Cultura da mídia, História Cultural e Educação do Campo.
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33651 |
Resumo: | 0 presente livro é resultado das discussões empreendidas no decorrer do 1 Seminário CULTURA DA MÍDIA, HISTÓRIA CULTURAL E EDUCAÇÃO DO CAMPO, realizado entre 19 e 23 de setembro do corrente ano, no campus do CDSA, Sumé‑PB. A realização do referido seminário e a publicação dessa coletânea são partes constituintes das preocupações do Núcleo de Didática de Conteúdos Específicos para a Convivência com o Semiárido (NUDCE), coordenado pelos professores Bruno Medeiros Roldão de Araújo, Fabiano Custódio de Oliveira, José Luciano de Queiroz Aires, Maria Conceição Miranda Campêlo e Marcus Bessa de Menezes. 0 núcleo tem por objetivo atuar nas discussões em torno da problemática da Educação Básica, buscando aproximar a universidade das escolas públicas, comunidades rurais, associações, assentamentos e diversos espaços de escolarização do campo. Antes de tudo, temos convicção de que estamos buscando demarcar uma posição política em favor da educação pública para as populações do semiárido, embora, certamente, essa coletânea esteja aberta para outros leitores fora da região. Temos buscado essa interação por meio do PIB1D, com alunos bolsistas atuando em escolas públicas nos municípios de Sumé, Amparo e São João do Cariri. Nesse processo de valorização da extensão universitária, trabalhamos com professores de Matemática, Educação Física, História, Geografia e Língua Portuguesa. Teoricamente, nossas intervenções operam‑se entre os campos das teorias críticas e pós‑críticas de currículo, cruzando as fronteiras entre a contextualização e a descontextualização, entre a busca do conhecimento do Eu e do Outro, fazendo as alteridades temporais e espaciais terem significados para o mundo vivido do/a aluno/a na lógica centrada no conceito de diferença. Nosso Núcleo é bastante heterogéneo do ponto de vista dos campos disciplinares, entretanto, o que nos parece comum é a busca pela ênfase em um currículo contextualizado crítico. É bastante importante conhecer o Outro, mas, igualmente relevante é estudar as experiências identitárias elaboradas em torno dos lugares do Eu, nesse caso, a região do semiárido brasileiro. Nesse sentido, essa coletânea de textos trará contribuições para a elaboração de projetos de ensino na linha da contextualização, ao discutir temas que são silenciados nos livros didáticos que circulam nas nossas escolas. Esse material, porém, poderá ser utilizado pelos professores como ponto de partida para uma diversidade criativa de oficinas e projetos. Nesse particular, gostaríamos de colocar a seguinte questão: Qual a relevância do tema do presente livro para a educação pública em municípios do Cariri Paraibano do século XXI? Para tentar responder a questão é preciso abrir a escala de análise, conforme sugere o historiador Jacques Revel. A virada do século XX para o atual é marcada, sobremaneira, pela sociedade da informação. 0 mundo vai se encurtando por meio do avanço dos meios de comunicação, o capitalismo vai se globalizando e transformando bens simbólicos em mercadorias. A mídia, com a televisão e a internet, vai ocupando espaços relevantes no âmbito da comunicação. Essa preocupação em compreender os impactos da mídia nas sociedades contemporâneas remonta, pelo menos, o início do século XX, desde estudos pessimistas da Escola de Frankfurt e da sociologia funcionalista da disfunção até o otimismo de alguns teóricos das comunicações, a exemplo de Marshall McLuhan. No contexto da segunda metade do século XX, teóricos como Umberto Eco, Michel de Certeau, Raymond Williams, Richard Hoggart, Jesus Martins Barbero, Douglas Kellner e tantos outros, levaram adiante os estudos dos precursores, inclusive indo na contramão de algumas leituras hegemónicas e abrindo outros ângulos de abordagens focados nas teorias da recepção e do consumidor ativo. O certo que a cultura da mídia tem orientado nosso tempo, tem adentrado pelos lugares do nosso Cariri e Sertão. Professores, alunos e demais sujeitos estão vivendo esses tempos híbridos, entre as permanências das tradições e a busca pela modernidade. A novena, a experiência da chuva, a cantiga de viola, as práticas culturais e saberes populares diversos, passam a conviver com o telefone celular, o computador, a televisão, o rádio FM, o DVD e outros signos trazidos a reboque da sociedade da velocidade e dos meios de comunicação de massa. Nesse contexto, as políticas educacionais no Brasil também sofreram algumas transformações formais, entre elas, a LDB e as reformas curriculares. Nas diversas propostas de currículos, a ênfase na utilização de novas metodologias e novas linguagens no âmbito do ensino, tem passado, consideravelmente, a condição de pertinência e sinónimo de sua renovação. Contudo, nosso núcleo é de acordo de que a utilização das chamadas novas linguagens no ensino está para além do caráter lúdico e prazeroso se constituindo, mais do que isso, em oportunidades para compreender os aspectos ideológicos, as relações de forças, as representações e a historicidade das próprias linguagens. Em um mundo que caminha junto ao aparato midiático, é preciso desobjetivar e des‑imparcializar sua linguagem. É preciso analisar como os mais diversos sujeitos sociais são representados pela cultura da mídia, como seus espaços são ocupados por grupos e classes sociais e como os meios de comunicação se inserem perante os mais diversos movimentos sociais. Nessa linha de raciocínio, esse livro procura analisar como as populações do campo são/foram representados pela cultura da mídia e como, historicamente, tem ocorrido os enfrentamentos ideológicos e as relações de poder. |
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Antes de tudo, temos convicção de que estamos buscando demarcar uma posição política em favor da educação pública para as populações do semiárido, embora, certamente, essa coletânea esteja aberta para outros leitores fora da região. Temos buscado essa interação por meio do PIB1D, com alunos bolsistas atuando em escolas públicas nos municípios de Sumé, Amparo e São João do Cariri. Nesse processo de valorização da extensão universitária, trabalhamos com professores de Matemática, Educação Física, História, Geografia e Língua Portuguesa. Teoricamente, nossas intervenções operam‑se entre os campos das teorias críticas e pós‑críticas de currículo, cruzando as fronteiras entre a contextualização e a descontextualização, entre a busca do conhecimento do Eu e do Outro, fazendo as alteridades temporais e espaciais terem significados para o mundo vivido do/a aluno/a na lógica centrada no conceito de diferença. Nosso Núcleo é bastante heterogéneo do ponto de vista dos campos disciplinares, entretanto, o que nos parece comum é a busca pela ênfase em um currículo contextualizado crítico. É bastante importante conhecer o Outro, mas, igualmente relevante é estudar as experiências identitárias elaboradas em torno dos lugares do Eu, nesse caso, a região do semiárido brasileiro. Nesse sentido, essa coletânea de textos trará contribuições para a elaboração de projetos de ensino na linha da contextualização, ao discutir temas que são silenciados nos livros didáticos que circulam nas nossas escolas. Esse material, porém, poderá ser utilizado pelos professores como ponto de partida para uma diversidade criativa de oficinas e projetos. Nesse particular, gostaríamos de colocar a seguinte questão: Qual a relevância do tema do presente livro para a educação pública em municípios do Cariri Paraibano do século XXI? 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É preciso analisar como os mais diversos sujeitos sociais são representados pela cultura da mídia, como seus espaços são ocupados por grupos e classes sociais e como os meios de comunicação se inserem perante os mais diversos movimentos sociais. Nessa linha de raciocínio, esse livro procura analisar como as populações do campo são/foram representados pela cultura da mídia e como, historicamente, tem ocorrido os enfrentamentos ideológicos e as relações de poder.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20112023-12-18T12:27:33Z2023-12-182023-12-18T12:27:33Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33651AIRES, José Luciano de Queiroz; ARAÚJO, Bruno Medeiros Roldão de; OLIVEIRA, Fabiano Custódio de; MENEZES, Marcus Bessa de; CAMPÊLO, Maria da Conceição Miranda. Cultura da mídia, História Cultural e Educação do Campo. João Pessoa: Editora da UFPB, 2011. ISBN: 978-85-7745-933-9. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33651porAIRES, José Luciano de Queiroz.ARAÚJO, Bruno Medeiros Roldão de.OLIVEIRA, Fabiano Custódio de.MENEZES, Marcus Bessa de.CAMPÊLO, Maria da Conceição Miranda.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-12-18T12:31:42Zoai:localhost:riufcg/33651Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-12-18T12:31:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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Para tentar responder a questão é preciso abrir a escala de análise, conforme sugere o historiador Jacques Revel. A virada do século XX para o atual é marcada, sobremaneira, pela sociedade da informação. 0 mundo vai se encurtando por meio do avanço dos meios de comunicação, o capitalismo vai se globalizando e transformando bens simbólicos em mercadorias. A mídia, com a televisão e a internet, vai ocupando espaços relevantes no âmbito da comunicação. Essa preocupação em compreender os impactos da mídia nas sociedades contemporâneas remonta, pelo menos, o início do século XX, desde estudos pessimistas da Escola de Frankfurt e da sociologia funcionalista da disfunção até o otimismo de alguns teóricos das comunicações, a exemplo de Marshall McLuhan. No contexto da segunda metade do século XX, teóricos como Umberto Eco, Michel de Certeau, Raymond Williams, Richard Hoggart, Jesus Martins Barbero, Douglas Kellner e tantos outros, levaram adiante os estudos dos precursores, inclusive indo na contramão de algumas leituras hegemónicas e abrindo outros ângulos de abordagens focados nas teorias da recepção e do consumidor ativo. O certo que a cultura da mídia tem orientado nosso tempo, tem adentrado pelos lugares do nosso Cariri e Sertão. Professores, alunos e demais sujeitos estão vivendo esses tempos híbridos, entre as permanências das tradições e a busca pela modernidade. A novena, a experiência da chuva, a cantiga de viola, as práticas culturais e saberes populares diversos, passam a conviver com o telefone celular, o computador, a televisão, o rádio FM, o DVD e outros signos trazidos a reboque da sociedade da velocidade e dos meios de comunicação de massa. Nesse contexto, as políticas educacionais no Brasil também sofreram algumas transformações formais, entre elas, a LDB e as reformas curriculares. Nas diversas propostas de currículos, a ênfase na utilização de novas metodologias e novas linguagens no âmbito do ensino, tem passado, consideravelmente, a condição de pertinência e sinónimo de sua renovação. Contudo, nosso núcleo é de acordo de que a utilização das chamadas novas linguagens no ensino está para além do caráter lúdico e prazeroso se constituindo, mais do que isso, em oportunidades para compreender os aspectos ideológicos, as relações de forças, as representações e a historicidade das próprias linguagens. Em um mundo que caminha junto ao aparato midiático, é preciso desobjetivar e des‑imparcializar sua linguagem. 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