Rodas de expressões de música e dança com usuários de saúde mental: relato de experiência.

• Autor(a) principal: SILVA, Danilo Temóteo da.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8586
• topic: Saúde mental - Cajazeiras - PB; Centro de Atenção Profissional - CAPS; Música; Inclusão social; Mental Health - Cajazeiras - PB; Professional Care Center - CAPS; Music; Social Inclusion; Enfermagem.

A atenção em saúde mental avança na perspectiva dos princípios da Reforma Psiquiátrica, desconstruindo saberes e formas de lidar com o usuário em sofrimento psíquico, com ênfase no sujeito, família, comunidade, trabalho interdisciplinar e inclusão social. Este trabalho tem como objetivo descrever a experiência vivenciada e as atividades desenvolvidas no Projeto de Extensão ”Rodas de expressões de música e dança com usuários de saúde mental”, do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II). Estudo do tipo descritivo, configurando-se como um relato de experiência, desenvolvido com 15 usuários do CAPS de Cajazeiras – PB, no período de outubro de 2014 a março de 2015. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados o registro da experiência em um diário de campo, prontuários dos usuários, relatório final do projeto e relatórios do serviço. Este trabalho permitiu um transitar constante entre teoria e dados empíricos, com respaldo em autores que defendem a Reforma Psiquiátrica, bem como alguns em autores que trabalham com a temática de música e arte. Os resultados apontam que a maioria dos sujeitos é do sexo feminino, na faixa etária entre 46 a 56 anos, solteiros, analfabetos e com diagnóstico de esquizofrenia. Em relação à utilização da música e da dança constatou-se que as mesmas podem se constituir como uma estratégia valiosa de cuidado em saúde mental, sendo possível trabalhar a autoestima, a sociabilidade, a comunicação, a alegria, o compromisso e novas formas de subjetividade dos usuários. Em saúde mental é preciso ousar e desenvolver práticas que busquem devolver ao sujeito a possibilidade de criação genuína de sua existência, isto é, que o auxilie na construção de relações de expressão, de criação na qual o usuário se reaproprie da subjetividade, produzindo um processo de singularização.