Homoafetividade: discurso e práticas contemporâneas, apropriações helênicas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAMOS, Viviane Kate Pereira.
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27556
Resumo: As relações de homophilia na Grécia Clássica foram analisadas ao longo do tempo através de conceitos e costumes modernos, resultando em leituras anacrônicas, por parte do segmento LGBT (Lésbicas, Gays, bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), fundamentalistas católicos, protestantes e evangélicos, enquanto práticas homossexuais a fim de legitimar discursos contrários ou a favor das relações entre indivíduos do mesmo sexo. De acordo com as leituras formuladas por defensores da diversidade sexual, a homossexualidade existiu e era praticada sem reprovação pelos gregos antigos, para assim, legitimar as relações homossexuais na contemporaneidade e desautorizar os discursos de religiosos Cristãos fundamentalistas que condenam a homossexualidade, argumentando que tais práticas são imorais, consideradas pela tradição presente na Bíblia como um pecado contra a natureza. Em contrapartida, Católicos, Protestantes e Evangélicos radicais, defendem que a Grécia desse período histórico era imoral tomando como referência a noção de sexualidade herdada do pensamento judaico-cristã, ou ainda, afirmam que já no período clássico as relações entre iguais eram reprovadas, e até mesmo combatidas, pois, de acordo com estas leituras os gregos antigos viam as relações de homophilia como antinaturais, e assim, buscam justificar historicamente a não aceitação das relações entre indivíduos do mesmo sexo.
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