Bioma caatinga e degradação: modelo de mapeamento.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FRANCISCO, Paulo Roberto Megna.
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: CHAVES, Iêde de Brito., CHAVES, Lúcia Helena Garófalo.
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27064
Resumo: A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, que ocorre na região semiárida, em grande parte localizada na região Nordeste do País. Apresenta grande diversidade de ambientes, o que propicia uma rica biodiversidade apresentando muitas espécies endêmicas de alto valor biológico (PAN-BRASIL, 2005) muitas ainda desconhecidas e/ou não catalogadas (ALVES et al., 2009). Segundo Oliveira (2009), em seu aspecto fisionômico, a Caatinga apresenta uma cobertura vegetal arbustiva a arbórea, pouco densa e geralmente espinhosa. Sua variabilidade espacial e temporal na composição e no arranjo de seus componentes botânicos é resposta aos processos de sucessão e de diversos fatores ambientais, onde a densidade de plantas, a composição florística e o potencial do estrato herbáceo variam em função das características de solo, pluviosidade e altitude (ARAÚJO FILHO, 1986). Uma das características marcantes da região semiárida brasileira é a sua grande variabilidade espacial e temporal da precipitação, com totais médios anuais entre 400 a 800mm e uma evaporação que, em anos mais críticos, chega a ultrapassar cinco vezes a altura da precipitação (VAREJÃO-SILVA et al., 1984). Neste ambiente, com um processo desordenado de ocupação territorial que data da época colonial, ocorrem reflexos que se manifestam pela degradação dos seus recursos naturais , e que hoje atingem níveis críticos de sustentabilidade, a exemplo de assoreamento dos cursos d’água, com prejuízos para a saúde humana e animal, menor disponibilidade de água para irrigação e para abastecimento, redução da produtividade agrícola, diminuição da renda líquida dos agricultores e, consequentemente, empobrecimento do meio rural, com reflexos danosos para a economia nacional (MANZATTO et al., 1998). Este processo de degradação das terras das regiões áridas, semiáridas e subúmidas do Planeta é chamado, hoje de desertificação, representando uma preocupação mundial pois atinge mais de 1 bilhão de habitantes, em mais de 100 países, destruindo terras e pondo em risco a sobrevivência das pessoas (PAN-BRASIL, 2005; SOUZA, 2009). A área de estudo, a bacia hidrográfica do rio Taperoá no Cariri Paraibano, é parte das terras da região semiárida brasileira classificadas com nível de desertificação severo (SÁ et al., 2002; PAN-BRASIL, 2005). Apesar de ter havido uma pressão menor pela utilização dos campos, nessas últimas décadas, com o êxodo rural provocado pelo declínio das atividades agrícolas tradicionais (algodão e gado), a pressão sobre o Bioma Caatinga continua grande. É crescente a demanda por carvão e lenha, por parte dos polos gesseiro e cerâmico do Nordeste e do setor siderúrgico, além da demanda difusa de inúmeras indústrias de pequeno e médio portes e residências, como mostra o trabalho do Ministério do Meio Ambiente – Portalbio (MMA, 2010). Inúmeros trabalhos apontam que, os fatores determinantes do desequilíbrio ambiental da região semiárida brasileira, indutores de processos de desertificação, têm sido o uso indiscriminado de madeira, lenha e carvão; o pastejo intensivo de animais; o fogo; o uso e o manejo irracional das terras pela agricultura, com e sem irrigação; a mineração; a ocupação desordenada das cidades, além do baixo nível de renda e cultural da população (SAMPAIO et al., 2003; OLIVEIRA-GALVÃO & SAITO, 2003; SARMENTO, 2001). Na atualidade, com o desenvolvimento das tecnologias de sensoriamento remoto e da geoinformática, as ferramentas para a realização de inventários e diagnósticos ambientais são facilmente disponíveis e de baixo custo permitindo auxiliar com agilidade, o monitoramento e a gestão de amplos territórios (FLORENZANO, 2002; NOVO, 2008). Desta forma, este trabalho, fazendo uso dessas novas tecnologias, pretende ser uma contribuição à análise do ambiente semiárido reunindo informações sobre vegetação, relevo e solo, num modelo estimativo da degradação da paisagem. Considerando a possibilidade de utilizar as tecnologias disponíveis e de baixo custo da geoinformática, e de poder contribuir para a realização de diagnósticos da caatinga, este trabalho tem como objetivo apresentar um modelo paramétrico simplificado para avaliação e mapeamento da degradação das terras da bacia hidrográfica do rio Taperoá, no Estado da Paraíba.
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Apresenta grande diversidade de ambientes, o que propicia uma rica biodiversidade apresentando muitas espécies endêmicas de alto valor biológico (PAN-BRASIL, 2005) muitas ainda desconhecidas e/ou não catalogadas (ALVES et al., 2009). Segundo Oliveira (2009), em seu aspecto fisionômico, a Caatinga apresenta uma cobertura vegetal arbustiva a arbórea, pouco densa e geralmente espinhosa. Sua variabilidade espacial e temporal na composição e no arranjo de seus componentes botânicos é resposta aos processos de sucessão e de diversos fatores ambientais, onde a densidade de plantas, a composição florística e o potencial do estrato herbáceo variam em função das características de solo, pluviosidade e altitude (ARAÚJO FILHO, 1986). Uma das características marcantes da região semiárida brasileira é a sua grande variabilidade espacial e temporal da precipitação, com totais médios anuais entre 400 a 800mm e uma evaporação que, em anos mais críticos, chega a ultrapassar cinco vezes a altura da precipitação (VAREJÃO-SILVA et al., 1984). Neste ambiente, com um processo desordenado de ocupação territorial que data da época colonial, ocorrem reflexos que se manifestam pela degradação dos seus recursos naturais , e que hoje atingem níveis críticos de sustentabilidade, a exemplo de assoreamento dos cursos d’água, com prejuízos para a saúde humana e animal, menor disponibilidade de água para irrigação e para abastecimento, redução da produtividade agrícola, diminuição da renda líquida dos agricultores e, consequentemente, empobrecimento do meio rural, com reflexos danosos para a economia nacional (MANZATTO et al., 1998). Este processo de degradação das terras das regiões áridas, semiáridas e subúmidas do Planeta é chamado, hoje de desertificação, representando uma preocupação mundial pois atinge mais de 1 bilhão de habitantes, em mais de 100 países, destruindo terras e pondo em risco a sobrevivência das pessoas (PAN-BRASIL, 2005; SOUZA, 2009). A área de estudo, a bacia hidrográfica do rio Taperoá no Cariri Paraibano, é parte das terras da região semiárida brasileira classificadas com nível de desertificação severo (SÁ et al., 2002; PAN-BRASIL, 2005). Apesar de ter havido uma pressão menor pela utilização dos campos, nessas últimas décadas, com o êxodo rural provocado pelo declínio das atividades agrícolas tradicionais (algodão e gado), a pressão sobre o Bioma Caatinga continua grande. É crescente a demanda por carvão e lenha, por parte dos polos gesseiro e cerâmico do Nordeste e do setor siderúrgico, além da demanda difusa de inúmeras indústrias de pequeno e médio portes e residências, como mostra o trabalho do Ministério do Meio Ambiente – Portalbio (MMA, 2010). Inúmeros trabalhos apontam que, os fatores determinantes do desequilíbrio ambiental da região semiárida brasileira, indutores de processos de desertificação, têm sido o uso indiscriminado de madeira, lenha e carvão; o pastejo intensivo de animais; o fogo; o uso e o manejo irracional das terras pela agricultura, com e sem irrigação; a mineração; a ocupação desordenada das cidades, além do baixo nível de renda e cultural da população (SAMPAIO et al., 2003; OLIVEIRA-GALVÃO & SAITO, 2003; SARMENTO, 2001). Na atualidade, com o desenvolvimento das tecnologias de sensoriamento remoto e da geoinformática, as ferramentas para a realização de inventários e diagnósticos ambientais são facilmente disponíveis e de baixo custo permitindo auxiliar com agilidade, o monitoramento e a gestão de amplos territórios (FLORENZANO, 2002; NOVO, 2008). Desta forma, este trabalho, fazendo uso dessas novas tecnologias, pretende ser uma contribuição à análise do ambiente semiárido reunindo informações sobre vegetação, relevo e solo, num modelo estimativo da degradação da paisagem. Considerando a possibilidade de utilizar as tecnologias disponíveis e de baixo custo da geoinformática, e de poder contribuir para a realização de diagnósticos da caatinga, este trabalho tem como objetivo apresentar um modelo paramétrico simplificado para avaliação e mapeamento da degradação das terras da bacia hidrográfica do rio Taperoá, no Estado da Paraíba.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20202022-09-11T21:15:35Z2022-09-112022-09-11T21:15:35Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27064FRANCISCO, Paulo Roberto Megna; CHAVES, Iêde de Brito; CHAVES, Lúcia Helena Garófalo. Caatinga e degradação: modelo de mapeamento. Campina Grande - PB: EPGRAF, 2020. 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Índices de vegetação - caatinga
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Vegetação lenhosa - caatinga
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Mapa de declividade
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Mapeamento de degradação das terras - caatinga
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Pedologia - caatinga
Bacia Hidrográfica do Rio Taperoá - Paraíba
Caatinga biome - Brazil
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Proceso de desertificación de la caatinga
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