O tempo de enunciação no enunciado A Vontade do Falecido, de Stanislaw Ponte Preta.

• Autor(a) principal: ROQUE, Francisca Graciene.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35736
• topic: Semiótica discursiva; A vontade do falecido, de Stanislaw Ponte Preta; Crônica; Enunciação; Temporalização; Discursive semiotics; The will of the deceased, by Stanislaw Ponte Preta; Chronicle; Enunciation; Timing; Letras - Língua Portuguesa.

Em Semiótica Discursiva, a categoria tempo é estudada na Sintaxe Discursiva do Percurso Gerativo do Sentido. A temporalização é uma das três categorias que compõem a instância da enunciação e do enunciado. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo analisar como se manifesta o tempo linguístico e cronológico na crônica A vontade do falecido, de Stanislaw Ponte Preta, a fim de propor uma oficina aplicável ao 9° ano do Ensino Fundamental. Para tanto, discutimos conceitos da semiótica discursiva com ênfase para o tempo da enunciação e do enunciado; traçamos aspectos importantes sobre a crônica; analisamos o tempo da enunciação no enunciado da crônica; e elaboramos uma oficina como proposta de intervenção para o 9° ano do Ensino Fundamental. Esta pesquisa fundamenta-se, sobretudo, nos aportes teóricos da Semiótica Discursiva com Greimas (1989), que propõe um percurso gerativo de sentido; e em estudos de brasileiros a exemplos de Fiorin (2021), Barros (2005) e Lima (2007), que apresentam contribuições acerca desse percurso; apresentamos os fundamentos da teoria da enunciação proposto por Émile Benveniste (1976); buscamos estudos sobre o gênero crônica com Massaud Moisés (2003), José Castello (2007), Afrânio Coutinho (1967 além de outros autores, a fim de apresentar informações relativas à origem da crônica e sua inserção na cultura literária brasileira. A metodologia é a da análise do discurso e a abordagem do corpus é qualitativa. Dentro de um universo de 20 (vinte) crônicas lidas, foi selecionada como corpus a crônica A vontade do falecido, de Stanislaw Ponte Preta. A categoria de análise é a temporalidade presente no corpus selecionado. Os resultados mostraram a comprovação de que, predominantemente, a crônica apresenta uma debreagem enunciva, criando efeito de afastamento da enunciação, assim, o tempo da crônica parte da ideia de enunciado com o então em diálogo com o agora da enunciação; ao lado do então, também encontramos um agora, quando o enunciador delega voz ao Seu Irineu, por exemplo. Ainda como resultado, elaboramos um uma oficina para trabalhar o tempo do enunciado no 9° ano do Ensino Fundamental.