Efeito residual do tiametoxam em folhas de meloeiro sobre Apis mellifera.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Janaylton Mikaell Targino dos.
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34722
Resumo: Conciliar as aplicações de inseticidas para o manejo de pragas e a conservação da abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) é um dos maiores desafios para os produtores de melão (Cu- cumis melo). Diante disso, é fundamental conhecer a toxidade de inseticidas sobre abelhas. O inseticida Tiametoxam é considerado altamente tóxico para A. mellifera nas doses registradas para uso em meloeiro. Contudo, ainda são escassas informações sobre efeito residual do refe- rido inseticida em função do tempo após a pulverização. Portanto, o objetivo do presente traba- lho foi avaliar o efeito residual do Tiametoxam sobre A. mellifera em função do tempo após a pulverização em folhas de meloeiro. O experimento foi realizado no Laboratório de Entomolo- gia do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal/PB. Foi realizado o bioensaio correspondente ao modo de contato residual em folhas do meloeiro e logo após foi feita a avaliação da capacidade de voo das abelhas. O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 X 5, sendo duas doses do inseticida Tiametoxam (0,03g.i.a./L e 0,3g.i.a./L), uma testemunha (água destilada) e cinco tempos de exposição após aplicação do produto (1, 2, 3, 24 e 48 horas), com 5 repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Foram avaliadas a mortalidade e o comportamento (exemplo: prostração, paralisia, tre- mores) das abelhas a 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 24 horas após a exposição. A capacidade de voo foi avaliada para todas as abelhas que sobreviveram após a exposição ao inseticida. Foi observado que as duas dosagens independente do tempo entre a pulverização na folha e a exposição ao resíduo do inseticida diferiram significativamente da testemunha. O inseticida Tiametoxam oca- sionou mortalidade entre 75% e 100%, sendo observadas as maiores porcentagens para a dose 0,03 g i.a./L no tempo de exposição de 1 hora após a pulverização e para a dose 0,3 g i.a./L no tempo de exposição de 1 e 2 horas após a pulverização. Após 3, 24 e 48 horas da pulverização com a dose de 0,03 g i.a./L, o Tempo Letal Mediano (TL50) foi de 13,3 horas. Já nas avaliações de 1 e 2 horas após a pulverização, utilizando a dose de 0,03 g i.a./L, e 48 horas após a pulve- rização com a dose de 0,3 g i.a./L, o TL50 foi de 7,3 horas. Nas avaliações de 1, 2, 3 e 24 horas após a aplicação, com a dose de 0,3 g i.a./L, o TL50 foi de 3,5 horas, o menor tempo letal entre todas as doses avaliadas. Foi observada diferença significativa para a capacidade de voo das abelhas que foram expostas ao inseticida Tiametoxam em relação a testemunha. Independente da dose, o Tiametoxam foi altamente nocivo via exposição residual em 1, 2, 3, 24 e 48 horas após a pulverização, nas doses 0,03 g i.a./L e 0,3 g i.a./L, sobre adultos da abelha A. mellifera.
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spelling Efeito residual do tiametoxam em folhas de meloeiro sobre Apis mellifera.Residual effect of Thiamethoxam on Apis mellifera in melon plant leaves.ToxicidadeAbelhasNeonicotinóidesToxicityBeesNeonicotinoidsConciliar as aplicações de inseticidas para o manejo de pragas e a conservação da abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) é um dos maiores desafios para os produtores de melão (Cu- cumis melo). Diante disso, é fundamental conhecer a toxidade de inseticidas sobre abelhas. O inseticida Tiametoxam é considerado altamente tóxico para A. mellifera nas doses registradas para uso em meloeiro. Contudo, ainda são escassas informações sobre efeito residual do refe- rido inseticida em função do tempo após a pulverização. Portanto, o objetivo do presente traba- lho foi avaliar o efeito residual do Tiametoxam sobre A. mellifera em função do tempo após a pulverização em folhas de meloeiro. O experimento foi realizado no Laboratório de Entomolo- gia do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal/PB. Foi realizado o bioensaio correspondente ao modo de contato residual em folhas do meloeiro e logo após foi feita a avaliação da capacidade de voo das abelhas. O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 X 5, sendo duas doses do inseticida Tiametoxam (0,03g.i.a./L e 0,3g.i.a./L), uma testemunha (água destilada) e cinco tempos de exposição após aplicação do produto (1, 2, 3, 24 e 48 horas), com 5 repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Foram avaliadas a mortalidade e o comportamento (exemplo: prostração, paralisia, tre- mores) das abelhas a 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 24 horas após a exposição. A capacidade de voo foi avaliada para todas as abelhas que sobreviveram após a exposição ao inseticida. Foi observado que as duas dosagens independente do tempo entre a pulverização na folha e a exposição ao resíduo do inseticida diferiram significativamente da testemunha. O inseticida Tiametoxam oca- sionou mortalidade entre 75% e 100%, sendo observadas as maiores porcentagens para a dose 0,03 g i.a./L no tempo de exposição de 1 hora após a pulverização e para a dose 0,3 g i.a./L no tempo de exposição de 1 e 2 horas após a pulverização. Após 3, 24 e 48 horas da pulverização com a dose de 0,03 g i.a./L, o Tempo Letal Mediano (TL50) foi de 13,3 horas. Já nas avaliações de 1 e 2 horas após a pulverização, utilizando a dose de 0,03 g i.a./L, e 48 horas após a pulve- rização com a dose de 0,3 g i.a./L, o TL50 foi de 7,3 horas. Nas avaliações de 1, 2, 3 e 24 horas após a aplicação, com a dose de 0,3 g i.a./L, o TL50 foi de 3,5 horas, o menor tempo letal entre todas as doses avaliadas. Foi observada diferença significativa para a capacidade de voo das abelhas que foram expostas ao inseticida Tiametoxam em relação a testemunha. Independente da dose, o Tiametoxam foi altamente nocivo via exposição residual em 1, 2, 3, 24 e 48 horas após a pulverização, nas doses 0,03 g i.a./L e 0,3 g i.a./L, sobre adultos da abelha A. mellifera.Conciliating the application of insecticides for pest management and the conservation of the honey bee Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) is one of the greatest challenges for melon (Cucumis melo) producers. Therefore, it is essential to understand the toxicity of insecticides on bees. The insecticide Thiamethoxam is considered highly toxic to A. mellifera at registered doses for use on melon plants. However, there is still limited information on the residual effect of this insecticide over time after spraying. Therefore, the objective of this study was to evaluate the residual effect of Thiamethoxam on A. mellifera in relation to time after spraying on melon leaves. The experiment was conducted in the Entomology Laboratory of the Center for Agri- cultural Sciences and Technology (CCTA) at the Federal University of Campina Grande (UFCG), Pombal Campus, Paraíba, Brazil. The bioassay corresponding to residual contact mode was carried out on melon leaves, followed by an evaluation of the bees' flight capacity. The bioassay was conducted in a completely randomized design, with a 3 X 5 factorial scheme, consisting of two doses of the insecticide Thiamethoxam (0.03 g a.i./L and 0.3 g a.i./L), a con- trol (distilled water), and five exposure times after product application (1, 2, 3, 24, and 48 hours), with five repetitions, each experimental unit consisting of 10 adult bees. Mortality and behavior (e.g. prostration, paralysis, tremors) of the bees were evaluated at 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, and 24 hours after exposure. The flight capacity was assessed for all bees that survived after exposure to the insecticide. The insecticide Thiamethoxam caused mortality between 75% and 100%, with the highest percentages observed for the 0.03 g active ingredient per liter dose at 1 hour after spraying and for the 0.3 g active ingredient per liter dose at 1 and 2 hours after spra- ying. After 3, 24, and 48 hours of spraying with the 0.03 g active ingredient per liter dosage, the Median Lethal Time (TL50) was 13.3 hours. In the evaluations at 1 and 2 hours after spra- ying, using the 0.03 g active ingredient per liter dosage, and 48 hours after spraying with the 0.3 g active ingredient per liter dosage, the TL50 was 7.3 hours. In the evaluations at 1, 2, 3, and 24 hours after application, with the 0.3 g active ingredient per liter dosage, the TL50 was 3.5 hours, the shortest lethal time among all the evaluated doses. A significant difference was observed in the flight capacity of bees exposed to Thiamethoxam compared to the control group. Regardless of the dose, Thiamethoxam was highly harmful through residual exposure at 1, 2, 3, 24, and 48 hours after spraying, at the dosages of 0.03 g active ingredient per liter and 0.3 g active ingredient per liter, on adult A. mellifera.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTAUFCGCOSTA, Ewerton Marinho da.COSTA, E. M.http://lattes.cnpq.br/1510724295028318GONDIM, Ancélio Ricardo de Oliveira.COSTA, Jacqueline Alves de Medeiros Araújo.SANTOS, Janaylton Mikaell Targino dos.2023-11-172024-02-23T18:00:54Z2024-02-232024-02-23T18:00:54Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34722SANTOS, Janaylton Mikaell Targino dos. Efeito residual do tiametoxam em folhas de meloeiro sobre Apis mellifera. 2023. 39 f. 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