Análise da concordância entre diagnósticos clínicos e histopatológicos de lesões orais.

• Autor(a) principal: CASTRO, Rodrigo Machado.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23885
• topic: Lesões orais; Diagnóstico clínico - lesão oral; Diagnóstico histopatológico - lesão oral; Biópsia; Diagnóstico bucal; Erros de diagnóstico; Patologias bucal; Saúde bucal; Análise histopatológica; Oral injuries; Clinical diagnosis - oral lesion; Histopathological diagnosis - oral lesion; Biopsy; Oral diagnosis; Diagnostic errors; Oral pathologies; Oral health; Histopathological analysis; Odontologia

O diagnóstico das lesões orais é parte importante da prática odontológica, pois direciona as condutas terapêuticas e/ou preventivas do cirurgião-dentista. Contudo, é comum existirem discrepâncias entre o diagnóstico clínico e o histopatológico, influenciando no prognóstico dos pacientes. Objetivos: Este estudo avaliou a concordância entre o diagnóstico clínico e microscópico de lesões orais diagnosticadas em um serviço público de histopatologia oral no sertão paraibano. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, observacional e analítico, coletando dados de 483 fichas de pacientes, que foram analisados de forma descritiva e inferencial, definindo o percentual de acerto e o nível de concordância diagnóstica pelo teste de Kappa, testando suas possíveis associações a variáveis sociodemográficas e clinicopatológicas, com p≤0.05. Resultados: O percentual geral de acerto entre o diagnóstico clínico e histopatológico foi 57,9% e a concordância estabelecida foi interpretada como regular (K=0,426), os grupos dos tumores odontogênicos (K=0,622) e o formado por diagnósticos microscópicos de tecidos normais e processos inflamatórios inespecíficos (K=0,136), apresentaram maior e menor acurácia, respectivamente. A leucoplasia oral/displasia epitelial obteve índices superiores de concordância (K=0,714), enquanto a hiperplasia fibrosa (K=0,382) e os processos inflamatórios inespecíficos (K=0,167) alcançaram índices sofríveis. A acurácia diagnóstica foi influenciada pela classificação por grupo de lesões (p<0,001), pela natureza da patologia (p<0,001), pelo sítio anatômico (p=0,002) e pela localização em intra- ou extra- óssea (p=0,025). Conclusões: Embora a maioria das hipóteses clínicas diagnósticas tenham sido concordantes, o nível de concordância foi considerado regular, reforçando a necessidade da educação continuada em diagnóstico oral por parte dos profissionais.