A desnasalização de ditongo nasal final de formas verbais: um estudo diacrônico.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28555 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo geral verificar de que modo a manifestação linguística que se desvia dos preceitos impostos pela gramática tradicional evidencia uma relação com a língua portuguesa falada outrora em Portugal, que compreende a origem de algumas variações, como a desnasalização de ditongo nasal final de verbos da 3ª pessoa do plural no presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito do indicativo, como também pretérito imperfeito do subjuntivo e infinitivo pessoal. Os objetivos específicos são: descrever a desnasalização do ditongo nasal final nos verbos de 3ª pessoa do plural presente na fala de sujeitos escolarizados de diferentes faixas etárias na região de Campina Grande e demonstrar o caráter dinâmico e social da língua, na medida em que os falantes contribuem para que haja diversidade na língua falada no Brasil. O corpus desta pesquisa é formado por documentos históricos antigos e gravações da fala de indivíduos, de um mesmo grupo familiar e de diferentes faixas etárias que moram em Campina Grande – PB, para que pudéssemos verificar as evidências históricas e atuais da desnasalização em formas verbais. Para a realização do estudo de tal corpus nos fundamentamos nas contribuições teóricas sobre: a formação da língua portuguesa, demonstrando as diversas influências que recebeu; as variações e mudanças linguísticas, para verificar os fatores que influenciam a diversidade linguística; e os estudos descritivos sobre concordância, uma vez que a perda de nasalização pode provocar ausência de concordância nas orações. Em nossa análise, percebemos que antes da normatização da ortografia a desnasalização em formas verbais já estava presente na língua portuguesa, como ocorreu no período arcaico. Além disso, constatamos que a perda de nasalização em formas verbais pode causar ausência de concordância verbal nas orações, quando realizada em verbos no presente e pretérito imperfeito do indicativo, como também no pretérito imperfeito do subjuntivo e infinitivo pessoal, pois a perda de nasalidade faz com que as formas verbais se manifestem com sua forma de singular. Porém, se esse fenômeno se manifestar em verbos no pretérito perfeito do indicativo, a forma verbal continuará concordando com o sujeito, uma vez que os morfemas modo-temporal e número-pessoal não se apresentam com a forma de singular, mas há a presença de um novo morfema –ru. Os resultados obtidos apontam que as variações linguísticas estão presentes na fala dos indivíduos em ambientes menos monitorados e os falantes, por um processo de menor esforço, tendem a seguir o princípio da economia linguística, simplificando a pronúncia das palavras. |
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A desnasalização de ditongo nasal final de formas verbais: um estudo diacrônico.The denasalization of final nasal diphthongs of verbal forms: a diachronic study.FonéticaDesnasalização de ditongo nasal final de verbos de 3ª pessoaEstudo diacrônicoDitongo nasal - desnasalizaçãoFormação da língua portuguesaEconomia linguísticaVariação linguísticaConcordância verbalPhoneticsDenasalization of final nasal diphthong of 3rd person verbsDiachronic studyPortuguese language trainingLinguistic economicsLinguistic variationVerbal agreementLinguísticaEste trabalho tem como objetivo geral verificar de que modo a manifestação linguística que se desvia dos preceitos impostos pela gramática tradicional evidencia uma relação com a língua portuguesa falada outrora em Portugal, que compreende a origem de algumas variações, como a desnasalização de ditongo nasal final de verbos da 3ª pessoa do plural no presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito do indicativo, como também pretérito imperfeito do subjuntivo e infinitivo pessoal. Os objetivos específicos são: descrever a desnasalização do ditongo nasal final nos verbos de 3ª pessoa do plural presente na fala de sujeitos escolarizados de diferentes faixas etárias na região de Campina Grande e demonstrar o caráter dinâmico e social da língua, na medida em que os falantes contribuem para que haja diversidade na língua falada no Brasil. O corpus desta pesquisa é formado por documentos históricos antigos e gravações da fala de indivíduos, de um mesmo grupo familiar e de diferentes faixas etárias que moram em Campina Grande – PB, para que pudéssemos verificar as evidências históricas e atuais da desnasalização em formas verbais. Para a realização do estudo de tal corpus nos fundamentamos nas contribuições teóricas sobre: a formação da língua portuguesa, demonstrando as diversas influências que recebeu; as variações e mudanças linguísticas, para verificar os fatores que influenciam a diversidade linguística; e os estudos descritivos sobre concordância, uma vez que a perda de nasalização pode provocar ausência de concordância nas orações. Em nossa análise, percebemos que antes da normatização da ortografia a desnasalização em formas verbais já estava presente na língua portuguesa, como ocorreu no período arcaico. Além disso, constatamos que a perda de nasalização em formas verbais pode causar ausência de concordância verbal nas orações, quando realizada em verbos no presente e pretérito imperfeito do indicativo, como também no pretérito imperfeito do subjuntivo e infinitivo pessoal, pois a perda de nasalidade faz com que as formas verbais se manifestem com sua forma de singular. Porém, se esse fenômeno se manifestar em verbos no pretérito perfeito do indicativo, a forma verbal continuará concordando com o sujeito, uma vez que os morfemas modo-temporal e número-pessoal não se apresentam com a forma de singular, mas há a presença de um novo morfema –ru. Os resultados obtidos apontam que as variações linguísticas estão presentes na fala dos indivíduos em ambientes menos monitorados e os falantes, por um processo de menor esforço, tendem a seguir o princípio da economia linguística, simplificando a pronúncia das palavras.The main purpose of this academic work is to verify that the linguistic manifestation that deviates from the precepts imposed by traditional grammar shows a relationship with the Portuguese language once spoken in Portugal, which covers the origins of some variations, just like final nasal diphthong denasalization of verbs in the 3rd person of plural in present, past perfect, past imperfect indicative, imperfect subjunctive and infinitive personal. The specific purposes are: describe final nasal diphthong denasalization on verbs in the 3rd person of plural inside speech of scholar people from different age groups in Campina Grande area and demonstrate the dynamic and social aspect of the language, since speakers contribute for diversity of the language spoken in Brazil. This research corpus is formed by ancient historical documents and people speech recordings of a same familiar group and different age groups of people who live in Campina Grande area, in order to we verify actual and historical evidences of denasalization in verbal forms. For the study of this corpus we have considered the theoretical contributions about: formation of the Portuguese language, demonstrating many influences which it have received; language variation and change, to identify factors that influence linguistic diversity; and descriptive studies about concordance, once the loss of nasalization may cause lack of agreement in the sentence. In our analyses, we realized that before the regulation of ortography, denasalization in verbal forms was already present in Portuguese language, just like in archaic times. Besides, we found that the loss of nasalization in verb forms may cause lack of verbal concordance in sentences, when it is realized in the present and in the imperfect past tense of indicative mode, such as in the imperfect past tense of subjuctive mode and personal infinitive, because the lack of nasalization causes the verbal forms manifestation in the singular. However, if this phenomenon is manifested in verbs in the past tense of the indicative, the verbal form will continue to agree with the subject, once the temporal mode and personal numeric morphemes are not presented in the singular, but there is a new morpheme –ru. The results show us that linguistic variations are present in the speech of people in less monitored ambience and speakers, by a process of least effort, tend to follow the principle of linguistic economy, simplifying the pronunciation of words.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Humanidades - CHUFCGBEZERRA, Maria Auxiliadora.BEZERRA, M. A.http://lattes.cnpq.br/8478129683261997PATRIOTA, Luciene MariaCALDAS, Viviane Moraes de.PEDROSA, Larissa Moraes.20132023-01-02T19:04:42Z2023-01-022023-01-02T19:04:42Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28555PEDROSA, Larissa Moraes. A desnasalização de ditongo nasal final de formas verbais: um estudo diacrônico. 2013. 53f. Trabalho de Conclusão de Curso (monografia), Curso de Licenciatura em Letras: Língua Portuguesa, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande - Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2013. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28555porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-01-02T19:05:33Zoai:localhost:riufcg/28555Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-01-02T19:05:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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Este trabalho tem como objetivo geral verificar de que modo a manifestação linguística que se desvia dos preceitos impostos pela gramática tradicional evidencia uma relação com a língua portuguesa falada outrora em Portugal, que compreende a origem de algumas variações, como a desnasalização de ditongo nasal final de verbos da 3ª pessoa do plural no presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito do indicativo, como também pretérito imperfeito do subjuntivo e infinitivo pessoal. Os objetivos específicos são: descrever a desnasalização do ditongo nasal final nos verbos de 3ª pessoa do plural presente na fala de sujeitos escolarizados de diferentes faixas etárias na região de Campina Grande e demonstrar o caráter dinâmico e social da língua, na medida em que os falantes contribuem para que haja diversidade na língua falada no Brasil. O corpus desta pesquisa é formado por documentos históricos antigos e gravações da fala de indivíduos, de um mesmo grupo familiar e de diferentes faixas etárias que moram em Campina Grande – PB, para que pudéssemos verificar as evidências históricas e atuais da desnasalização em formas verbais. Para a realização do estudo de tal corpus nos fundamentamos nas contribuições teóricas sobre: a formação da língua portuguesa, demonstrando as diversas influências que recebeu; as variações e mudanças linguísticas, para verificar os fatores que influenciam a diversidade linguística; e os estudos descritivos sobre concordância, uma vez que a perda de nasalização pode provocar ausência de concordância nas orações. Em nossa análise, percebemos que antes da normatização da ortografia a desnasalização em formas verbais já estava presente na língua portuguesa, como ocorreu no período arcaico. Além disso, constatamos que a perda de nasalização em formas verbais pode causar ausência de concordância verbal nas orações, quando realizada em verbos no presente e pretérito imperfeito do indicativo, como também no pretérito imperfeito do subjuntivo e infinitivo pessoal, pois a perda de nasalidade faz com que as formas verbais se manifestem com sua forma de singular. Porém, se esse fenômeno se manifestar em verbos no pretérito perfeito do indicativo, a forma verbal continuará concordando com o sujeito, uma vez que os morfemas modo-temporal e número-pessoal não se apresentam com a forma de singular, mas há a presença de um novo morfema –ru. Os resultados obtidos apontam que as variações linguísticas estão presentes na fala dos indivíduos em ambientes menos monitorados e os falantes, por um processo de menor esforço, tendem a seguir o princípio da economia linguística, simplificando a pronúncia das palavras. |
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