Análise quali-quantitativa dos rejeitos coletados em duas associações de materiais recicláveis, João Pessoa-PB, Brasil.

• Autor(a) principal: NASCIMENTO, Elaine Cristina Henrique.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: BRILHANTE, Anna Kryslene Viana Chianca., PEREIRA, Hesmaelly da Silva., ROCHA, Elisângela Maria Rodrigues., NÓBREGA, Claudia Coutinho.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33425
• topic: Análise quali-quantitativa - rejeitos coletados; Associações de materiais recicláveis - João Pessoa - PB; João Pessoa - PB - associações de materiais recicláveis; Arco Verde - Associação de Material Reciclado - João Pessoa - PB; ASCARE-JP - Associação de Material Reciclado - João Pessoa - PB; Rejeitos coletados - análise quali-quantitativa; Quali-quantitative analysis - collected waste; Recyclable materials associations - João Pessoa - PB; João Pessoa - PB - recyclable materials associations; Arco Verde - Recycled Material Association - João Pessoa - PB; ASCARE-JP - Recycled Material Association - João Pessoa - PB; Waste collected - qualitative-quantitative analysis; Ecologia.

Em 2016 foram produzidas 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) no país. Destas, 7 milhões de toneladas não foram coletadas, sendo 71,3 milhões de toneladas coletadas, das quais 41,6% foi enviado para lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações (ABRELPE, 2016). Diante dos prejuízos que a disposição incorreta dos resíduos sólidos pode gerar, esses dados mostram que ainda é preciso avançar muito com relação ao cumprimento à Lei nº 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta a gestão dos resíduos sólidos no Brasil (BRASIL, 2010). O trabalho das associações/cooperativas de catadores de materiais recicláveis auxilia parte da gestão dos resíduos sólidos urbanos. Essas associações/cooperativas agregam valor ao material sólido reciclável através da quantidade acumulada, separação, prensagem e venda do produto às empresas de beneficiamento e/ou de reciclagem (ALVES & MEIRELES, 2013). No entanto, possuem pouco ou nenhum poder de barganha na comercialização dos materiais, cujos preços são definidos pelos compradores intermediários, além de serem confundidos, muitas vezes, com pedintes, principalmente, quando são obrigados a buscar os materiais no lixo, por falta de segregação na fonte (GABIALTI, 2012). Os resíduos que não são aproveitados/reciclados são denominados rejeitos e são definidos, de acordo com a PNRS, como: 􀇲resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada􀇳. Além disso, os resíduos que, de alguma forma, são expostos a restos de gorduras e/ou alimentos, podem causar perdas significativas nos resíduos que poderiam ser reciclados. (ORDAKOWSKI & COSTA, 2017). No entanto, nas associações de catadores de materiais recicláveis objetos deste estudo, além de haver esses tipos de rejeito, alguns resíduos tornam-se rejeitos por não haver um mercado de comercialização, sendo destinados ao aterro sanitário. Neste trabalho realizou-se a caracterização dos materiais recicláveis a partir da análise da composição gravimétrica (percentual de cada componente em relação ao peso total dos resíduos) em duas associações do município de João Pessoa – PB. Esta avaliação permite escolher a melhor destinação para cada tipo ou grupo de resíduos, possibilitando uma melhor segregação dos resíduos e rejeitos nas associações (REZENDE, 2013). Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo analisar quali-quantitativamente os materiais considerados rejeitos encontrados nos materiais recicláveis coletados pelas associações ASCARE-JP e Acordo verde, nos anos de 2015 e 2016, a fim de auxiliar os catadores na melhoria da gestão da associação e, consequentemente, da renda dos catadores.