No sertão da Parahyba do século XIX: escravidão, resistência e convivência (1850-1888).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ABREU, Wlisses Estrela de Albuquerque.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34496
Resumo: As novas perspectivas impulsionadas pela História Social permitiram a historiografia da escravidão uma abertura para inúmeras abordagens, e nesse sentido, novos espaços passaram a ser analisados, como regiões não exportadoras, voltadas ao mercado interno. As fazendas localizadas em regiões interioranas do Brasil se constituem em espaços que possibilitam a análise das ações escravas. Estes lugares de cativeiro em sua grande maioria estão no ocultamento e o silêncio em torno deles precisa ser quebrado. O alto sertão paraibano configura-se como um desses lugares. Nosso foco de estudo no interior desta espacialidade incide sobre a resistência escrava num momento em que a instituição escravista entrava em pleno declínio. Através da análise das fontes, nossa intenção é explicitar as múltiplas formas de resistência escrava mediante a utilização de táticas planejadas no interior do sistema para se impor, se favorecer. Estas fontes possibilitam uma recolocação dos escravos na dinâmica da historicidade, os quais passam a serem analisados a partir de seus nomes e de suas trajetórias de vida. O cotidiano do escravo passa a ser visto como meio de compreensão do passado, mesmo que essa visão se dê a partir de depoimentos, falas e escritas dos ―outro -, como no caso de processos ou inquéritos. A partir dessa premissa, buscamos analisar o universo e o cotidiano desses sujeitos ―comuns‖, ―ordinários‖, esforçando-se em perceber como o cativo reelaborava sua vivência em meio ao trabalho compulsório.
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