Erosão e escoamento em parcelas experimentais após inserção de práticas conservacionistas

• Autor(a) principal: SALES, Eliton Sancler Gomes.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5230
• topic: Erosão; Solos agrícolas; Pedologia; Produção de sedimentos

A perda de solo por erosão devido o manejo inadequado do solo em conjunto com a ação do vento e da água, tem sido indicada como a principal causa da degradação dos solos agrícolas. Considerada como laminar ou concentrada é responsável pelo surgimento de sulcos e voçorocas chegando a reduzir áreas agricultáveis, diminuir a produtividade biológica dos solos e gerar problemas econômicos e sociais relevantes. Este trabalho tem como objetivo avaliar a erosão e o escoamento em parcelas de 100m² após a inserção de práticas conservacionistas do solo. Foram utilizados dados obtidos nas parcelas 1 e 2, que possuem declividade de 3,4% e 3,6%, respectivamente, o tipo de solo é o Luvissolo Crômico Órtico, grupo hidrológico C, porosidade igual a 0,398 e densidade de 1,65 g/cm³, situadas na Bacia Experimental de São João do Cariri, PB. Foram inseridas mudas de espécies nativas da Caatinga e mantido o regime de pousio na parcela 2. No período de novembro de 2014 a novembro de 2016 foram observados apenas 20 eventos de chuva com consequente escoamento superficial. A cobertura vegetal da parcela 2 foi mantida sob rega até o mês de novembro do ano de 2015 e, neste período, foi possível identificar um aumento da lâmina escoada na parcela 2 em relação a parcela 1, com acréscimos de até 40,5% devido à condição de umidade antecedente do solo. No ano de 2016, em que não houve rega, observamos uma variação da lâmina escoada na parcela 1 de 0,71 a 3,51 vezes a observada na parcela 2. A associação da regeneração da vegetação rasteira que possui predominância de espécies das famílias Poaceae e Ciperáceas, devido à manutenção do regime de pousio e a inserção de mudas de espécies nativas arbóreas arbustivas típicas do bioma Caatinga na parcela 2, proporcionaram uma redução significativa da produção de sedimentos. Neste ano a redução da produção de sedimentos foi de 32,06% na parcela 2 em relação a parcela 1, mesmo tendo ocorrido um aumento de 0,7% da lâmina escoada observada na parcela 2 em relação a parcela 1, o que demonstra o papel da cobertura vegetal sobre à redução da perda de solo em áreas experimentais. Das espécies nativas da Caatinga inseridas na parcela 2, a Catingueira (Poincianella pyramidalis Tul.) apresentou a maior resistência às condições climáticas locais sem uso de rega sendo indicada a sua utilização para recomposição da vegetação em áreas degradadas.