O uso e o abuso de substâncias psicoestimulantes por estudantes de Medicina Brasileiros: uma revisão sistemática da literatura.

• Autor(a) principal: MAGALHÃES, Luiz Phelippe Santos.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: ANDRADE, Mariana Marinho Muniz de.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30628
• topic: Psicoestimulantes; Estudantes de Medicina; Psychostimulants; Medical students; Abuso de substâncias psicoestimulantes - estudantes de Medicina; Substâncias psicoestimulantes; Medicina.

INTRODUÇÃO: O uso de substâncias psicoestimulantes faz parte da história da humanidade, visando interferir em emoções, comportamento, cognição e humor. Estas substâncias apresentam como ação primária a estimulação do sistema nervoso central (SNC), melhorando funções cerebrais. Entre universitários, estudos vem demonstrando o aumento progressivo no consumo de psicoestimulantes, principalmente ilícitas. Entre estudantes de medicina, os dados demonstram que a situação se torna ainda mais preocupante. JUSTIFICATIVA: Este trabalho justifica-se no fato do crescente debate quanto ao uso e abuso de substâncias psicoestimulantes por universitários e do fato deste dado ser maior em estudantes de medicina. OBJETIVO: Estudar o uso e o abuso crescente de substâncias psicoestimulantes por estudantes de medicina. METODOLOGIA: Foram acessados os bancos de dados Lilacs, MEDLINE/PubMed (NLM), Bireme, Academic Google e de universidades, utilizando-se as palavras dos descritores referentes a estudantes de medicina e psicoestimulantes e selecionados artigos publicados entre 2008 e 2018. RESULTADOS: O artigo mais antigo encontrado foi do ano de 2010. Um artigo foi feito na região nordeste, um na região centro-oeste, dois na região sul e um na região sudeste. Todos os estudos são delineados de forma transversal, e as amostras variavam de 48 a 373 estudantes, num total de 1119 avaliados nos sete estudos em conjunto. DISCUSSÃO: Estudos acerca do uso de psicoestimulantes em estudantes universitários do curso de graduação em medicina no Brasil são escassos nas bases de dados gratuitas nacionais. A maior parte dos estudos avaliou somente o uso do metilfenidato entre os estudantes, o que demonstra um déficit numa avaliação panorâmica de outros psicoestimulantes. A prevalência do uso de metilfenidato variou entre 5,5% a 28,9%, e isto parece sugerir que no curso de graduação em medicina há maior uso de metilfenidato, possivelmente devido a um ambiente acadêmico competitivo, exigente e extenuante. CONCLUSÃO: Há necessidade de melhor compreender os fatores envolvidos no uso de psicoestimulantes para poder ajudar na prevenção do consumo inadequado pelos futuros médicos. Portanto, fazem-se necessários mais estudos acerca deste tema. Todavia, já está claro que o alto consumo não prescrito de substâncias psicoestimulantes é uma realidade no Brasil e não pode ser ignorado pelas universidades.