Frequência do consumo de alimentos lácteos como fonte de cálcio por adolescentes do município de Belém-PB.

• Autor(a) principal: SOUSA, Thays Cristina de.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24482
• topic: Nutrição; Produtos lácteos; Leite - consumo - adolescente; Saúde óssea; Alimentos lácteos; Cálcio - alimentação; Dairy products; Milk - consumption - teenager; Dairy foods; Calcium - food; Productos lácteos; Leche - consumo - adolescente; Calcio - comida

A adolescência é o período de transição entre a infância e a fase adulta onde a puberdade traz consigo modificações fisiológicas e psicológicas. As carências nutricionais acabam sendo corriqueiras em função da alimentação repleta de industrializados, prejudicando o desenvolvimento em diversos aspectos. A escolha de alimentos pelas famílias dos adolescentes sofre influência da área onde residem, uma vez que há maior facilidade da aquisição para aqueles que moram na zona urbana, próximos aos grandes centros e aos comércios, enquanto os que residem na zona rural ou em regiões distantes do comércio da cidade, limitam-se a comprar gêneros em maior quantidade e que tenham maior durabilidade, excluindo os perecíveis, como vegetais e frutas. Nesta fase do ciclo, é comum que haja a deficiência de minerais, e dentre eles, o cálcio se destaca, pois está entre um dos minerais menos consumidos em função da baixa ingestão de alimentos fontes do mesmo. Diante da importância do cálcio na formação óssea do adolescente e as possíveis variáveis que influenciam o acesso e aquisição de alimentos fonte desse mineral, o presente trabalho objetivou-se em investigar o consumo de alimentos lácteos fontes de cálcio entre estudantes adolescentes de escolas públicas, a fim de verificar a ingestão de leite e derivados fonte de cálcio. A pesquisa foi realizada na cidade de Belém-PB, localizada no interior da Paraíba, em escolas públicas municipais e estaduais, da zona urbana e rural. Os dados foram coletados com auxílio de três questionários, um questionário de frequência alimentar, outro sociodemográfico e o socioeconômico. Os dados coletados foram tabulados no programa Excel Microsoft e foram geradas tabelas para auxiliar a comparação e construção dos resultados da pesquisa. Quando aplicado o questionário socioeconômico e demográfico foi possível observar 66,1% da amostra residia na zona urbana, e 33,9% na zona rural, e mais de 20% relataram que tanto o pai quanto a mãe só concluíram até a 4o série do ensino fundamental, 37,82% relatam ter renda de até 1 salário mínimo. Quando analisado os dados referentes ao questionário de consumo de leite e derivados, foi visto que há um baixo consumo de todos os itens presentes no mesmo, sendo ingerido quantidades de lácteos e derivados abaixo da recomendação, acarretando um possível déficit de cálcio nos mesmos. Conclui-se que tal resultado é decorrente das condições socioeconômicas das famílias, do baixo nível de informações acerca da importância da alimentação saudável em função da pouca escolaridade, e das implicações associadas a residir na zona rural para aquisição de alimentos.