Avaliação das perdas de frutas e legumes em um hortifruti: um estudo de caso.

• Autor(a) principal: SILVA, Aline Priscila de França.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: COSTA, Jaciara Dantas., SILVA, Roberta Cristina de França., SANTANA, Renato Alexandre Costa de., CAMPOS, Ana Regina Nascimento.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33560
• topic: Estudo de caso; Perda frutas - hortifruti; Perda de legumes - hortifruti; Desperdício de alimentos; Subprodutos - comércio de frutas; Maçã - perda em hortifruti; Case study; Fruit loss - hortifruti; Loss of vegetables - hortifruti; Food waste; By-products - fruit trade; Apple - loss in fruit and vegetables; Ecologia.

O desperdício de alimentos é um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta, considerando que este país é um dos maiores exportadores mundiais de alimentos, e também é um dos campeões de desperdício. Produzindo cerca de 140 toneladas de alimentos por ano é considerado um dos maiores exportadores de produtos agrícolas do mundo. A falta de conhecimento do potencial nutricional dos alimentos induz ao mau aproveitamento, o que ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares (GONDIM et al., 2005). O cultivo do desperdício parece fazer parte da cultura do Brasil, pois diariamente recursos naturais, financeiros, oportunidades e até alimentos são literalmente atirados na lata do lixo, sem nenhuma perspectiva de retorno. Tal fato provoca não só perdas irrecuperáveis na economia como também ajudam para o desequilíbrio do abastecimento, diminuindo assim a disponibilidade de recursos para a população (CAVALCANTI et al., 2010). No setor alimentício, os processos que envolvem a produção, transporte e comercialização de frutas e verduras muitas vezes geram perdas e desperdícios significativos. O conceito de perda, neste trabalho, baseia-se em Vilela et al. (2003), que definem a perda como a parte física da produção que não é destinada ao comércio, em razão de depreciação da qualidade dos produtos, devido à deterioração, causada por amassamentos, cortes, podridões e outros fatores. As perdas também podem ser justificadas pelo mau armazenamento e a rápida deterioração de algumas frutas, que para o consumo humano tornam-se impróprias, porém poderiam ser aproveitadas e contribuir para o enriquecimento da alimentação animal (LIMA et al., 2010). A utilização eficiente desses resíduos é importante, uma vez que pode agregar valor aos subprodutos agroindustriais e prevenir problemas de poluição ambiental. Os resíduos produzidos pelos comércios e produtores de hortifrútis são ricos de várias substâncias biologicamente ativas, em maior parte compostos polifenólicos, ricos em antioxidantes, que na maioria das vezes são desperdiçadas (HUBER et al., 2012). Esses aspectos, juntamente com os crescentes avanços tecnológicos nos meios de produção, explicam o interesse recente na utilização de subprodutos da indústria de processamento de frutas. Por serem ricos biologicamente, os subprodutos resultantes do comércio de frutas e vegetais, como sementes, grãos e bagaço, que foram anteriormente considerados resíduos, apresentam alto potencial de uso como suplemento alimentar humano ou animal. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho quantificar o percentual de perdas física e econômica das partes/inteiras desprezadas/desperdiçadas de frutas e legumes em um comercio de hortifrútis de médio porte em uma cidade no interior da Paraíba. Os resultados obtidos neste trabalho poderão ser úteis para desenvolvimento de projetos que visam o reaproveitamento destes alimentos desperdiçados em comércios, minimizando as perdas e oferecendo uma alternativa nutritiva para enriquecimento.