Onde a gente que é gente se entende: rastros da homossociabilidade masculina no Rio de Janeiro (1960-1970).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VIEIRA, Kyara Maria de Almeida.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: MAIOR JÚNIOR, Paulo Roberto Souto.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35049
Resumo: Debruçar-se sobre bibliografias e esmiuçar traços da vivência da homossexualidade masculina no Rio de Janeiro das décadas de 1960 e 1970, com realce nas redes de sociabilidade, constitui o objetivo deste artigo. Deleitar-se sobre bibliografias e esmiuçar traços da vivência da homossexualidade masculina no Rio de Janeiro das décadas de 1960 e 1970, com realce nas redes de sociabilidade, constitui o objetivo deste artigo. Os estudos de gênero vem alargando esferas de debate em diversas universidades do país e na Universidade Federal de Campina Grande ainda há lacunas relacionadas a esses estudos. Daí pensar a colaboração deste estudo como mais um texto a introduzir este debate dentro desta academia onde, como ocorre em todas as outras, há preconceitos que precisam ser repensados por parte de alunos e professores. Este debate se inclui ainda na problemática atual que envolve direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis (LGBT) e da elaboração de espaços de sociabilidade de atores sociais ao procurarem criar a própria vida enquanto obra de arte, artistificá-la por exemplo. Nesse sentido nos voltamos para a cidade do Rio de Janeiro a fim de visitar a bibliografia de algumas pesquisas efetuadas por pesquisadores brasileiros visando entender as formas como se divertiam, se relacionavam cotidianamente. Suas relações entre si, com a família, com os amigos, com os namorados, com os companheiros de uma noite aleatória, nas boates e em outros points de pegação. Identificaremos ainda como alguns discursos da época, mais especificamente o jornal O Snob, uma das primeiras publicações voltadas em exclusivo para o público homossexual, ao se preocupar nos seus primeiros anos com relações sexuais, conforme será pincelado nessa pesquisa, e a emergência de uma conscientização de demais temas relacionados a homossexualidade na sua segunda fase. Na concretização desta atividade foi necessário o diálogo com as colaborações metodológicas de James N. Green e João Silvério Trevisan, como também as leituras teóricas de Didier Eribon e Michel Foucault. O primeiro ao refletir os modos de vida gay e o segundo relacionado ao terceiro domínio do seu pensamento baseado nas estéticas da existência.
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