Avaliação de propriedades termomecânicas de fios de níquel-titânio aplicados na ortodontia.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Bruno Firmino de.
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24823
• topic: Odontologia; Ortodontia; Pesquisa em Odontologia; Fios ortodônticos; Módulo de elasticidade; Ligas ortodônticas; Propriedades termomecânicas - fios ortodônticos; Orthodontics; Research in Dentistry; Orthodontic wires; Modulus of elasticity; Orthodontic alloys; Thermomechanical properties - orthodontic wires

Em decorrência da diversidade de ligas disponíveis, com seus diversos métodos de fabricação, é importante ao ortodontista conhecer suas propriedades e as variáveis relacionadas, para planejar o tratamento e otimizar os resultados clínicos, assim como preservar a histofisiologia do periodonto do paciente. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar in vitro as propriedades termomecânicas de fios ortodônticos superelásticos pré-contornados de níquel-titânio de duas marcas comerciais. Métodos: Foram utilizadas as marcas comerciais Morelli® (Grupo 1) e Orthometric® (Grupo 2), das quais obteve-se 5 amostras por grupo, onde foram submetidas aos ensaios de DMA (Análise Dinâmico-Mecânica) e DSC (Calorimetria Diferencial de Varredura). Os ensaios de DMA foram realizados no modo de flexão em três pontos, e os parâmetros utilizados foram: taxa de aquecimento de 5°C/min, na faixa de 30°C a 100°C, frequência de 1 Hz e amplitude de 5 μm. Para o DSC, os parâmetros foram: taxa de aquecimento/resfriamento de 5°C/min, na faixa de -60 °C a 120 °C, sob atmosfera dinâmica de ar e de nitrogênio (para resfriamento), com vazão de gás da ordem de 100 ml/min-1, sob pressão atmosférica. Após a realização dos ensaios, os dados obtidos foram tratados e analisados utilizando-se o software OriginPro 8.5®, obtendose, a partir do DMA, gráficos com as curvas de módulo de elasticidade e capacidade de amortecimento (tan δ) em função da temperatura e, a partir do DSC, gráficos mostrando as temperaturas de transformação de fase cristalina da liga. Para a análise das médias dos módulos de elasticidade das amostras, foi empregado o teste estatístico Teste-t de Student, com nível de significância de 5%. Resultados: O Teste-t de Student demonstrou que a diferença das médias dos módulos de elasticidade das amostras foi estatisticamente significante (p < 0,05). A rigidez de ambos os grupos aumentou em função do aumento da temperatura. À 37°C, temperatura normal intrabucal, o Grupo 1 evidenciou média de rigidez superior comparado ao Grupo 2, e ambos apresentaram-se na fase austenítica. Conclusões: Com os dados da pesquisa, pode-se concluir que mesmo as ligas com mesma característica de superelasticidade e ,possivelmente, semelhante composição química, houve diferença entre os módulos de elasticidade entre as marcas comerciais, sob as mesmas condições de estudo, onde o Grupo 1 apresentou maior rigidez quando comparado ao Grupo 2, característica essa que pode favorecer a um melhor desempenho clínico do primeiro grupo.