Menina sem nome: da comoção à devoção.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GALVÃO, Rafaella Valença de Andrade.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34606
Resumo: Esta investigação procura compreender como uma criança violentada, morta e enterrada como indigente no Cemitério de Santo Amaro em Recife, Pernambuco, na década de 1970, torna-se um mito e cada vez mais um fenômeno de devoção. Na época, a repercussão do crime atingiu grande proporção midiática, tanto impressa como em rádios e televisões, gerando grande comoção. De lá para cá, é crescente em seu túmulo a presença de curiosos, mormente de devotos provenientes de diversos rincões do Estado. São atribuídos à ―Menina Sem Nome‖, que é assim chamada porque sua identidade nunca foi revelada, diversos tipos de milagres que vão desde cura até aquisição de bens; dado que pode ser observado pela tipologia dos ex-votos ofertados. Cabe registrar que esta devoção não se constitui essencialmente católica; há uma confluência de devotos oriundos de várias expressões religiosas, inclusive daqueles que não se definem como religiosos, o que nos faz refletir sobre a pluralidade religiosa em um mundo secularizado no sentido institucional e de reinvenções de expressões de fé, no dizer de Peter Berger. Trata-se de uma pesquisa exploratória, qualitativa, bibliográfica e documental de fontes tanto oficiais, quanto advindas da oralidade obtidas através de questionários e entrevistas abertas, bem como iconográficas. Do ponto de vista teórico, fizemos convergir várias lentes de abordagem, quais sejam a História Oral, a Etnohistória, bem como a Etnografia; destacam-se respectivamente as contribuições de Jacques Le Goff, Antônio Montenegro, Verena Alberti, Cliford Geertz, Carlos Alberto Steil e Sylvana Brandão. Este trabalho integra o projeto ―Santuários Pernambucanos‖, do CNPq/UFPE, bem como os Grupos de Pesquisa “História e Religiões” do Programa de Pós Graduação em História da UFPE e ―Gestão Pública e Espaços Públicos: conflitos e intolerância religiosa‖, do Mestrado Profissional em Gestão Pública para o Desenvolvimento do Nordeste. Orientadora: Profa. Dra. Sylvana Maria Brandão de Aguiar.
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