“Bar de Maria de Kalú”: memórias sobre o primeiro espaço de interação gay em Campina Grande (1985-1996).

• Autor(a) principal: AZEVÊDO, Ciro Linhares de.
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35375
• topic: Bar de Maria Kalú - Campina Grande - PB; Espaço de interação gay - Campina Grande - PB; Família alternativa; Gênero e sexualidade; Socialização gay - Campina Grande - PB; Cotidiano LGBT - Campina Grande - PB; Memória; Oralidade; Grupo gay campinense; Gays - Campina Grande - PB; História oral; Cultura LGBT - Campina Grande - PB; Gay interaction space - Campina Grande - PB; Alternative family; Gender and sexuality; Gay socialization - Campina Grande - PB; LGBT daily life - Campina Grande - PB; Memory; Orality; Gay group from Campinas; Oral history; LGBT Culture - Campina Grande - PB; História.

O trabalho investiga a construção do cotidiano GLBTs a partir do “Bar de Maria de Kalú”. Este seria o primeiro espaço temático para esse público na cidade de Campina Grande - PB. A partir do recorte biográfico da proprietária Maria de Santana Santos, usamos de seus depoimentos, vagando da subjetividade que envolve a relação oralidade/memória. O bar visto como lugar praticável, inscrito pela a produção de conhecimento do grupo gay campinense a partir da sociabilização, possibilitando a propagação de diversas representações sociais. As interações GLBTs possibilitam o surgimento de performances sociais que desestabilizam a noções heteronormativas de gênero, além de contestarem a noção de naturalização do sexo e do gênero, representações são produzidas e ressignificadas no ambiente restrito de sociabilização. Shows de travestis, espaço de paquera, busca de encontros homoeróticos furtivos em lugares do bar, em algum hotel, gírias, códigos, astúcias, apropriação de músicas mais tocadas, novas noções de gênero, espaço de tensão e brigas, de extravasar e exibir desejos. Para tecer novos olhares uso dos diálogos teóricos fornecidos principalmente por Judith Butler, Michel de Foucault e da metodologia da História Oral sob o gênero biográfico, a fim de analisar interações GLBTs a partir de lembranças individuais e toda sua carga coletiva.