A poesia de Quintana e a pintura de Miró: onde a letra e o traço se confundem.

• Autor(a) principal: LINS, Rogenia Maciel.
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4882
• topic: Arte; Homologias estruturais; Miró; Quintana; Especialização; Pintura; Poesia; Art; Structural Homologies; Specialization; Picture; Poetry; Letras

O trabalho com a poesia e a pintura vem, desde o início, apontando para uma linha comparativa no sentido de se traçar semelhanças e diferenças entre essas formas de artes, há muito consideradas irmãs, seja quanto ao aspecto formal, seja quanto ao conteúdo que e representado por essas artes. De acordo com Aguinaldo José Gonçalves, estudando Lessing, essas semelhanças constituem o que ele chamou de homologias estruturais, e apontam para um conjunto de elementos idênticos, encontrados em objetos artísticos poéticos ou pictóricos. Já Aristóteles, estudando a tragédia, em sua Poética, lançou as bases desse estudo, na medida em que passou a examinar aquelas artes do ponto de vista da elaboração de critérios de identidade e dessemelhanças em algumas passagens do seu livro. Embora antiga a temática, o estudo dessas artes se constitui ainda como algo novo, que tem ganhado espaço a cada dia nos campos acadêmicos. Ao se estudar, de modo comparativo, trabalhos de poesia e pintura, e possível ao pesquisador traçar padrões de semelhanças, ainda que a obra e o artista pertençam a realidades distintas, a exemplo dos trabalhos de Mario Quintana e de Joan Miro, que constituirão o corpus desta pesquisa. O resultado desse tipo de frequentação do objeto artístico e a abertura de um leque de possibilidades de leitura, que leva o leitor/observador a se aproximar cada vez mais, e mais intensamente, da arte em geral.