O fenômeno de interiorização da violência e os impactos na qualidade democrática : um recorte da realidade no Nordeste Brasileiro.

• Autor(a) principal: PORTO, Esley.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29786
• topic: Homicídios – Direito Penal; Nordeste Brasileiro; Democracia; Crime; Homicide – Criminal Law; Northeast Brazil; Democracy; Crime; Direito Penal; Especialização em Direito Penal e Processo Penal

A violência e a criminalidade vêm crescendo cada vez mais, na contemporaneidade, sendo um elemento presente nos países da América Latina. As taxas de homicídios – um dos principais meios de se medir os níveis de violência de um determinado lugar – experimentaram, no Brasil, um aumento exponencial desde os anos 1980, com um incremento que ultrapassa o que se considera como aceitável em números de mortes violentas intencionais. Sabendo que o conceito de democracia vem sendo relacionado com diversos elementos para além dos eleitorais, o fator segurança pública comumente tem sido utilizado para medir os níveis de qualidade democrática nos países. Dessa forma, o presente objetivo do trabalho é pensar no conceito de democracia a partir da análise de perspectivas ligadas à segurança pública e violência, além de refletir sobre os homicídios no Brasil e pensar acerca da tese da interiorização no cenário do Nordeste brasileiro. Para isso, utilizou-se uma metodologia capaz de atingir o objetivo proposto, pautada em um estudo descritivo, exploratório e comparativo, sob a pesquisa teórico-bibliográfica, bem como com análise de dados coletados em plataformas específicas sobre os homicídios e informações socioeconômicas. Como conclusões da pesquisa, percebe-se que a violência de um determinado país é fundamental para se pensar na qualidade de democracia do mesmo, e que, no Brasil, o aumento dos homicídios carrega um cenário de herança dos elementos autoritários vivenciados em outros momentos históricos, e que do ponto de vista espacial, as mortes violentas intencionais migram para o Nordeste, corroborando para o que se entende como interiorização da violência.