Perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos registrados em Pernambuco no período de 2011 a 2021.

• Autor(a) principal: CAVALCANTI, Maria Raquel da Silva.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30952
• topic: Enfermagem; Epidemiologia; Perfil de saúde; Serpentes; Mordedura de serpentes; Acidentes ofídicos; Pernambuco - acidentes ofídicos; Epidemiología; Perfil de salud; Serpientes; Mordisco de serpientes; Picaduras de serpiente; Pernambuco - mordeduras de serpientes; Epidemiology; Health profile; Snakes; Bite of snakes; Snakebites; Pernambuco - snakebites

Introdução: O envenenamento ofídico é caracterizado pela inserção da toxina pelo aparelho inoculador de uma serpente. Para a saúde pública no Brasil, quatro gêneros de serpentes são as causadoras dos acidentes: Micrurus, Bothrops, Crotalus e Lachesis. Acidentes dessa natureza são de notificação compulsória, devendo ser notificada pelos serviços de saúde à Secretaria Municipal de Saúde fazer a comunicação em até 24 horas do ocorrido. Objetivos: O objetivo geral é apresentar o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos ocorridos no período de 2011 a 2021 no estado de Pernambuco. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa com base em dados secundários notificados à Secretaria Estadual de Saúde ao Sistema de Informação de Agravos e Notificação, no período entre 2011 e 2021. Resultados: Foram notificados 9.355 casos no intervalo proposto. A maior frequência foi em vítimas da cor parda (60,6%), com ensino fundamental incompleto (24,1%), em faixa estaria economicamente ativa, de 20 a 59 anos (59,3%), do sexo masculino (71,9%); os anos com maiores taxas de acidentes ofídicos foram, 2016 seguido de 2019, ambos atingindo o quantitativo de 10,7 casos a cada 100.000 habitantes; a macrorregião que obteve a maior incidência o Sertão, com 235,9 casos a cada 100.000 habitantes; em 70,6% dos casos não houve qualquer envolvimento com acidente de relacionado ao trabalho; a maior frequência (29,6%) das fichas preenchidas corretamente foi o presente no gênero Bothrops, com 40,7% das vítimas atacadas no pé, 61,3% dos casos foram considerados leves, 31,5% das vítimas atendidas de 1 a 3 horas do ocorrido, tendo 86,5% do casos evoluídos para a cura. Conclusão: Com base na análise dos registros deste estudo, pode-se inferir que a maioria dos acidentes envolvendo serpentes ocorreu com homens em idade economicamente ativa, autodeclarados pardos, com baixo nível de escolaridade, e podem ou não estar relacionados a atividades ocupacionais. A maior parte das vítimas foi atacada por serpentes do gênero Bothrops, nos pés, sendo atendida em um período de até três horas e apresentando evolução para a cura.