Benzodiazepínicos utilizados por idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família.

• Autor(a) principal: PASSOS NETO, Constantino Duarte.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8303
• topic: Transtorno mentais- tratamento- idosos; Benzodiazepínicos; Saúde do idoso; Saúde mental; Atenção Primária à Saúde; Mental Disorder- Treatment- Elderly; Benzodiazepines; Elderly Health; Mental health; Primary health care; Estratégia Saúde da Família; Family Health Strategy; Enfermagem.

Com o passar dos anos a população idosa vem se destacando pelo seu aumento significativo. O envelhecimento se caracteriza por mudanças fisiológicas, físicas e psicológicas. Dentre as modificações na vida do idoso destacam-se os transtornos mentias, sobretudo a ansiedade e depressão. O elevado índice de desordens mentais contribui para o aumento do uso de psicotrópicos, com destaque para os benzodiazepínicos. Benzodiazepínicos são substâncias que agem no sistema nervoso central. Utilizados como hipnóticos anticonvulsivantes e ansiolíticos estas drogas apresentam importantes efeitos colaterais, principalmente a dependência. Este estudo objetivou conhecer os principais benzodiazepínicos utilizados por idosos atendidos em unidades da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo documental com abordagem quantitativa, realizado em unidades da Estratégia Saúde da Família das Cidades de Ipaumirim e Baixio – CE. A coleta de dados ocorreu a partir de prontuários de idosos atendidos na Atenção Básica. Para a coleta, foi utilizado um questionário semiestruturado. Foram obedecidos todos os aspectos éticos e legais que tratam a resolução n° 466/2012 do CNS. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria sob o parecer N° 748.816. Houve predomínio de sujeitos do sexo feminino, solteiros, analfabetos, aposentados, com renda média de um a três salários mínimos. A maioria apresentou presença de doença crônica. Em relação aos psicotrópicos, 39,15% dos sujeitos faziam uso sendo 80,55% da classe dos benzodiazepínicos. As principais queixas para o uso foram insônia (29,31%) e nervosismo (12,07%). O principal benzodiazepínico utilizado foi o Diazepam 5 mg, prescrito principalmente por médico clínico geral. Foi identificado ainda o uso de outras drogas psicotrópicas dentre elas fluoxetina, Gardenal e amitriptilina e não psicotrópicas como Captopril e Hidroclorotiazida. Pôde-se evidenciar que a maioria dos sujeitos não faz uso de benzodiazepínicos, porém, os que utilizam a droga o fazem de forma inadequada, sem acompanhamento médico e por longos períodos. Faz-se necessária a efetivação de políticas de saúde mental voltadas para a população idosa no âmbito da Atenção Básica. A enfermagem deve trabalhar no sentido de prevenir os riscos que estas substâncias podem causar, utilizando como ferramentas o trabalho multidisciplinar e as práticas alternativas e complementares no cuidado a este público. Descritores: Benzodiazepínicos; Saúde do Idoso; Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde.