Câncer de próstata: práticas e entraves relacionados à detecção precoce na população masculina.

• Autor(a) principal: SILVA, Paula Simone Azevedo.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8742
• topic: Enfermagem; Câncer de próstata; Atenção Primária à Saúde; Assistência de Enfermagem; Saúde do Homem; Prostate cancer; Primary health care; Nursing care; Men’s health; Cáncer de próstata; Primeros auxilios; Asistencia de enfermería; Salud de los hombres

Dentre as doenças que acometem à saúde do homem, uma das que merece destaque é o câncer de próstata. Consta de um agravo crônico muito comum na população masculina, especialmente naqueles com idade superior a 45 anos, sendo indispensável a busca por serviços de saúde a fim de realizar práticas preventivas para tal neoplasia. Apesar disso, o que se vê, atualmente, é um cenário oposto em que a partir de questões inerentes à masculinidade, o homem tende a não frequentar os serviços de Atenção Primária. Este estudo objetivou avaliar os entraves e as práticas adotadas por homens frente à detecção precoce do câncer de próstata. Trata-se de um estudo observacional descritivo com delineamento quantitativo, desenvolvido no município de Cuité – PB com 62 homens cadastrados e acompanhados nas Unidades de Saúde da Família. Após aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Lauro Wanderley sob parecer nº 919.217, os dados foram coletados com a utilização de um questionário. Os resultados demonstram que os entrevistados possuem idade média de 57 anos, com baixo nível de escolaridade, sendo predominantemente casados, com renda familiar de um salário mínimo e em sua maioria, aposentados. Destes homens, 56,3% referem conviver com algum tipo de agravo à saúde, 32,8% procurou o serviço de saúde entre 2 a 3 vezes no último ano, 50% referem desconhecer os meios de prevenir para o câncer de próstata, 53,1% nunca realizou o exame de PSA, 71,9% não se submeteu ao toque retal, 71,9% não realizou a USG transretal e 92,2% não fez a biópsia prostática. Dentre os entraves citados pelos entrevistados, destacaram-se questões inerentes à masculinidade hegemônica e à falta de informação. Percebeu-se com este estudo que a maioria dos homens não realizou os exames de detecção precoce do câncer de próstata, devido questões voltadas a crenças culturais acerca da masculinidade, bem como pela ausência de informações coerentes acerca da doença e sua prevenção. Dessa forma, é imprescindível que o enfermeiro trace estratégias para modificar tal realidade, a fim de reorientar as práticas de atenção à saúde do homem.