Prevalência de queilite actínica em trabalhadores expostos à radiação solar no município de Patos - PB.

• Autor(a) principal: DANTAS, Lucas Richter de Oliveira.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26051
• topic: Queilite actínica; Exposição solar - trabalhadores; Radiação solar; Saúde do trabalhador; Lábio; Patos - PB - trabalhadores ao ar livre; Actinic cheilitis; Sun exposure - workers; Solar radiation; Worker's health; Lip; Ducks - PB - outdoor workers; Odontologia

A queilite actínica é uma lesão potencialmente maligna de lábio, principalmente lábio inferior, que tem como fator etiológico a radiação ultravioleta. Trabalhadores ao ar livre são considerados aqueles que, em um dia normal de trabalho, exercem suas funções ao ar livre por mais de três horas, sendo considerados fortes candidatos à desenvolverem queilite actínica. Este trabalho teve como objetivo estudar a prevalência de queilite actínica em trabalhadores que exercem atividades ao ar livre na cidade de Patos/PB, investigando ainda possíveis associações da presença da queilite actínica e severidade com variáveis sociodemográficas e epidemiológicas. Apenas trabalhadores acima de 18 anos participaram da pesquisa. A coleta de dados se deu por meio de exame extra-oral e questionário com perguntas que caracterizavam condições socioeconômicas e aspectos demográficos, a exposição ocupacional e hábitos. A amostra foi de 151 indivíduos, onde a prevalência de queilite actínica foi de 29,1%, sendo o sexo masculino mais prevalente (71,5%), feodermas (52,3%) e com idade média de 39,18 anos (DP± 14,7). A maioria dos trabalhadores tinham baixa escolaridade (44,4%), trabalho informal (62,3%), ganhavam até dois salários mínimos (61,1%). A presença de queilite actínica apresentou associação estatisticamente significante com a situação trabalhista informal (p = 0.003), renda (p<0.001), o maior tempo de exposição em dias da semana (p = 0.011) e meses (p = 0.033) e o tabagismo (p = 0.001). As lesões mais severas mostraram significância em relação à cor de pele leucoderma (p = 0.001), escolaridade (p = 0.029) e ao não uso de boné e chapéu (p = 0.002). Conclui-se que a prevalência de queilite actínica é considerada relativamente alta, grande parte dos trabalhadores expostos à radiação ultravioleta não tem uma proteção adequada para os lábios e fatores socioeconômicos e epidemiológicos estão relacionados com a presença desta lesão. Sendo assim, é necessário programas de saúde pública que conscientizem os malefícios da exposição à radiação solar de forma desprotegida.