As feiras livres e as reformas urbanísticas: estratégias governamentais de (re)qualificação dos espaços citadinos de memória coletiva.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAÚJO, Giovanna de Aquino Fonseca.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37106
Resumo: Tanto no Brasil como em Portugal, as feiras, são as instituições mais curiosas do período medieval3. Local de concentração econômica, no que concerne a distribuição de mercadorias vendáveis a partir de produções muitas vezes realizadas domesticamente. É o que diz Ferreira Borges, vejamos: “Feira-mercado grande, público, em que se vende toda a casta de mercadorias em tempo certo, uma ou mais vezes por ano (....) as feiras são um meio de instigar a abertura de estradas e comunicações, de introduzir a civilização e de igualar a necessidade de riqueza dos povos”. Apesar das feiras terem importância a partir do reconhecimento econômico e comercial, também sabemos que se constituem em um lócus de relações sociais e culturais que dão suporte a convivência daqueles que transitam por esses espaços. Na Europa, e na América as feiras surgiram dando lugar as primeiras aglomerações, as cidades propriamente ditas, inicialmente tidas como povoados e vilas, e posteriormente cidades. É o que diz Weber (1979) apud Vedana4 (2004, p.11), o aparecimento das “[...]cidades está relacionado estreitamente com as feiras, que representavam o embrião de uma nova aglomeração humana a partir da actividade comercial”. Historicamente, as feiras adquiriram uma importância muito grande que ultrapassar seu papel comercial, transformando-se, em muitas sociedades, num entreposto de trocas culturais e de aprendizado, onde pessoas de várias localidades congregavam-se estabelecendo laços de sociabilidade.
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