Os sentidos do envelhecer para idosos institucionalizados.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VIEIRA, Cibelle Santana.
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9866
Resumo: O envelhecimento humano não é só um problema demográfico, mas é, sobretudo, um fenômeno mais complexo que envolve aspectos socioculturais, políticos e econômicos em interação dinâmica e permanente com a dimensão biológica e subjetiva dos indivíduos. O fato dos idosos representarem uma parcela da população cada vez mais significativa do ponto de vista numérico tem levado a uma preocupação da sociedade com o processo de envelhecimento, dando origem a uma série de práticas que visam promover uma adaptação bem sucedida à velhice. Assim, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) inserem-se no contexto social como uma alternativa viável de cuidado ao idoso. Assim, a presente pesquisa objetivou analisar os sentidos do envelhecer para idosos institucionalizados, bem como avaliar o estilo de vida dos idosos que residem em Instituições de Longa Permanência, identificar o projeto de vida destes idosos antes e depois da institucionalização e conhecer os significados atribuídos à velhice. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no Abrigo Luca Zorn na cidade de Cajazeiras – PB. Contou com a participação de seis idosos, tendo como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semi-estruturada com questões objetivas que buscaram traçar o perfil sócio- demográfico dos participantes, e questões subjetivas que visaram avaliar o perfil do idoso institucionalizado. Os resultados obtidos mostraram que a maioria dos idosos é do sexo feminino, com idade entre 73 a 86 anos, sendo o maior índice de viúvos, católicos, com ensino fundamental incompleto e renda de um salário mínimo. A maioria dos idosos possui filhos, não moravam sozinhos antes do processo de institucionalização e relataram que a solidão e o abandono familiar foram os principais motivos que os levaram a institucionalização. Os idosos referiram não tinham pouca ou quase nenhuma expectativa para o futuro. Os dados mostram que os idosos realizam poucas atividades dentro do abrigo, o que pode estar prejudicando seu desenvolvimento funcional e cognitivo, tornando-os mais vulneráveis a doenças físicas e mentais como a depressão. Além disso, eles não têm uma visão ampla acerca do que é envelhecimento e das mudanças que acompanham este processo. Conclui-se que é necessário estabelecer uma rede de comunicação interacional com esses idosos, estimulando-os a recriarem sua nova realidade e construírem novos significados sobre o processo de envelhecimento, que inclua maiores perspectivas de futuro. Por isso a importância de se exercer um cuidado centrado na atenção, na alegria, na criatividade, no resgate aos valores e no respeito ao contexto de vida no qual cada pessoa está inserida.
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Assim, a presente pesquisa objetivou analisar os sentidos do envelhecer para idosos institucionalizados, bem como avaliar o estilo de vida dos idosos que residem em Instituições de Longa Permanência, identificar o projeto de vida destes idosos antes e depois da institucionalização e conhecer os significados atribuídos à velhice. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no Abrigo Luca Zorn na cidade de Cajazeiras – PB. Contou com a participação de seis idosos, tendo como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semi-estruturada com questões objetivas que buscaram traçar o perfil sócio- demográfico dos participantes, e questões subjetivas que visaram avaliar o perfil do idoso institucionalizado. Os resultados obtidos mostraram que a maioria dos idosos é do sexo feminino, com idade entre 73 a 86 anos, sendo o maior índice de viúvos, católicos, com ensino fundamental incompleto e renda de um salário mínimo. A maioria dos idosos possui filhos, não moravam sozinhos antes do processo de institucionalização e relataram que a solidão e o abandono familiar foram os principais motivos que os levaram a institucionalização. Os idosos referiram não tinham pouca ou quase nenhuma expectativa para o futuro. Os dados mostram que os idosos realizam poucas atividades dentro do abrigo, o que pode estar prejudicando seu desenvolvimento funcional e cognitivo, tornando-os mais vulneráveis a doenças físicas e mentais como a depressão. Além disso, eles não têm uma visão ampla acerca do que é envelhecimento e das mudanças que acompanham este processo. Conclui-se que é necessário estabelecer uma rede de comunicação interacional com esses idosos, estimulando-os a recriarem sua nova realidade e construírem novos significados sobre o processo de envelhecimento, que inclua maiores perspectivas de futuro. Por isso a importância de se exercer um cuidado centrado na atenção, na alegria, na criatividade, no resgate aos valores e no respeito ao contexto de vida no qual cada pessoa está inserida.Human aging is not just a demographic problem, but it is, above all, a more complex phenomenon that involves sociocultural , political and economic dynamic and ongoing interaction with the biological and subjective dimension of individuals . The fact that the elderly represent a portion of the population increasingly significant numerical point of view has led to a society's concern with the aging process, giving rise to a number of practices to promote successful adaptation to old age. Thus, the long-stay institutions for the elderly ( LTCF ) fit into the social context as a viable alternative elderly care . Thus , the present study aimed to analyze the meaning of aging for institutionalized elderly , as well as evaluating the lifestyle of the elderly living in long-stay institutions , identify the project of life of older people before and after institutionalization and know the meanings attributed to old age. This is an exploratory, descriptive, qualitative approach, performed in Shelter Luca Zorn in the city of Cajazeiras - PB. Was attended by six seniors, and as an instrument of data collection a script of semi-structured interviews with objective questions which sought to trace the socio-demographic profile of the participants, and subjective questions that aimed to evaluate the profile of the institutionalized elderly. The results showed that most of the elderly are women, aged 73-86 years, the highest rate of widowed Catholics with incomplete primary education and income of a minimum wage. Most seniors have children, not lived alone before the institutionalization process and reported that loneliness and abandonment family were the main reasons that led to institutionalization. The seniors said they had little or no expectations for the future. The data show that participants performed few activities within the shelter, which may be hindering its development and cognitive function, making them more vulnerable to physical and mental illnesses such as depression. Moreover, they do not have a broad understanding of what is aging and the changes that accompany this process. Concludes that it is necessary to establish a communication network interaction with these seniors, encouraging them to recreate a new reality and construct new meanings about the aging process, which includes larger prospects. Hence the importance of exercise -centered care in attention, joy, creativity, the redemption values and respect for the life context in which each person is located.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGCOSTA, Iluska Pinto da.COSTA, I. P.http://lattes.cnpq.br/2565911279775123ALMEIDA, Mônica Rafaela de.ALMEIDA, Monica Rafaela de.http://lattes.cnpq.br/9790804214512842HENRIQUES, Roberta Romero de Miranda.LEITE, Eliane de Sousa.VIEIRA, Cibelle Santana.20132019-12-04T17:41:34Z2019-12-042019-12-04T17:41:34Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9866VIEIRA, Cibelle Santana. Os sentidos do envelhecer para idosos institucionalizados. 2013. 67f. 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