Avaliação da potencialidade de resíduos agroindustriais para serem utilizados em processos biotecnológicos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MUNIS, Cecília Elisa de Sousa.
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: ABREU, Patrícia Marinho Sampaio., SANTIAGO, ngela Maria., OLIVEIRA, Líbia de Sousa Conrado.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33558
Resumo: Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o Brasil segue como o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com uma produção estimada em 44 milhões de toneladas para este ano de 2017, permanecendo atrás apenas da China e da Índia (IBGE, 2016). As frutas são extremamente perecíveis e com vistas em seu consumo por períodos que vão além da safra, é que mais da metade dessa produção é processada e transformada em subprodutos como sucos, néctares, polpas, geleias e doces (INFANTE et al., 2013; ABUD & NARAIN, 2009; UCHOA et al., 2008). Durante o beneficiamento das frutas, na etapa de extração da polpa, é gerado um rejeito que não é aproveitado pelas agroindústrias como um subproduto, chamado de resíduo, constituído principalmente pelo bagaço, cascas e sementes das frutas, que quando dispostos de maneira incorreta no meio ambiente, depreciam os solos e contaminam os lençóis freáticos (PERAZZINI, 2010). Os resíduos agroindustriais são fontes naturais de diversos nutrientes, segundo Gomes (2004) a casca do maracujá (parte branca), por exemplo, é rica em pectina, vitamina B3, ferro, cálcio, e fósforo, além de ser rica em fibra do tipo solúvel (pectinase mucilagens), que são benéficas ao ser humano. Sabendo disso ao longo dos últimos anos inúmeras pesquisas já vêm sendo desenvolvidas com a finalidade de utilizar diferentes processos tecnológicos no reaproveitamento de tais materiais. O uso de processos biotecnológicos para este fim vem recebendo crescente atenção, uma vez que esses materiais representam recursos possíveis e utilizáveis para a síntese de novos produtos úteis. Nesse contexto, a fermentação em estado sólido (FES) desempenha um papel de destaque no aproveitamento dos resíduos provenientes das agroindústrias, pois, através do crescimento microbiano, diversos compostos são sintetizados, dos quais muitos apresentam grande interesse para segmentos industriais, além de elevado valor agregado. A FES pode ser aplicada para produção de alimentos, biopesticidas, e substâncias químicas diversas (DANTAS & AQUINO, 2010). Desse modo este trabalho tem como objetivo avaliar a potencialidade físico-química dos resíduos agroindústrias de caju, goiaba e maracujá para utilizá-los como substrato em processos biotecnológicos tais como na fermentação em estado sólido (FES).
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