Propriedades mecânicas de compósitos obtidos a partir de resíduos coletados na Universidade Federal do Piauí.

• Autor(a) principal: LEITE, Layara Lorrana.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: SILVA, Auricelia Fontes., SILVA NETO, João Emídio., BARBOSA, Renata., ALVES, Tatianny Soares.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33779
• topic: Polímeros; Poliestireno - copos descartáveis; Universidade Federal do Piauí - resíduos sólidos; Resíduo de papelão; Compósitos de materiais reciclados - UFPI; Polymers; Polystyrene - disposable cups; Federal University of Piauí - solid waste; Cardboard waste; Composites of recycled materials - UFPI; Ecologia.

Dentre os polímeros mais utilizados destaca-se o poliestireno (PS), por apresentar um baixo custo, possuir facilidade de processamento, estabilidade térmica, alto módulo de elasticidade e alta temperatura de transição vítrea. Devido a essas propriedades o PS pode ser utilizado numa vasta gama de aplicações e dentre elas estão copos descartáveis, embalagens, eletrônicos, brinquedos e outros (LIMA, 1996; VERONESE, 2003; MONTENEGRO, 2002; FREESE, 2013). A produção e consumo de milhares de tonelada de corpos descartáveis por ano gera impactos significativos ao meio ambiente, uma vez que seu descarte não ocorre sempre da forma mais adequada (VERONESE, 2003; ESPINDOLA, 2004; BRDE, 2006), e em escala superior o papelão ondulado é outro material que gera um grande volume de resíduos. Utilizado mais comumente na fabricação de embalagens, é responsável pelo transporte e proteção de aproximadamente 75% dos produtos embalados todo o mundo. Comparando-o aos polímeros, seu tempo de decomposição é muito rápido, levando cerca de 6 meses em condições ideais, mas apesar da sua alta biodegradabilidade e reciclabilidade esse resíduo celulósico pode causar problemas, quando descartado de forma inadequada (ABPO, 2016). No Brasil são coletados quase 70 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos anualmente e 42% ainda são destinados a lixões e aterros controlados, considerados ambientalmente inadequados, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (ABRELP, 2017). Para minimizar a poluição provocada por esses tipos de materiais, principalmente os resíduos plásticos, é importante desenvolver de novos materiais a partir desses resíduos. A reciclagem é uma das alternativas para um desenvolvimento sustentável, pois é um tratamento de resíduos que valoriza as propriedades dos materiais descartados e que preserva os recursos naturais. (VAN DER HARTS et al., 2016; RIBEIRO et al., 2009; VICHESSI & RUVOLO FILHO, 2008). Com isso, esse trabalho buscou desenvolver via calandragem um novo compósito a partir do poliestireno obtido dos copos descartáveis juntamente com o resíduo de papelão utilizado em caixas para embalagens e também avaliar suas propriedades mecânicas. Todos estes resíduos foram coletados nas dependências da Universidade Federal do Piauí.