Investigações da maré atmosférica lunar na concentração de meteoros sobre o Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LIMA, Wellington Benevenuto de.
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28328
Resumo: A atmosfera terrestre funciona como uma camada protetora e a todo momento é bombardeada por meteoroides. Quando esses meteoroides adentram a atmosfera começam a colidir com as moléculas encontradas e passam a se desintegrar. Em meio a esse processo de colisão, os meteoroides e as moléculas em seu caminho iniciam processo de vaporização, ao qual se formam trilhas ionizadas chamadas de meteoros. Estas trilhas aquecidas e ionizadas são bastantes importantes, pois têm a propriedade de reĆetir ondas de rádio, se tornando assim uma ferramenta fundamental nos estudos da dinâmica da atmosfera na região da Mesosfera e da baixa Termosfera (MLT). Usando dados coletados entre 2000 e 2020 por dois radares de meteoros localizados em Cachoeira Paulista (22,7° S; 45,0° O) e São João do Cariri (7,4° S; 36,5° O), as marés atmosféricas lunares diurna e semidiurna foram estudadas no pico de concentração dos meteoros e na largura da camada atmosférica. Para determinação do pico de concentração de meteoros, utilizou-se um ajuste gaussiano para as altitudes dos ecos determinados com uma janela móvel horária de três horas. Calculou-se um residual e retirou a inĆuência das componentes solar dos mesmos. Em seguida foi feita a conversão para o tempo lunar e foi aplicado o método dos mínimos quadrados em meses compostos com todos os anos para cada localidade. O mesmo procedimento foi feito para o estudo da largura da camada, em que ao invés do uso do pico de concentração dos meteoros usou-se a largura total na metade do máximo (FWHM) do ajuste gaussiano feito na distribuição dos meteoros com a altitude. Os resultados obtidos revelaram a inĆuência da maré lunar no pico de concentração de meteoros e na largura da camada. No pico da camada a componente diurna foi vista por dois meses em ambas as localidades nos solstícios, já a semidiurna foi vista por quase todo o ano composto, salvo os meses em que a componente diurna também foi detectada, suas maiores amplitudes ocorreram nos meses de equinócios. Nos dados da largura da camada, as marés lunares apresentaram menos inĆuência do que no pico de concentração. As amplitudes da maré lunar tanto para o pico como para a largura da camada foram maiores para os dados de menor latitude em São João do Cariri.
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Usando dados coletados entre 2000 e 2020 por dois radares de meteoros localizados em Cachoeira Paulista (22,7° S; 45,0° O) e São João do Cariri (7,4° S; 36,5° O), as marés atmosféricas lunares diurna e semidiurna foram estudadas no pico de concentração dos meteoros e na largura da camada atmosférica. Para determinação do pico de concentração de meteoros, utilizou-se um ajuste gaussiano para as altitudes dos ecos determinados com uma janela móvel horária de três horas. Calculou-se um residual e retirou a inĆuência das componentes solar dos mesmos. Em seguida foi feita a conversão para o tempo lunar e foi aplicado o método dos mínimos quadrados em meses compostos com todos os anos para cada localidade. O mesmo procedimento foi feito para o estudo da largura da camada, em que ao invés do uso do pico de concentração dos meteoros usou-se a largura total na metade do máximo (FWHM) do ajuste gaussiano feito na distribuição dos meteoros com a altitude. Os resultados obtidos revelaram a inĆuência da maré lunar no pico de concentração de meteoros e na largura da camada. No pico da camada a componente diurna foi vista por dois meses em ambas as localidades nos solstícios, já a semidiurna foi vista por quase todo o ano composto, salvo os meses em que a componente diurna também foi detectada, suas maiores amplitudes ocorreram nos meses de equinócios. Nos dados da largura da camada, as marés lunares apresentaram menos inĆuência do que no pico de concentração. As amplitudes da maré lunar tanto para o pico como para a largura da camada foram maiores para os dados de menor latitude em São João do Cariri.The atmosphere works as a protector layer and all the time it is bombarded by meteoroids. When those meteoroids get in the atmosphere, they start to coliding with molecules and pass to disintegrate.This collision process, the meteoroids and the molecules found in its path produce vaporization, in which form ionized trails called meteors. These heated and ionized trails are quite important because they have the property to reĆect radio waves, becoming a fundamental tool in the atmosphere dynamic studies in the Mesosphere and Low Thermosphere region (MLT). Using collected data between 2000 and 2020 by two meteor radars located in Cachoeira Paulista (22.7° S; 45.0° W) and Sao Joao do Cariri (7.4° S; 36.5° W), diurnal and semidiurnal lunar atmospheric tides were studied in their meteor concentration peak and in the atmospheric layer width. To the determination of the meteors concentrarion peak, a Gaussian adjustment was used for the altitudes of the determined echoes with a three hour movable hourly window. A residual was calculated and the inĆuence of the solar components were remove from them. Then the conversion was made to the lunar time and it was applied a minimum squares method in compound months with every year to each location. The same procedure was made to the layer width study, which instead of the use of the meteors peak of concentration it was used the Full Width Half Maximum (FWHM) of the Gaussian adjustment made in the meteor distribution with altitude. The obtained results showed the inĆuence of the moon tide in the meteors concentration peak and the layer width. In the layer peak, the diurnal component was seen by two months in both locations on the solstices, yet the semidiurnal was seen by almost all the compound year, except the months in which the diurnal component was also detected, their biggest amplitudes occurred in the equinoxes months. In the layer width data, the lunar tides showed less inĆuence than the concentration peak. The lunar tide amplitudes were bigger for both peak and layer width were bigger to the data of less latitude in Sao Joao do Cariri.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia - CCTPÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICAUFCGSILVA, Igo Paulino da.SILVA, I. P.http://lattes.cnpq.br/9211719990597519PAULINO, Ana Roberta da Silva.PAULINO, A. R. S.http://lattes.cnpq.br/7905307729495069COSTA, Ricardo Arlen Buriti da.COSTA, R. A. B.BRUM, Christiano Garntt Marques.BRUM, C. G. M.LIMA, Wellington Benevenuto de.2021-10-262022-12-13T22:34:20Z2022-12-132022-12-13T22:34:20Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28328LIMA, Wellington Benevenuto de. Investigações da maré atmosférica lunar na concentração de meteoros sobre o Brasil. 2021. 92f. (Dissertação de Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Física, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2021. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28328porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-12-13T22:34:43Zoai:localhost:riufcg/28328Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-12-13T22:34:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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