Loucura e estigma à luz da obra Dom Quixote de La Mancha.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGUES, Evaldo Teles.
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8363
Resumo: As formas de compreender a loucura, ao longo da história, às vezes contraditórias, trouxeram contribuições escassas no tocante à loucura e a possibilidade do pleno viver a partir dessa experiência. É possível que a obra de Miguel de Cervantes possa contribuir para um outro modo de perceber e vivenciar essa experiência. Metodologia: Este trabalho configura-se como um ensaio teórico tendo como fio condutor as reflexões sobre a loucura na obra Dom Quixote de La Mancha, Cervantes (2012). Faz-se uma discussão sobre a loucura procurando estabelecer um diálogo ancorado nas ideias de Foucault (2014) e com o modelo mítico-religioso proposto por Pessotti (1994), de forma a contextualizar a visão da loucura e de normas de controle social, vigentes à época da produção da obra de Cervantes, objeto de análise. A partir dessa obra faz-se um contraponto com as noções de normal, patológico e estigma, na visão de Canguilhem (2010) e Goffman (1990). Resultados e Discussão: “Dom Quixote” viveu entre os séculos XVI e XVII, vítima de um mundo em transformação,marcado pela transição para a Idade Moderna. Tal período regulado por normas que resultaram em muitos aprisionadose rejeitados pela sociedadedevido chocarem o mundo com suas ideias e atitudes, de forma a serem tolhidos em suas experiências, negando-se a possibilidade da existência do viver bem. Naquele tempo havia barcos que levavam os loucos de uma cidade para outra, e como errantes eles vagavam a esmos, sendo a loucura atribuída à obra do demônio. “Dom Quixote”, apesar da alienação que o acompanhou e do contexto histórico em que viveu, procurou fazer dessa experiência uma forma digna e plena de viver. Considerações finais: A discussão sobre a loucura a partir da obra Dom Quixote revela a experiência do diverso, perfazendo caminhos entre a razão e a desrazão, possibilitando enxergar positividade na loucura.
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Faz-se uma discussão sobre a loucura procurando estabelecer um diálogo ancorado nas ideias de Foucault (2014) e com o modelo mítico-religioso proposto por Pessotti (1994), de forma a contextualizar a visão da loucura e de normas de controle social, vigentes à época da produção da obra de Cervantes, objeto de análise. A partir dessa obra faz-se um contraponto com as noções de normal, patológico e estigma, na visão de Canguilhem (2010) e Goffman (1990). Resultados e Discussão: “Dom Quixote” viveu entre os séculos XVI e XVII, vítima de um mundo em transformação,marcado pela transição para a Idade Moderna. Tal período regulado por normas que resultaram em muitos aprisionadose rejeitados pela sociedadedevido chocarem o mundo com suas ideias e atitudes, de forma a serem tolhidos em suas experiências, negando-se a possibilidade da existência do viver bem. Naquele tempo havia barcos que levavam os loucos de uma cidade para outra, e como errantes eles vagavam a esmos, sendo a loucura atribuída à obra do demônio. “Dom Quixote”, apesar da alienação que o acompanhou e do contexto histórico em que viveu, procurou fazer dessa experiência uma forma digna e plena de viver. Considerações finais: A discussão sobre a loucura a partir da obra Dom Quixote revela a experiência do diverso, perfazendo caminhos entre a razão e a desrazão, possibilitando enxergar positividade na loucura.The ways of perceiving madness throughout history have little contributed to the mental health Field and to the possibility of enjoying the concept of welfare to its fullest. It's possible that the work of Miguel de Cervantes can contribute to another way of understanding and seeing this type of experience. Methodology: This paper is categorized as a theoretical study having the reflexions on madness in the work of Dom Quixote de La Mancha, Cervantes (2012) as its core. This study discusses the concept of madness based on the ideas of Foucault (2014) and on the mythical-religious model proposed by Pessotti (1994) and tries to find a way to contextualize the vision of madness and the norms of social control in the 1500s, when Cervantes' work, the core of the study, was produced. Based on that work, the norm and the concepts of pathological and stigma are counterpointed with the ideas of Canguilhem (2010) e Goffman (1990). Results and discussion: Dom Quixote, Who lived between the XVI e XVII century, was a victim of a changing world, marked by the transitioning to the Middle Ages. At that time, society would dictate the fate of the mentally ill, mainly sending them to jails and banishing them from society due to the fact that they would have ideas and behaviors that, in most cases, used to shock and go against the norm, and therefore, having their freedom and possibility of experiencing welfare taken away from them. In the Middle Ages, they had ships that would take the mad ones to other cities and they'd walk around with no perspective, and would be judged by their errant ways, especially due to the fact that madness used to be associated with the devil. Dom Quixote, on the other hand, tried to make the most of his experience besides the historical context he was in. Conclusion: The discussion about madness in the work of Dom Quixote reveals the experience of the unknown, going through reasonable and unreasonable, making it possible to see positivity in the madness.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGOLIVEIRA, Francisca Bezerra de.OLIVEIRA, Francisca Bezerra de.http://lattes.cnpq.br/7742884718048985LIMA JÚNIOR , José Ferreira.MEDEIROS, Nívea Mabel de.RODRIGUES, Evaldo Teles.20182019-10-22T17:44:22Z2019-10-222019-10-22T17:44:22Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8363RODRIGUES, Evaldo Teles. Loucura e estigma à luz da obra Dom Quixote de La Mancha. 2018. 24f. 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