Os fatores decisivos na escolha dentre as carreiras médicas: qual é o papel da Universidade?

• Autor(a) principal: VASCONCELOS, Rebeca Raissa Afonso.
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: ARAÚJO, Rossiniê de Miranda.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30554
• topic: Medicina; Educação médica; Estudantes; Escolha da profissão; Especialização médica; Residência médica; Medical education; Students; Choice of profession; Medical specialization; Medical residence; Educación médica; Estudiantes; Elección de profesión; Especialización médica; Residencia médica

A escolha por uma área de atuação em Medicina tem consequências importantes tanto para a vida privada do profissional como para a situação da saúde do país, porém são escassos no Brasil os estudos que investigam as variáveis envolvidas neste processo. Por este motivo, a pesquisa objetivou estudar os principais fatores decisivos na escolha por uma carreira médica por parte dos internos de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande e, nisso, que papel tem a Instituição. Trata-se de um estudo exploratório, transversal, de natureza qualitativa, que envolveu a realização de 15 entrevistas semi - estruturadas. O conteúdo foi submetido à análise de dados proposta por Laurence Bardin, com organização de categorias temáticas baseadas na percepção da influência de fatores individuais, relacionados à profissão e à Universidade na decisão por uma área de atuação, bem como na eleição dos principais influenciadores, carreiras pretendidas e descartadas, momentos de tomada de decisão, sentimentos de segurança e ansiedade em relação ao processo seletivo e no entendimento do papel da Universidade na formação da escolha. Como resultado, pôde-se notar que qualidade de vida e afinidade são percebidos como os principais motivadores na seleção por uma área médica, com importância também expressiva do local de naturalidade, idade, gênero, experiências individuais ou familiares com adoecimento, salário e prestígio, contato com professores e preceptores, currículo acadêmico e atividades extracurriculares. Engajamento social, duração da residência médica, dificuldades encontradas no processo seletivo e contato com outros profissionais não médicos parecem não exercer influência significativa. O principal momento de tomada de decisão é o internato, e as rejeições por determinadas áreas geralmente antecedem a escolha por uma. Há notável insegurança quanto ao desempenho prático na profissão e em concursos, principalmente no primeiro ano do internato. A organização de eventos voltados à discussão com especialistas foi apontada como a estratégia mais almejada pelos internos para otimizar o impacto da Universidade no processo em questão.