Tristeza parasitária bovina (revisão de literatura).
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25790 |
Resumo: | A Tristeza Parasitaria Bovina (TPB) e urn complexo de enfermidades que inclui doenças causadas por protozoários do gênero Anaplasma. É importante conhecer estas enfermidades nos seus mais diversos aspectos, pois estas informações são importantes para o tratamento e estabelecimento de medidas de controle e profilaxia. Objetivou-se apresentar uma revisão de literatura sobre aspectos epidemiológicos, etiológicos, clinico-patológicos, profiláticos e terapêuticos da TPB. A transmissão dos agentes causadores da TPB e feita através de transmissão biológica por carrapatos R.(Boophilus) microplus, insetos hematofogos, agulhas e instrumentos cirúrgicos contaminados. Os estudos epidemiológicos da TPB classificaram as regiões como áreas livres devido a ausência do vetor, áreas de instabilidade enzoótica onde são frequentes os surtos de TPB devido as variações na população de vetores e anticorpos nos animais e áreas endêmicas onde devido a presença do carrapato durante todo o ano normalmente não ocorrem casos clínicos nos animais nativos. Em relação a patogenia da TPB as informações da literatura demonstram que a B. bigemina parasita com mais frequência as hemácias da circulação periférica, enquanto a B. bovis e encontrada em capilares de órgãos centrais . B. bigemina e capaz de desencadear um mecanismo que provoca danos celulares e tissulares. A Babesia bovis provoca hemolise em massa, e o curso rápido da doença deve-se, sobretudo, ao choque hipotensivo provocado por catabolitos do parasita. Na anaplasmose uma vez no interior da célula o Anaplasma divide-se por fissão binaria que por exocitose infectam outros eritrócitos. Os eritrócitos infectados são fagocitados pelo sistema reticuloendotelial. O curso da anaplasmose e mais rápido que o da babesiose, podendo levar o animal a morte em menos de 24 horas. A infecção aguda com Babesia spp. e A. marginale tem como sinais clínicos febre, palidez de mucosas, taquipneia, taquicardia ,anemia, ictericia (mais intensa e comum na anaplasmose), hemoglobinuria (na babesiose), parada ou redução da ruminação, anorexia e prostração. Na babesiose por B. bovis, o mais virulento dos três agentes, são observados sinais nervosos como incoordenação, seguida de paralisia do posterior, manias, convulsões e coma. O diagnostico laboratorial, pela identificação do agente e avaliação do hematócrito, torna-se de extrema importância para a confirmação da doença e realização de tratamento especifico. A TPB deve ser diferenciada de toda enfermidade de bovinos em que a coloração vermelha da urina e uma das principais manifestações clinicas entre elas leptospirose, intoxicação por cobre, hematuria enzoótica, hemoglobinuria puerperal e hemoglobinuria bacilar. A TPB deve ser também diferenciada da raiva devido a possibilidade de infecção com a B. bovis que cursa com sintomatologia nervosa. Outras enfermidades como as tripanossomíases e parasitoses gastrintestinais que cursam com sinais de debilidade, anemia e prostação também devem ser diferenciadas da TPB. Intoxicações por plantas como Cassia occidentalis e Pteridium aquilinum e Brachiaria radicansquQ devem também ser diferenciadas da TPB . O tratamento dos bovinos com TPB e feito com drogas de efeito babesicida (derivados da diamidina), anaplasmicida (tetraciclinas) e de dupla ação (imidocarb e associa9oes de diamidina com oxitetraciclina). O controle deve ser feito através de medidas de manejo adequadas a epidemiologia dos agentes da TPB na região. Para o controle da TPB podem ainda serem utilizadas técnicas de premunição, quimioprofilaxia ou vacinação. no Estado da Paraíba foi demonstrado que os surtos ocorrem no final do período chuvoso, a maioria dos surtos são ocasionados por Anaplasma marginale. Os surtos são decorrentes da introdução de animais de áreas endêmicas e ocorrem em áreas onde ha presença de carrapato durante o período chuvoso e estes são combatidos de forma inadequada. Conclui-se que a TPB e uma enfermidade grave de ocorrência frequente no Brasil e na região semiárida e que precisa ter sua patogenia e sinais clínicos bem conhecidos para que seja prontamente diagnosticada e combatida eficazmente. Alem disso, verificou-se que o conhecimento da epidemiologia das doenças nas diferentes regiões e importante para o estabelecimento de medidas profiláticas apropriadas. |
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A transmissão dos agentes causadores da TPB e feita através de transmissão biológica por carrapatos R.(Boophilus) microplus, insetos hematofogos, agulhas e instrumentos cirúrgicos contaminados. Os estudos epidemiológicos da TPB classificaram as regiões como áreas livres devido a ausência do vetor, áreas de instabilidade enzoótica onde são frequentes os surtos de TPB devido as variações na população de vetores e anticorpos nos animais e áreas endêmicas onde devido a presença do carrapato durante todo o ano normalmente não ocorrem casos clínicos nos animais nativos. Em relação a patogenia da TPB as informações da literatura demonstram que a B. bigemina parasita com mais frequência as hemácias da circulação periférica, enquanto a B. bovis e encontrada em capilares de órgãos centrais . B. bigemina e capaz de desencadear um mecanismo que provoca danos celulares e tissulares. A Babesia bovis provoca hemolise em massa, e o curso rápido da doença deve-se, sobretudo, ao choque hipotensivo provocado por catabolitos do parasita. Na anaplasmose uma vez no interior da célula o Anaplasma divide-se por fissão binaria que por exocitose infectam outros eritrócitos. Os eritrócitos infectados são fagocitados pelo sistema reticuloendotelial. O curso da anaplasmose e mais rápido que o da babesiose, podendo levar o animal a morte em menos de 24 horas. A infecção aguda com Babesia spp. e A. marginale tem como sinais clínicos febre, palidez de mucosas, taquipneia, taquicardia ,anemia, ictericia (mais intensa e comum na anaplasmose), hemoglobinuria (na babesiose), parada ou redução da ruminação, anorexia e prostração. Na babesiose por B. bovis, o mais virulento dos três agentes, são observados sinais nervosos como incoordenação, seguida de paralisia do posterior, manias, convulsões e coma. O diagnostico laboratorial, pela identificação do agente e avaliação do hematócrito, torna-se de extrema importância para a confirmação da doença e realização de tratamento especifico. A TPB deve ser diferenciada de toda enfermidade de bovinos em que a coloração vermelha da urina e uma das principais manifestações clinicas entre elas leptospirose, intoxicação por cobre, hematuria enzoótica, hemoglobinuria puerperal e hemoglobinuria bacilar. A TPB deve ser também diferenciada da raiva devido a possibilidade de infecção com a B. bovis que cursa com sintomatologia nervosa. Outras enfermidades como as tripanossomíases e parasitoses gastrintestinais que cursam com sinais de debilidade, anemia e prostação também devem ser diferenciadas da TPB. Intoxicações por plantas como Cassia occidentalis e Pteridium aquilinum e Brachiaria radicansquQ devem também ser diferenciadas da TPB . O tratamento dos bovinos com TPB e feito com drogas de efeito babesicida (derivados da diamidina), anaplasmicida (tetraciclinas) e de dupla ação (imidocarb e associa9oes de diamidina com oxitetraciclina). O controle deve ser feito através de medidas de manejo adequadas a epidemiologia dos agentes da TPB na região. Para o controle da TPB podem ainda serem utilizadas técnicas de premunição, quimioprofilaxia ou vacinação. no Estado da Paraíba foi demonstrado que os surtos ocorrem no final do período chuvoso, a maioria dos surtos são ocasionados por Anaplasma marginale. Os surtos são decorrentes da introdução de animais de áreas endêmicas e ocorrem em áreas onde ha presença de carrapato durante o período chuvoso e estes são combatidos de forma inadequada. Conclui-se que a TPB e uma enfermidade grave de ocorrência frequente no Brasil e na região semiárida e que precisa ter sua patogenia e sinais clínicos bem conhecidos para que seja prontamente diagnosticada e combatida eficazmente. Alem disso, verificou-se que o conhecimento da epidemiologia das doenças nas diferentes regiões e importante para o estabelecimento de medidas profiláticas apropriadas.The tick fever is a complex of diseases including diseases caused by protozoa of the genus Babesia and Rickettsia of the genus Anaplasma . It is important to know these diseases in its various aspects , as this information is important for the treatment and establishment of control measures and prophylaxis . The objective of this work was to present a review of literature about epidemiological, etiological , clinical, pathological , prophylactic and therapeutic of these diseases. The transmission of the causative agents of tick fever is possible from biological transmission by ticks R. (Boophilus ) microplus , hematophagous insects , contaminated needles and surgical instruments. Epidemiological studies of the tick fever classified the regions as free areas, due to the absence of the vector, areas of enzootic instability,where there are frequent outbreaks due to variations in the population of vectors and antibodies in animals and endemic areas, where due to the presence of ticks throughout year typically do not occur clinical cases in native animals. In relation of the pathogenesis the information from the literature show that B. bigemina parasites most frequently red blood cells from the peripheral circulation, while B. bovis is found in capillaries of the central organs . B. bigemina is able to trigger a mechanism that causes damage on cells and tissues. The Babesia bovis causes massive hemolysis , and the rapid course of the disease is due primarily to the hypotensive shock caused by the parasite catabolites. In anaplasmosis once inside the cell Anaplasma divides by binary fission and infect other red blood cells . The infected erythrocytes are phagocytosed by the reticulo endothelial system. The course of anaplasmosis is faster than babesiosis , the animal may lead to death within 24 hours. Acute infection with Babesia spp. and A. marginale have clinical signs as fever, pale mucous membranes, tachypnea, tachycardia, anemia, jaundice (more common in intense and anaplasmosis ), hemoglobinuria (in babesiosis), stopped or reduced rumination, anorexia and prostration . In babesiosis by B. bovis , the most virulent of the three agents , neurological symptoms as incoordination, followed by posterior paralysis, mania, convulsions and coma are observed. The laboratory diagnosis, through the identification of the agent and assessment of hematocrit, becomes extremely important for disease confirmation and realization of specific treatment. Tick fever should be differentiated from all disease of cattle in which the red color of the urine is a major clinical manifestations including leptospirosis, copper poisoning, , enzootic hematuria, hemoglobinuria puerperal and bacillary hemoglobinuria. Tick fever must also be differentiated of rabies because of the infection with B. bovis that leads to neurological symptoms. Other diseases such as trypanosomiasis and gastrointestinal parasites that occur with signs of weakness, anemia and prostration should also be differentiated from tick fever Poisoning by plants like Cassia occidentalis and Pteridium aquilinum and Brachiaria radicans with tick fever is done with drugs with effect babesicida ( derived from diamidina ) anaplasmicida ( tetracycline ) and double acting ( imidocarb and associations of diamidina with oxytetracycline ). The control of these diseases must be done through management measures appropriate to the epidemiology of the agents tick fever in the region. To control the tick fever can still be used techniques like premonition , chemoprophylaxis or vaccination. In the State of Paraiba recent research has shown that outbreaks occur at the end of the rainy season and most outbreaks are caused by Anaplasma marginale. Outbreaks are caused by the introduction of animals from endemic areas and occur in areas where the presence of tick during the rainy season and these are combated inadequately. It is conclude that is tick fever a serious disease of frequent occurrence in Brazil and in the semiarid region and need to have their pathogenesis and clinical signs well known to be readily diagnosed and combated effectively. Furthermore it was found that the knowledge of the epidemiology of the diseases in this region is important for the proper establishment of prophylactic measures.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRUFCGSIMÕES, Sara Vilar Dantas.SIMÕES, S. V. D.http://lattes.cnpq.br/5597444420385563MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de.MIRANDA NETO, E. G.MARINHO, Josemar Marinho de.MARIINHO, J. M.MEDEIROS, Arllyson Salviano de.2013-092022-06-15T21:55:59Z2022-06-152022-06-15T21:55:59Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25790MEDEIROS, Arllyson Thaelles Salviano de. Tristeza parasitária bovina (revisão de literatura). 2013. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia), Curso de Bacharelado em Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande - Patos - Paraíba - Brasil, 2013. 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