Nas trilhas do itinerário terapêutico: redes de cuidado em saúde a partir das salas de espera de um hospital universitário.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, José Olivandro Duarte de.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: MELO FILHO, Ricardo Cabral Sales de.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30621
• topic: Itinerário terapêutico; Atenção secundária à saúde; Sala de espera ambulatorial; Therapeutic itinerary; Secondary health care; Outpatient waiting room; Medicina.

Existe uma enorme variedade de recursos terapêuticos postos em prática nas Comunidades, um dos quais a recorrência aos ambulatórios médicos de atenção secundária à saúde, que por sua vez são marcados pelas idas e vindas de pessoas que buscam atendimento e explicações para os seus processos de adoecimento. Isso posto, aqui investigamos as práticas de cuidado nos processos de adoecimento denominadas de “Itinerário Terapêutico”, a partir de entrevistas colhidas em salas de espera de ambulatórios do Hospital Universitário Alcides Carneiro em Campina Grande – Paraíba, entendendo-se por Itinerário Terapêutico todo o percurso seguido por determinada clientela, de rezadeiras a despachantes, de farmácias e médicos, até à satisfação de suas demandas por tratamento e a resolução de seus problemas clínicos. Para a consecução de tais objetivos, foi necessário o emprego de uma metodologia qualitativa de pesquisa, a qual consistiu fundamentalmente na aplicação de entrevistas, em salas de espera ambulatoriais, aos participantes, com posterior análise do itinerário por eles seguido até chegarem aos ambulatórios médicos do referido hospital. Com isso recuperou-se sobretudo, de um lado, as vivências dos entrevistados, suas aflições, angústias e estratégias de tratamento e sobrevivência e não tanto os aspectos clínicos das doenças por eles apresentadas combinando técnicas e, de outro, fomentar, nas salas de espera ambulatoriais, um espaço mínimo de escuta e reflexão sobre os problemas psicossociais e de saúde inerentes às malhas do adoecimento, o que implicou no amadurecimento sociocultural do autor, graças à escuta do que as pessoas de si possam dizer, falando de seus adoecimentos e, contando suas doenças, falarem de si.