Concepções de diversidade na base nacional comum curricular - anos iniciais do ensino fundamental.
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12253 |
Resumo: | A diversidade tem sido, atualmente, um tema discutido com muita frequência no âmbito acadêmico, escolar, político, social, midiático, fazendo parte, inclusive, das agendas governamentais no contexto nacional e internacional. Historicamente, ela tem sido negada sob o ponto de vista do currículo e das práticas educativas. (MOEHLECKE, 2009; DORZIAT, 2010; ABRAMOWICZ; RODRIGUES; CRUZ, 2011; GOMES, 2012; PIERUCCI, 2013; FERREIRA, 2013; FREIRE, 2013; ARROYO, 2014; BARROS, 2016; CANEN, 2016). Neste trabalho documental, discutimos as concepções de diversidade na BNCC, documento normativo que orientará as escolas na definição e/ou reelaboração de seus currículos e que se desdobrará em ações e políticas diversas, a exemplo da construção dos currículos locais, formação continuada dos docentes, distribuição de livros e materiais didáticos e avaliação externa. No intento de compreender o tema em foco, guiamo-nos pela seguinte questãoproblema: qual o lugar e os significados da diversidade na BNCC, anos iniciais do ensino fundamental? A fim de compreender esta questão-problema, estabelecemos como objetivo geral investigar as concepções de diversidade presentes na Base Nacional Comum Curricular, anos iniciais do ensino fundamental. Com base em referenciais teórico-metodológicos da pesquisa qualitativa e da análise documental (GATTI, 2006; MINAYO, 2008; MOREIRA; CALEFFE, 2008; CHIZOTTI, 2014; LUDKE; ANDRÉ, 2017) e mediante o emprego da técnica de análise de conteúdo (FRANCO, 2012; AMADO, 2013; BARDIN, 2016) aplicada ao texto da BNCC, foram estabelecidas três concepções de diversidade: 1) universalista - substanciada pela noção de igualdade, concebe a diversidade como expressão de um padrão universal de aprendizagem, comum a todos os alunos, independentemente de suas diferenças; 2) celebratória – baseada na existência de sujeitos diversos, considerados como categorias sociais, produtores de culturas específicas, supõe que os interesses de grupos sociais distintos podem ser conciliados, intercambiados por meio de atitudes de respeito, aceitação, acolhimento das diferenças, atribuindo sentidos valorativos, morais às práticas culturais, saberes e linguagens de grupos não hegemônicos; 3) crítico-discursiva – orientada pelo desvelamento de relações de poder e enfrentamento de atitudes de discriminação e estereótipos que os coletivos diversos sofrem na sociedade, reivindica currículos e práticas educativas voltadas às diferenças. Os dados demonstram uma predominância das concepções universalista e celebratória, evidenciando que a cultura do silenciamento da diversidade se mantém hegemônica nesta política curricular ao enfatizar a uniformidade, a padronização dos conhecimentos e sujeitos, secundarizando as diferenças culturais, étnicas, identitárias de vários coletivos de sujeitos, dentre eles: negros, quilombolas, índios, camponeses, mulheres, pobres, sem-terra, ribeirinhos, que reivindicam visibilidade e reconhecimentos em políticas curriculares. Em virtude de ser um documento multifacetado, que expressa a voz de diversos atores sociais envolvidos em sua produção, a BNCC também expressa, embora com pouca ênfase, uma concepção crítico-discursiva acerca da diversidade, reforçando a importância da participação política dos sujeitos sociais na luta pelo efetivo reconhecimento das diferenças. Considerando os lugares e significados atribuídos à diversidade no corpus analisado, concluímos que a BNCC constitui de um referencial curricular que prioriza os conhecimentos essenciais e universais, ao atribuir-lhes destaque em relação aos conhecimentos diversificados e enfatizar o ensino baseado em competências performativas de uma educação a serviço do capital. |
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Historicamente, ela tem sido negada sob o ponto de vista do currículo e das práticas educativas. (MOEHLECKE, 2009; DORZIAT, 2010; ABRAMOWICZ; RODRIGUES; CRUZ, 2011; GOMES, 2012; PIERUCCI, 2013; FERREIRA, 2013; FREIRE, 2013; ARROYO, 2014; BARROS, 2016; CANEN, 2016). Neste trabalho documental, discutimos as concepções de diversidade na BNCC, documento normativo que orientará as escolas na definição e/ou reelaboração de seus currículos e que se desdobrará em ações e políticas diversas, a exemplo da construção dos currículos locais, formação continuada dos docentes, distribuição de livros e materiais didáticos e avaliação externa. No intento de compreender o tema em foco, guiamo-nos pela seguinte questãoproblema: qual o lugar e os significados da diversidade na BNCC, anos iniciais do ensino fundamental? A fim de compreender esta questão-problema, estabelecemos como objetivo geral investigar as concepções de diversidade presentes na Base Nacional Comum Curricular, anos iniciais do ensino fundamental. 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Concepções de diversidade na base nacional comum curricular - anos iniciais do ensino fundamental. 2019. 132 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Pós-Graduação em Educação, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2019. 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