Violência política de gênero e a participação de mulheres na política.

• Autor(a) principal: COSTA, Ana Paula Guedes do Nascimento.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33603
• topic: Violência política de gênero; Participação política – mulheres; Gênero – mulheres políticas – violência; Gender political violence; Political participation – women; Gender – women politicians – violence; Ciências sociais.

As mulheres a partir de todo um processo de lutas e reivindicações em movimentos sociais, tem ao longo dos anos alçado diversas posições dentro do cenário social, que implicam na sua presença no mercado de trabalho, nas instituições de produção do conhecimento, nos cargos de liderança; e ainda que enfrentem um quadro de subrepresentação no espaço político, elas têm adentrado esse meio cada vez mais de maneira ativa e qualificada. A presença e participação delas na política tem suscitado o recrudescimento de um fenômeno: a violência política de gênero. Esta tem como objetivo, desestimular, intimidar, cercear a presença e fala das mulheres, além de expor sua vida intima e sexual, a fim de ridicularizá-las e estigmatizá-las, enquadrando-as nos mais variados estereótipos de gênero. As apreensões aqui expostas se construíram a partir do entendimento e da análise da política na sua prática, no seu cotidiano, seja ela expressa na vida online ou off-line. Nesse sentido, o objetivo dessa Tese se concentra na ampliação quanto ao debate em torno da existência da violência política de gênero, definindo-a em diferentes formas e tipos e compreendendo-a como uma categoria de análise. Para isso, foi feita pesquisa documental e bibliográfica que dialoga com diversos autores que suscitam esse debate na América Latina, e em especial no Brasil, contexto no qual a pesquisa se insere, bem como o acompanhamento de notícias de portais online e de postagens nas redes sociais Instagram, Facebook e Twitter, que servem de meio para a prática da violência política de gênero, e também como canal de denúncia por parte das mulheres políticas que a vivenciam. Dito isso, o objetivo é contribuir com a percepção de que a violência política de gênero é uma realidade, que afasta e limita a atividade de mulheres políticas e que precisa ser nomeada, definida e combatida, como meio de garantir às mulheres seus direitos políticos, bem como garantir a completude de uma democracia representativa.