Festa, cachaça e faca: violência e construção identitária dos sertões maranhenses nas primeiras décadas do século XX.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36558 |
Resumo: | Espalhado entre dois rios que correm em direções opostas - o Tocantins e o Parnaíba – margeados de campos e de pastoreio. Os “Pastos Bons” , que alimentaram a saga e os devaneios imaginativos dos primeiros povoadores, presente na encenação do mito fundador que compõe os meandros da história oficial. Enfim, dois rios ligando sujeitos e lugares dinamizando o comércio, proporcionando o intercambio de idéias, gerando o apogeu e decadência de algumas cidades sertanejas: Grajaú, Carolina, Barra do Corda, Santo Antonio de Balsas.( CABRAL, 1992, pág. 161/65) São as margens desses dois rios que se delineiam as vivências e a cartografia dos sertões maranhenses. Eis ai um movimento que nos chama a penetrar nos segredos e ensinamentos que acompanham o itinerário dos rios, das experiências comoventes de sertanejos e de suas travessias pelos sertões maranhenses. Nessa perspectiva é um espaço tendente a permeabilidade, portanto, terreno fértil para lutas representacionais, verdadeiros campos de batalhas em defesa da preservação da territorialidade, da propriedade e da tradição. Dessa forma, faz-se urgente trazer à baila discursos antagônicos que convivem e se constituem nas zonas fronteiriças, na contraluz da inserção do sertão na modernidade. A noção de “discurso” aqui apresentada tenta se afastar de sua identificação enquanto algo desligado das práticas sociais. Conforme noção de Foucault, o discurso deve ser percebido, sobretudo, como acontecimento, ou seja, enquanto algo que, mais do que mero instrumento de reprodução de uma experiência vivida pelo agente que o manifesta, constitui-se enquanto estratégia política de posicionamento deste dentro de embates sociais. (FOUCAULT, 2003 p. 54). |
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