Assim nasce uma poetisa: as táticas presentes no diálogo epistolar de Henriqueta Lisboa com Carlos Drummond de Andrade.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NEVES, Ana Lúcia Maria de Souza.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34105
Resumo: O artigo - “Assim nasce uma poetisa: as táticas presentes no diálogo epistolar de Henriqueta Lisboa com Carlos Drummond de Andrade”, que estamos encaminhando para o II Colóquio Internacional de História, estuda cartas da escritora Henriqueta Lisboa enviadas ao escritor Carlos Drummond de Andrade, propondo uma discussão sobre o lugar ocupado pela mulher/poetisa no diálogo estabelecido com o seu interlocutor. Pretendemos mostrar as “táticas” (no sentido empregado por Certeau) indiciadas no discurso epistolar henriquetiano com a finalidade de demarcar a sua formação como poetisa e o seu reconhecimento no espaço intelectual brasileiro. O percurso do estudo compreende quatro momentos: 1) Especificidades da epistolografia enquanto gênero literário; 2) O enfoque da importância da epistolografia como uma das instâncias de entrada da figura feminina no meio intelectual; 3) A apresentação das especificidades da epistolografia henriquetiana no âmbito da crítica; 4) A discussão sobre a representação da poetisa/leitora presente nas epístolas afim de que possamos identificar na voz do EU presente nas cartas as marcas que em seu discurso aparecem associadas à imagem de uma leitora/poetisa digna do reconhecimento do seu interlocutor. A nosso ver, há na perspicácia e na força da palavra de Henriqueta a “tática” de provocar no seu interlocutor uma leitura, como nos fala Certeau, no mínimo a de que a remetente tem propriedade no seu dizer. Sabe o que diz e por isso merece ser ouvida, ou melhor, lida e respeitada no cenário cultural na época ainda tão dominado pela visão machista. Dessa forma, percebemos que as epistolas de Henriqueta Lisboa encontram-se marcadas pelo contexto histórico-social, cultural e político, reagindo frente às estratégias de dominação, ainda que veladas, presentes nos discursos de seus interlocutores.
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