O genocídio na narrativa Le livre d’élise: literatura, memória e história no ensino de francês como língua estrangeira.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FLORÊNCIO, Jéssica Rodrigues.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6851
Resumo: Sabe-se que o processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira (doravante LE) tem sido motivo de muitas discussões, sobretudo na atualidade, pois a necessidade de se estabelecer contato com o outro pertencente a diferentes países e culturas tem se expandido cada vez mais. Nesse contexto, é importante que o ensino-aprendizagem de uma LE envolva não apenas habilidades linguísticas, tais como a compreensão oral e escrita, e a expressão oral e escrita (QECRL, 2001), mas também habilidades que giram em torno do âmbito cultural, social e histórico (SERRANI, 2005). Perguntamo-nos, então, como desenvolver essas habilidades ou competências concomitantemente? Voltando o nosso olhar para essa questão norteadora, desenvolvemos, nesta pesquisa, reflexões a partir de uma experiência em aula de francês como língua estrangeira (doravante FLE), instigada pela leitura da narrativa Le Livre d’Élise, da ruandesa Élise Musomandera (2014). Constituído como uma narrativa em prosa, esse livro aborda a temática do genocídio no contexto ruandês, em 1994, que resultou em mais de 800 mil mortes dos grupos étnicos hutus e tustsis. Élise Musomandera, a narradora, descreve, reflete e questiona, em primeira pessoa, sobre os eventos que ocorreram em seu país quando tinha apenas 10 anos de idade, como forma de contribuir ao que nomeou “Plus jamais ça”. Le Livre d’Élise e muitos outros livros que tocam nessa temática fazem parte da literatura de genocídio, a qual busca lutar contra o esquecimento e a negação do ocorrido em Ruanda (GERMANOTTA, 2010; COQUIO, 2004; 2015). Assim, a abordagem foi feita com o intuito de alcançarmos o nosso objetivo geral, a saber: identificar elementos que apontam para a narrativa Le livre d’Élise (2014), como caminho para o desenvolvimento não apenas das competências linguísticas, mas também de outros elementos indispensáveis para um trabalho com a literatura na formação inicial de professores de FLE, como o cultural, o histórico e o social do estudante. Essa é uma pesquisa-ação, inserida também nos âmbito das pesquisas qualitativas e interpretativistas (TRIPP, 2005; GIL 2002; ERICKSON, 1989). Os participantes da pesquisa foram estudantes da graduação do curso de Letras – Língua Portuguesa e Língua Francesa, da Universidade Federal de Campina Grande, com nível de língua entre A2 a B1 (QECRL, 2001). Nosso corpus foi constituído a partir do próprio livro, enquanto elemento motivador da abordagem, bem como pelos relatos escritos (a partir dos questionários e das atividades) e orais (a partir das discussões em sala e das anotações de campo) dos participantes. Nosso aporte teórico-metodológico está ancorado nas discussões acerca do potencial do texto literário em aula de FLE (PEYTARD, 1982; GRUCA, 2010; PINHEIRO-MARIZ, 2007; BLONDEAU; ALLOUACHE, 2008), colocando em evidência o texto “dito francófono” na visão de Allouache (2012) e Fréris (2010). Também tomamos como base as discussões que giram em torno do papel do professor interculturalista no ensino-aprendizagem de línguas (SERRANI, 2005). Identificamos que o trabalho com Le Livre d’Élise possibilitou que os professores em formação inicial pudessem estimular o desenvolvimento não apenas do aspecto linguístico, como também do aspecto cultural, além de incentivar a discussão acerca do genocídio em Ruanda e ressignificar esse genocídio para o seu próprio contexto, problematizando-o. Dessa forma, ancorados em nossa experiência com o texto literário, na realidade supracitada, ratificamos que essa forma de trabalho pode tornar possível encontro(s) com a cultura do outro e com a sua própria, permitindo àquele que o lê tornar-se conhecedor e crítico de seu próprio contexto social, cultural e histórico.
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spelling O genocídio na narrativa Le livre d’élise: literatura, memória e história no ensino de francês como língua estrangeira.Genocide in the narrative Le livre d'élise: literature, memory and history in the teaching of French as a foreign language.Análise e Crítica LiteráriaLiteratura de GenocídioLe Livre d’ÉliseEnsino de FrancêsLeitura LiteráriaAnalysis and Literary CriticismGenocide LiteratureFrench TeachingLiterary ReadingSabe-se que o processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira (doravante LE) tem sido motivo de muitas discussões, sobretudo na atualidade, pois a necessidade de se estabelecer contato com o outro pertencente a diferentes países e culturas tem se expandido cada vez mais. Nesse contexto, é importante que o ensino-aprendizagem de uma LE envolva não apenas habilidades linguísticas, tais como a compreensão oral e escrita, e a expressão oral e escrita (QECRL, 2001), mas também habilidades que giram em torno do âmbito cultural, social e histórico (SERRANI, 2005). Perguntamo-nos, então, como desenvolver essas habilidades ou competências concomitantemente? Voltando o nosso olhar para essa questão norteadora, desenvolvemos, nesta pesquisa, reflexões a partir de uma experiência em aula de francês como língua estrangeira (doravante FLE), instigada pela leitura da narrativa Le Livre d’Élise, da ruandesa Élise Musomandera (2014). Constituído como uma narrativa em prosa, esse livro aborda a temática do genocídio no contexto ruandês, em 1994, que resultou em mais de 800 mil mortes dos grupos étnicos hutus e tustsis. Élise Musomandera, a narradora, descreve, reflete e questiona, em primeira pessoa, sobre os eventos que ocorreram em seu país quando tinha apenas 10 anos de idade, como forma de contribuir ao que nomeou “Plus jamais ça”. Le Livre d’Élise e muitos outros livros que tocam nessa temática fazem parte da literatura de genocídio, a qual busca lutar contra o esquecimento e a negação do ocorrido em Ruanda (GERMANOTTA, 2010; COQUIO, 2004; 2015). Assim, a abordagem foi feita com o intuito de alcançarmos o nosso objetivo geral, a saber: identificar elementos que apontam para a narrativa Le livre d’Élise (2014), como caminho para o desenvolvimento não apenas das competências linguísticas, mas também de outros elementos indispensáveis para um trabalho com a literatura na formação inicial de professores de FLE, como o cultural, o histórico e o social do estudante. Essa é uma pesquisa-ação, inserida também nos âmbito das pesquisas qualitativas e interpretativistas (TRIPP, 2005; GIL 2002; ERICKSON, 1989). Os participantes da pesquisa foram estudantes da graduação do curso de Letras – Língua Portuguesa e Língua Francesa, da Universidade Federal de Campina Grande, com nível de língua entre A2 a B1 (QECRL, 2001). Nosso corpus foi constituído a partir do próprio livro, enquanto elemento motivador da abordagem, bem como pelos relatos escritos (a partir dos questionários e das atividades) e orais (a partir das discussões em sala e das anotações de campo) dos participantes. Nosso aporte teórico-metodológico está ancorado nas discussões acerca do potencial do texto literário em aula de FLE (PEYTARD, 1982; GRUCA, 2010; PINHEIRO-MARIZ, 2007; BLONDEAU; ALLOUACHE, 2008), colocando em evidência o texto “dito francófono” na visão de Allouache (2012) e Fréris (2010). Também tomamos como base as discussões que giram em torno do papel do professor interculturalista no ensino-aprendizagem de línguas (SERRANI, 2005). Identificamos que o trabalho com Le Livre d’Élise possibilitou que os professores em formação inicial pudessem estimular o desenvolvimento não apenas do aspecto linguístico, como também do aspecto cultural, além de incentivar a discussão acerca do genocídio em Ruanda e ressignificar esse genocídio para o seu próprio contexto, problematizando-o. Dessa forma, ancorados em nossa experiência com o texto literário, na realidade supracitada, ratificamos que essa forma de trabalho pode tornar possível encontro(s) com a cultura do outro e com a sua própria, permitindo àquele que o lê tornar-se conhecedor e crítico de seu próprio contexto social, cultural e histórico.CapesNous savons que le processus d’enseignement et d’apprentissage d’une langue étrangère (LE) est la raison de nombreuses discussions, en particulier de nos jours, car la nécessité d’établir des contacts avec d’autres personnes appartenant à des pays et à des cultures différentes s’est accrue. Dans ce contexte, il est important que l'enseignement-apprentissage d'une LE implique non seulement des compétences linguistiques, telles que la compréhension orale et écrite, et l'expression orale et écrite (QECRL, 2001), mais également des compétences qui gravitent autour des sphères culturelle, sociale et historique (SERRANI, 2005). Nous nous demandons donc comment développer ces compétences simultanément. Portant notre attention sur cette question directrice, nous avons développé, dans cette recherche, les réflexions d'une expérience de français langue étrangère (FLE), inspirée par la lecture du récit Le Livre d'Élise, de la Rwandaise Élise Musomandera (2014). Conçu comme un récit en prose, ce livre aborde la question du génocide dans le contexte rwandais en 1994, qui a causé la mort de plus de 800 000 membres des groupes ethniques Hutu et Tutsi. Élise Musomandera décrit, réfléchit et interroge, à la première personne, les événements survenus dans son pays quand elle avait seulement l'âge de 10 ans, dans le but de contribuer à ce qu'elle a baptisé "Plus jamais ça". Le Livre d’Élise et beaucoup d'autres livres qui jouent dans ce thème font partie de la littérature de génocide, qui vise à lutter contre l'oubli et la négation de ce qui s'est passé au Rwanda (GERMANOTTA, 2010; COQUIO, 2004; 2015). L’approche a donc été adoptée dans le but d’atteindre notre objectif général, à savoir: identifier les éléments qui renvoient au récit Le livre d’Élise (2014) comme moyen de développer non seulement les compétences linguistiques, mais également les autres éléments indispensables pour un travail littéraire dans la formation initiale des enseignants de FLE, tels que les aspects culturels, historiques et sociaux de l'apprenant, à partir des réflexions sur le génocide dans la littérature. Il s'agit d'une recherche-action, également insérée dans le champ des recherches qualitatives et interprétatives (TRIPP, 2005; GIL 2002; ERICKSON, 1989). Les participants de la recherche sont des étudiants du cours de Langue Portugaise et Langue Française de l'Université Fédérale de Campina Grande, avec un niveau de langue compris entre A2 et B1 (QECRL, 2001). Notre corpus a été constitué à partir du livre lui-même, en tant qu'élément motivant de l'approche, ainsi que sur des rapports écrits (à partir de questionnaires et d'activités) et oraux (à partir des discussions en salle et des notes) des participants. Notre base théorique et méthodologique est ancrée dans les discussions sur le potentiel du texte littéraire en classe de FLE (PEYTARD, 1982; GRUCA, 2010; PINHEIRO-MARIZ, 2007; BLONDEAU; ALLOUACHE, 2008), soulignant le texte "dit francophone" dans la vision d'Allouache (2012) e Fréris (2010). Nous nous basons également sur les discussions autour du rôle de l'enseignant interculturaliste dans l'enseignement des langues (SERRANI, 2005). Nous avons remarqué que travailler avec Le Livre d'Élise a permis aux enseignants en formation de stimuler le développement non seulement des aspects linguistiques, mais aussi culturels, d'encourager la discussion sur le génocide au Rwanda et de redonner un sens à ce génocide dans son propre contexte, en le problématisant. Ainsi, ancrés dans notre expérience du texte littéraire, dans la réalité susmentionnée, nous affirmons que cette forme de travail peut permettre une (des) rencontre (s) avec la culture de l’autre et avec leur propre culture, permettant ainsi à celui qui lit de devenir un connaisseur et critique de son propre contexte social, culturel et historique.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Humanidades - CHPÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINOUFCGPINHEIRO-MARIZ, Josilene.PINHEIRO-MARIZ;Josilenehttp://lattes.cnpq.br/4945243844289619AMORIM, José Edilson.ALLOUACHE, Ferroudja.FLORÊNCIO, Jéssica Rodrigues.2019-07-122019-09-09T18:44:05Z2019-09-092019-09-09T18:44:05Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6851FLORÊNCIO, J. R. O genocídio na narrativa Le livre d’élise: literatura, memória e história no ensino de francês como língua estrangeira. 2019. 248 f. Dissertação (Mestrado em Linguagem e Ensino) – Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2019. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6851porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-09-20T19:04:32Zoai:localhost:riufcg/6851Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-09-20T19:04:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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description Sabe-se que o processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira (doravante LE) tem sido motivo de muitas discussões, sobretudo na atualidade, pois a necessidade de se estabelecer contato com o outro pertencente a diferentes países e culturas tem se expandido cada vez mais. Nesse contexto, é importante que o ensino-aprendizagem de uma LE envolva não apenas habilidades linguísticas, tais como a compreensão oral e escrita, e a expressão oral e escrita (QECRL, 2001), mas também habilidades que giram em torno do âmbito cultural, social e histórico (SERRANI, 2005). Perguntamo-nos, então, como desenvolver essas habilidades ou competências concomitantemente? Voltando o nosso olhar para essa questão norteadora, desenvolvemos, nesta pesquisa, reflexões a partir de uma experiência em aula de francês como língua estrangeira (doravante FLE), instigada pela leitura da narrativa Le Livre d’Élise, da ruandesa Élise Musomandera (2014). Constituído como uma narrativa em prosa, esse livro aborda a temática do genocídio no contexto ruandês, em 1994, que resultou em mais de 800 mil mortes dos grupos étnicos hutus e tustsis. Élise Musomandera, a narradora, descreve, reflete e questiona, em primeira pessoa, sobre os eventos que ocorreram em seu país quando tinha apenas 10 anos de idade, como forma de contribuir ao que nomeou “Plus jamais ça”. Le Livre d’Élise e muitos outros livros que tocam nessa temática fazem parte da literatura de genocídio, a qual busca lutar contra o esquecimento e a negação do ocorrido em Ruanda (GERMANOTTA, 2010; COQUIO, 2004; 2015). Assim, a abordagem foi feita com o intuito de alcançarmos o nosso objetivo geral, a saber: identificar elementos que apontam para a narrativa Le livre d’Élise (2014), como caminho para o desenvolvimento não apenas das competências linguísticas, mas também de outros elementos indispensáveis para um trabalho com a literatura na formação inicial de professores de FLE, como o cultural, o histórico e o social do estudante. Essa é uma pesquisa-ação, inserida também nos âmbito das pesquisas qualitativas e interpretativistas (TRIPP, 2005; GIL 2002; ERICKSON, 1989). Os participantes da pesquisa foram estudantes da graduação do curso de Letras – Língua Portuguesa e Língua Francesa, da Universidade Federal de Campina Grande, com nível de língua entre A2 a B1 (QECRL, 2001). Nosso corpus foi constituído a partir do próprio livro, enquanto elemento motivador da abordagem, bem como pelos relatos escritos (a partir dos questionários e das atividades) e orais (a partir das discussões em sala e das anotações de campo) dos participantes. Nosso aporte teórico-metodológico está ancorado nas discussões acerca do potencial do texto literário em aula de FLE (PEYTARD, 1982; GRUCA, 2010; PINHEIRO-MARIZ, 2007; BLONDEAU; ALLOUACHE, 2008), colocando em evidência o texto “dito francófono” na visão de Allouache (2012) e Fréris (2010). Também tomamos como base as discussões que giram em torno do papel do professor interculturalista no ensino-aprendizagem de línguas (SERRANI, 2005). Identificamos que o trabalho com Le Livre d’Élise possibilitou que os professores em formação inicial pudessem estimular o desenvolvimento não apenas do aspecto linguístico, como também do aspecto cultural, além de incentivar a discussão acerca do genocídio em Ruanda e ressignificar esse genocídio para o seu próprio contexto, problematizando-o. Dessa forma, ancorados em nossa experiência com o texto literário, na realidade supracitada, ratificamos que essa forma de trabalho pode tornar possível encontro(s) com a cultura do outro e com a sua própria, permitindo àquele que o lê tornar-se conhecedor e crítico de seu próprio contexto social, cultural e histórico.
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