes alimentares), bem como suplementação para o tratamento da SOP.