Artrite idiopática juvenil: relação com sorologias em pacientes assistidos em ambulatório hospitalar de reumatologia pediátrica.

• Autor(a) principal: SOMBRA, Isabella Silva.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8770
• topic: Artrite idiopática juvenil; Reumatologia; Sorologias virais; Juvenile Idiopathic Arthritis; Rheumatology; Viral Serology; Medicina.

A Artrite Idiopática Juvenil é uma doença inflamatória crônica autoimune, incurável, com etiologia desconhecida, que atinge uma ou várias articulações, e pode, ainda, apresentar-se com manifestações extra-articulares. Atualmente, é classificada em sete subtipos: Artrite sistêmica, oligoartrite, poliartrite com fator reumatóide negativo, poliartrite com fator reumatóide positivo, artrite poriásica, artrite relacionada à entesite e artrites indiferenciadas. A artrite pode ser desencadeada em crianças por predisposição genética após estresse psicológico, trauma articular, alteração hormonal, infecções bacterianas ou virais. O diagnóstico é de exclusão, uma vez que não existem sinais, sintomas ou exames laboratoriais patognomônicos da doença. Acredita-se que mecanismos autoimunes relacionados com patogenética dessa doença encontra-se relacionados com contato prévio de viroses. O estudo tem como objetivo geral avaliar a relação da AIJ com sorologias positivas para as Hepatite A, B, C, HIV, Citomegalovírus, Epstein-Barr, o Parvovírus B19 e Rubéola em pacientes acompanhados no ambulatório de reumatologia do Hospital Infantil Albert Sabin na cidade de Fortaleza/Ceará. Trata-se de um estudo observacional, transversal, retrospectivo, do tipo documental. A amostra investigada foi composta por 137 prontuários de pacientes com diagnóstico de Artrite Idiopática Juvenil assistidos no período de 2010 a 2015. A pesquisa atendeu às orientações éticas e legais, inerentes ao protocolo de pesquisa envolvendo seres humanos, contido na Resolução nº 466/12, com número de protocolo CEP/UFCG: 1.547.887 e Hospital Albert Sabin:1.606.051. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente através do Software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 22.0. os quais foram apresentados em tabelas e gráficos para depois serem discutidos à luz da literatura pertinente à temática. Os resultados obtidos demonstraram predominância para o sexo feminino (57,67%) em relação ao sexo masculino (42,33%). A média de idades encontradas foi de (13,77), variando de 2 a 21 anos. A Região Metropolitana de Fortaleza foi a que representou a maior incidência de casos. Dentre a classificação da enfermidade a maioria é da forma oligoarticular e poliarticular fator reumatóide negativo. Não houve prevalência significativa das sorologias reagentes para Hepatite A, B, C, HIV e Parvovírus B-19. Enquanto, as sorologias para Epstein-Baar vírus-IgG, Citomegalovirus- IgG, Rubéola IgG apresentaram-se reagentes numa prevalência significativa, sugerindo uma incidência maior dessas viroses no meio, desencadeando a doença. As articulações mais atingidas foram: joelhos, tornozelos, punhos e cotovelo. Conclui-se que é necessário considerar diferentes cenários para o desenvolvimento de cada uma das formas da AIJ. Assim, corroboramos com o que já apresenta descrito na literatura de que existe uma relação entre contato prévio com esses vírus e o desencadeamento da AIJ .