Insegurança alimentar domiciliar e estado nutricional de indivíduos: uma análise longitudinal em um município do curimataú paraibano.

• Autor(a) principal: SILVA, Naryelle da Rocha.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7771
• topic: Segurança Alimentar e Nutricional; Estado Nutricional; Estudos Longitudinais; Food and Nutrition Security; Nutritional status; Longitudinal studies; Seguridad alimentaria y nutricional; Estados nutricionales; Estudios longitudinales; Nutrição

A segurança alimentar e nutricional (SAN) inscreve-se numa proposta de desenvolvimento humano, onde o direito à alimentação é entendido como uma prerrogativa básica, universal e indivisível, face ao pressuposto de que, sem uma alimentação adequada em quantidade e qualidade, nega-se a condição fundamental de cidadania. Para avaliar a relação existente entre a Insegurança Alimentar Domiciliar e estado nutricional antropométrico de indivíduos em um município localizado no Curimataú Paraibano foram analisados 300 domicílios de forma longitudinal com dois recortes históricos (2011 e 2014). Isso se deu através da pesquisa “Segurança Alimentar e Nutricional em município de pequeno porte: uma análise longitudinal das políticas públicas e da situação de insegurança alimentar e nutricional da população”, aprovada em Edital do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome (MDS) e financiada pelo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No ano de 2011, 46% destas famílias estavam em SAN, enquanto em 2014 essa prevalência aumentou para 62%. Quanto ao estado nutricional, se observou uma mudança mais expressiva no número de eutróficos, que diminuiu em 5,3%. Em 2011, 50,3% dos indivíduos analisados estavam em sobrepeso/obesidade, em 2014 esse índice aumentou 5%. Nos grupos de famílias que permaneceram em segurança alimentar (grupo SAN-SAN) e no grupo de famílias que estavam em insegurança alimentar e tornaram-se seguras (grupo ISAN-SAN) nos dois anos avaliados não houve mudança expressiva nas prevalências do estado nutricional desses indivíduos. O contrário ocorre quanto ao grupo que trata das famílias que permaneceram em ISAN no recorte histórico analisado (grupo RISCO ISAN), onde verifica-se que o índice de eutrofia reduziu quase 10% ao passo em que o sobrepeso aumentou também 10%. Pode-se observar que trata-se de um processo de rápidas mudanças que caracteriza a transição nutricional em curso, atingindo, inclusive, as populações de condições de vida excepcionalmente desfavoráveis. Dessa forma, supõe-se que apesar do aumento de sobrepeso, a situação 9 de ISAN pode estar relacionada ao pouco acesso a alimentos de qualidade e quantidades suficientes, baixos rendimento, dentre outros fatores que levam o indivíduo a escolher fontes alimentares de alto valor calórico e baixo valor nutritivo, podendo isto ser associado também ao sedentarismo, onde tal condição está associada ao maior risco de doenças crônicas não transmissíveis.