Diagnóstico socioambiental do despejo de óleos lubrificantes automotivos: o caso do distrito dos mecânicos em Campina Grande-PB.

• Autor(a) principal: COSTA, Cristian José Simões.
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34861
• topic: Distrito dos mecânicos - Campina Grande - PB; Diagnóstico socioambiental; Óleos lubrificantes automotivos - descarte; História ambiental; Plano de gerenciamento ambiental; Mechanics district - Campina Grande - PB; Socio-environmental diagnosis; Automotive lubricating oils - disposal; Environmental history; Environmental Management Plan; História.

A dependência humana do transporte rodoviário é antiga e recentemente observa-se um contínuo crescimento neste setor. De acordo com o artigo da Jato Dynamics - consultoria especializada em veículos, publicado no site Economia Empresa (2011) o Brasil é um dos maiores mercados de veículos do mundo, ocupando atualmente a quinta colocação no ranking. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN (2011) na cidade de Campina Grande PB, conhecida pelo seu comércio e pólo tecnológico, a frota de veículos circulando na Cidade chega a 119.999 mil. Portanto, percebe-se a importância das oficinas mecânicas no mercado de reparação dos automóveis, principalmente nos movidos à óleo diesel. O Distrito dos Mecânicos de Campina Grande PB, localizado no Distrito Industrial, faz parte de um complexo ramo da economia ligado à manutenção de veículos, fundamentais na geração de renda, porém com grande capacidade de degradação ambiental. Como não há um plano de gerenciamento ambiental nas oficinas do Distrito dos Mecânicos, os resíduos produzidos, dentre eles os oleosos, acabam sendo, em sua maior quantidade, descartados de forma incorreta. Tal procedimento tem como consequência a poluição do solo, dos mananciais, dos lençóis freáticos e do ar. Além disso, os mesmos não possuem um sistema de racionalização do consumo de água e energia, o que contribui para o desequilíbrio ambiental daquela região. Segundo Marques (2005), o consumo é considerado um dos principais fatores da degradação ambiental que pode, além dos limites da necessidade, comprometer seriamente a sustentabilidade. Portanto, evidencia-se a necessidade de reduzir o uso dos recursos naturais, e pensar em políticas que possibilitem o trabalho de forma sustentável nos parâmetros propostos pelo Plano Nacional de Desenvolvimento Humano, medidos pelas Nações Unidas com base no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) criado por Mahbud Ul Haq (VEIGA, 2005). Em face da problematização apresentada verifica-se a urgente necessidade de estudá-la. Para tal é necessário a coleta de dados daquela região, com o intuito de fomentar a aplicação de um plano de gerenciamento ambiental. A partir deste plano, é possível buscar essas e de outras respostas:Qual o verdadeiro impacto que os resíduos dessas oficinas oferecem ao ambiente e à qualidade de vida da população local? Que dados podem ser obtidos em relação ao grau de poluição dessas empresas? Qual a composição do efluente que essas empresas apresentam? Qual a melhor forma de intervir rumo ao desenvolvimento sustentável?