Cultivo de maracujazeiro-amarelo sob estratégias de irrigação com água salobra e potássio.
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33575 |
Resumo: | A utilização de água salobra em áreas irrigadas no semiárido brasileiro tem se intensificado, principalmente, devido os longos períodos de estiagem. Contudo, o excesso de sais na água pode proporcionar estresse nas plantas, dependendo da espécie, genótipo ou fase de desenvolvimento. Neste contexto, o uso de estratégias com água salobra e a adubação potássica têm se destacado com alternativas promissora para o cultivo de maracujazeiro amarelo nas condições de semiárido do Nordeste Brasileiro. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a fisiologia, produção e qualidade pós-colheita de frutos de maracujazeiro amarelo submetido às estratégias de irrigação com água salobra e doses de potássio. A pesquisa foi realizada em dois ciclos de cultivo sob condições de campo na Fazenda Experimental ‘Rolando Enrique Rivas Castellón’, pertencente ao Centro de Ciências Tecnologia Agroalimentar- CCTA da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, em São Domingos - PB. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 × 2, cujos tratamentos foram constituídos pela combinação de dois fatores: estratégias de irrigação com água salobras (irrigação com água de baixa salinidade durante todo ciclo de cultivo - SE; irrigação com água de alta salinidade apenas nas seguintes fases: vegetativa - VE; floração - FL; frutificação - FR; fases sucessivas vegetativa/floração VE/FL; vegetativa/frutificação – VE/FR e duas doses de potássio (60 e 100% de K2O da recomendação de adubação para a cultura), com quatro repetições, sendo cada parcela constituída de 3 plantas, perfazendo o total de 144 unidades experimentais. A dose de 100% correspondeu a 345 g de K2O por planta por ano. No estabelecimento das estratégias de manejo foram utilizados dois níveis de salinidade, uma de baixa salinidade (CEa=1,3 dS m-1) e a outra com alta CEa (4,0 dS m-1). O primeiro ciclo produtivo foi conduzido do transplantio das mudas para o campo até o final da fase de frutificação (1-253 DAT). Já o segundo ciclo produtivo correspondeu o período de 254 – 445 DAT. Em ambos ciclos produtivos foram avaliados as trocas gasosas, os pigmentos fotossintéticos, a fluorescência da clorofila, o status xii hídrico, a produção e a qualidade pós-colheita dos frutos. No primeiro ciclo produtivo, em geral, o estresse salino imposto nas diferentes fases fenológicas ocasionou reduções na fluorescência da clorofila a, os pigmentos fotossintéticos, e o status hídrico das plantas de maracujazeiro, entretanto, de uma forma geral, as plantas de maracujazeiro cultivadas sob estresse salino de forma sucessiva nas fases vegetativa e floração apresentaram reduções significativas nas trocas gasosas, no número de frutos, produtividade, e diâmetros polar e equatorial dos frutos, e entre as doses de potássio, a dose de 60% favoreceu maior a eficiência fotossintética, resultando em maior número de frutos e produtividade, aumentando os diâmetros polar e equatorial e a qualidade pós-colheita dos frutos. No entanto, para o segundo ciclo produtivo, em geral, o estresse salino imposto nas diferentes fases fenológicas causou reduções significativas aos pigmentos fotossintéticos e o status hídrico das plantas de maracujazeiro, contudo, comumente quando o estresse salino foi imposto nas fases vegetativa e floração de forma sucessiva, as plantas de maracujazeiro foram mais sensíveis, apresentando reduções significativas nas trocas gasosas e na fluorescência da clorofila a, resultando na diminuição do número de frutos, na produtividade, e diâmetro polar dos frutos, e entre as doses de potássio, a dose de 60%, ocasionou maior síntese de clorofila a, e em geral, favoreceu melhoria no status hídrico das folhas e na qualidade pós-colheita dos frutos. |
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Cultivo de maracujazeiro-amarelo sob estratégias de irrigação com água salobra e potássio.Cultivation of yellow passion fruit under irrigation strategies with brackish water and potassium.Maracujá - culturaIrrigação e drenagemEstresse salinoAdubação potássicaFruticulturaMaracujá (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa DEG)Passion fruit – cultureIrrigation and drainageSalt stressPotassium fertilizationFruit growingPassion fruit (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa DEG)Engenharia agrícola.A utilização de água salobra em áreas irrigadas no semiárido brasileiro tem se intensificado, principalmente, devido os longos períodos de estiagem. Contudo, o excesso de sais na água pode proporcionar estresse nas plantas, dependendo da espécie, genótipo ou fase de desenvolvimento. Neste contexto, o uso de estratégias com água salobra e a adubação potássica têm se destacado com alternativas promissora para o cultivo de maracujazeiro amarelo nas condições de semiárido do Nordeste Brasileiro. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a fisiologia, produção e qualidade pós-colheita de frutos de maracujazeiro amarelo submetido às estratégias de irrigação com água salobra e doses de potássio. A pesquisa foi realizada em dois ciclos de cultivo sob condições de campo na Fazenda Experimental ‘Rolando Enrique Rivas Castellón’, pertencente ao Centro de Ciências Tecnologia Agroalimentar- CCTA da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, em São Domingos - PB. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 × 2, cujos tratamentos foram constituídos pela combinação de dois fatores: estratégias de irrigação com água salobras (irrigação com água de baixa salinidade durante todo ciclo de cultivo - SE; irrigação com água de alta salinidade apenas nas seguintes fases: vegetativa - VE; floração - FL; frutificação - FR; fases sucessivas vegetativa/floração VE/FL; vegetativa/frutificação – VE/FR e duas doses de potássio (60 e 100% de K2O da recomendação de adubação para a cultura), com quatro repetições, sendo cada parcela constituída de 3 plantas, perfazendo o total de 144 unidades experimentais. A dose de 100% correspondeu a 345 g de K2O por planta por ano. No estabelecimento das estratégias de manejo foram utilizados dois níveis de salinidade, uma de baixa salinidade (CEa=1,3 dS m-1) e a outra com alta CEa (4,0 dS m-1). O primeiro ciclo produtivo foi conduzido do transplantio das mudas para o campo até o final da fase de frutificação (1-253 DAT). Já o segundo ciclo produtivo correspondeu o período de 254 – 445 DAT. Em ambos ciclos produtivos foram avaliados as trocas gasosas, os pigmentos fotossintéticos, a fluorescência da clorofila, o status xii hídrico, a produção e a qualidade pós-colheita dos frutos. No primeiro ciclo produtivo, em geral, o estresse salino imposto nas diferentes fases fenológicas ocasionou reduções na fluorescência da clorofila a, os pigmentos fotossintéticos, e o status hídrico das plantas de maracujazeiro, entretanto, de uma forma geral, as plantas de maracujazeiro cultivadas sob estresse salino de forma sucessiva nas fases vegetativa e floração apresentaram reduções significativas nas trocas gasosas, no número de frutos, produtividade, e diâmetros polar e equatorial dos frutos, e entre as doses de potássio, a dose de 60% favoreceu maior a eficiência fotossintética, resultando em maior número de frutos e produtividade, aumentando os diâmetros polar e equatorial e a qualidade pós-colheita dos frutos. No entanto, para o segundo ciclo produtivo, em geral, o estresse salino imposto nas diferentes fases fenológicas causou reduções significativas aos pigmentos fotossintéticos e o status hídrico das plantas de maracujazeiro, contudo, comumente quando o estresse salino foi imposto nas fases vegetativa e floração de forma sucessiva, as plantas de maracujazeiro foram mais sensíveis, apresentando reduções significativas nas trocas gasosas e na fluorescência da clorofila a, resultando na diminuição do número de frutos, na produtividade, e diâmetro polar dos frutos, e entre as doses de potássio, a dose de 60%, ocasionou maior síntese de clorofila a, e em geral, favoreceu melhoria no status hídrico das folhas e na qualidade pós-colheita dos frutos.The use of brackish water in irrigated areas in the Brazilian semiarid region has intensified, mainly due to the long periods of drought. However, excess salts in water can cause stress in plants, depending on the species, genotype or stage of development. In this context, the use of strategies with brackish water and potassium fertilization have stood out as promising alternatives for the cultivation of yellow passion fruit in the semi-arid conditions of Northeast Brazil. Thus, this research aimed to evaluate the physiology, production and postharvest quality of yellow passion fruit fruits submitted to irrigation strategies with brackish water and potassium doses. The research was carried out in two cultivation cycles under field conditions at the Experimental Farm 'Rolando Enrique Rivas Castellón', belonging to the Agro-Food Technology Science Center - CCTA of the Federal University of Campina Grande - UFCG, in São Domingos - PB. A randomized block design was used, in a 6 × 2 factorial scheme, whose treatments were constituted by the combination of two factors: irrigation strategies with brackish water (irrigation with low salinity water during the entire crop cycle - SE; irrigation with of high salinity only in the following phases: vegetative - VE; flowering - FL; fruiting - FR; successive phases vegetative/flowering VE/FL; vegetative/fruiting - VE/FR and two doses of potassium (60 and 100% of K2O of the recommendation of fertilization for the culture), with four replications, with each plot consisting of 3 plants, making a total of 144 experimental units. The 100% dose corresponded to 345 g of K2O per plant per year. In the establishment of management strategies, two salinity levels were used, one with low salinity (ECa=1.3 dS m-1) and the other with high CEa (4.0 dS m-1). The first productive cycle was carried out from transplanting the seedlings to the field until the end of the fruiting phase (1- 253 DAT). The second production cycle corresponded to the period of 254 – 445 DAT. In both production cycles, gas exchange, photosynthetic pigments, chlorophyll a fluorescence, water status, production and post-harvest quality of the fruits were evaluated. In the first production cycle, in general, the saline stress imposed on the different phenological phases xiv caused reductions in the fluorescence of chlorophyll a, photosynthetic pigments, and the water status of passion fruit plants, however, in general, passion fruit plants cultivated under saline stress successively in the vegetative and flowering phases showed significant reductions in gas exchange, in the number of fruits, productivity, and polar and equatorial diameters of the fruits, and between the doses of potassium, the dose of 60% favored greater photosynthetic efficiency, resulting in greater number of fruits and productivity, increasing the polar and equatorial diameters and the post-harvest quality of the fruits. For the second production cycle, in general, the saline stress imposed in the different phenological phases caused significant reductions in photosynthetic pigments and in the water status of passion fruit plants, however, commonly when saline stress was imposed in the vegetative and flowering phases successively. , passion fruit plants were more sensitive, showing significant reductions in gas exchange and chlorophyll a fluorescence, resulting in a decrease in the number of fruits, productivity, and polar diameter of the fruits, and between potassium doses, the dose of 60 %, caused greater synthesis of chlorophyll a, and in general, favored an improvement in the water status of the leaves and in the post-harvest quality of the fruits.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRNPÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLAUFCGGHEYI, Hans Haj.LIMA, Geovani Soares de.LIMA, G. S.http://lattes.cnpq.br/0683441338403298LIMA, Vera Lucia Antunes de.AZEVEDO, Carlos Alberto Vieira de.NOBRE, Reginaldo Gomes.SOUTO, Antônio Gustavo de Luna.PINHEIRO, Francisco Wesley Alves.2022-04-082023-12-13T18:55:43Z2023-12-132023-12-13T18:55:43Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33575PINHEIRO, Francisco Wesley Alves. Cultivo de maracujazeiro-amarelo sob estratégias de irrigação com água salobra e potássio. 2023. 122 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2022.porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-12-13T18:55:43Zoai:localhost:riufcg/33575Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-12-13T18:55:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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A utilização de água salobra em áreas irrigadas no semiárido brasileiro tem se intensificado, principalmente, devido os longos períodos de estiagem. Contudo, o excesso de sais na água pode proporcionar estresse nas plantas, dependendo da espécie, genótipo ou fase de desenvolvimento. Neste contexto, o uso de estratégias com água salobra e a adubação potássica têm se destacado com alternativas promissora para o cultivo de maracujazeiro amarelo nas condições de semiárido do Nordeste Brasileiro. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a fisiologia, produção e qualidade pós-colheita de frutos de maracujazeiro amarelo submetido às estratégias de irrigação com água salobra e doses de potássio. A pesquisa foi realizada em dois ciclos de cultivo sob condições de campo na Fazenda Experimental ‘Rolando Enrique Rivas Castellón’, pertencente ao Centro de Ciências Tecnologia Agroalimentar- CCTA da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, em São Domingos - PB. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 × 2, cujos tratamentos foram constituídos pela combinação de dois fatores: estratégias de irrigação com água salobras (irrigação com água de baixa salinidade durante todo ciclo de cultivo - SE; irrigação com água de alta salinidade apenas nas seguintes fases: vegetativa - VE; floração - FL; frutificação - FR; fases sucessivas vegetativa/floração VE/FL; vegetativa/frutificação – VE/FR e duas doses de potássio (60 e 100% de K2O da recomendação de adubação para a cultura), com quatro repetições, sendo cada parcela constituída de 3 plantas, perfazendo o total de 144 unidades experimentais. A dose de 100% correspondeu a 345 g de K2O por planta por ano. No estabelecimento das estratégias de manejo foram utilizados dois níveis de salinidade, uma de baixa salinidade (CEa=1,3 dS m-1) e a outra com alta CEa (4,0 dS m-1). O primeiro ciclo produtivo foi conduzido do transplantio das mudas para o campo até o final da fase de frutificação (1-253 DAT). Já o segundo ciclo produtivo correspondeu o período de 254 – 445 DAT. Em ambos ciclos produtivos foram avaliados as trocas gasosas, os pigmentos fotossintéticos, a fluorescência da clorofila, o status xii hídrico, a produção e a qualidade pós-colheita dos frutos. No primeiro ciclo produtivo, em geral, o estresse salino imposto nas diferentes fases fenológicas ocasionou reduções na fluorescência da clorofila a, os pigmentos fotossintéticos, e o status hídrico das plantas de maracujazeiro, entretanto, de uma forma geral, as plantas de maracujazeiro cultivadas sob estresse salino de forma sucessiva nas fases vegetativa e floração apresentaram reduções significativas nas trocas gasosas, no número de frutos, produtividade, e diâmetros polar e equatorial dos frutos, e entre as doses de potássio, a dose de 60% favoreceu maior a eficiência fotossintética, resultando em maior número de frutos e produtividade, aumentando os diâmetros polar e equatorial e a qualidade pós-colheita dos frutos. No entanto, para o segundo ciclo produtivo, em geral, o estresse salino imposto nas diferentes fases fenológicas causou reduções significativas aos pigmentos fotossintéticos e o status hídrico das plantas de maracujazeiro, contudo, comumente quando o estresse salino foi imposto nas fases vegetativa e floração de forma sucessiva, as plantas de maracujazeiro foram mais sensíveis, apresentando reduções significativas nas trocas gasosas e na fluorescência da clorofila a, resultando na diminuição do número de frutos, na produtividade, e diâmetro polar dos frutos, e entre as doses de potássio, a dose de 60%, ocasionou maior síntese de clorofila a, e em geral, favoreceu melhoria no status hídrico das folhas e na qualidade pós-colheita dos frutos. |
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