Estudo fitoquímico e etnobotânico das plantas medicinais mais comercializadas nas feiras livres de alguns municípios do Curimataú paraibano e do Trairí potiguar.

• Autor(a) principal: SILVA, Ivanildo.
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10714
• topic: Etnobotânica; Etnobotânica; Plantas medicinais; Feiras livres; Ethnobotany; Medicinal plants; Fairs; Enobotánica; Plantas medicinales; Ferias gratuitas

No nordeste brasileiro, mais especificamente na Paraíba e no Rio Grande do Norte, é muito comum a utilização de produtos de plantas medicinais no tratamento de diversas doenças. Essas plantas, ou os produtos derivados são obtidos através do cultivo ou na maioria das vezes através da compra em feiras livres, onde os raizeiros dispõem de uma diversidade de produtos com caráter fitoterápico para a cura de suas enfermidades. Este trabalho foi feito com o objetivo de desmistificar a crendice popular a partir de um estudo dos princípios ativos das cinco espécies mais comercializadas nas feiras livres dos municípios de Cuité, Nova Floresta, Jaçanã e Coronel Ezequiel. A metodologia consistiu em entrevistas formais e informais com raizeiros em seus estabelecimentos comerciais, com compradores e cultivadores, pela observação direta das plantas e pela pesquisa bibliográfica. Foram entrevistados quatorze raizeiros, trinta e cinco compradores e oito cultivadores destas plantas. As plantas a serem estudadas foram selecionadas através de um levantamento prévio no início do mês de junho de 2013 com os raizeiros das feiras livres da região sobre quais as mais vendidas para fins medicinais. Os dados sobre a distribuição dos raizeiros não foi surpreendente pois, como era esperado, a maior quantidade destes está presente na feira livre de maior porte, neste caso a de Cuité-PB. Considerando-se a renda mensal, observou-se que a maioria dos raizeiros ganha até um salário, e uma minoria recebe dois salários ou mais. Supõe-se que, na verdade a maioria dos raizeiros vende mais pela necessidade do que pela habilidade conforme informaram, pois sabemos que são, em sua maioria chefes de famílias, e que um salário mínimo não é o suficiente para a manutenção de uma família. A partir dos resultados obtidos através das entrevistas e da revisão de literatura, pode-se concluir que as indicações das plantas pelos raizeiros baseadas no uso popular são comprovadas pelos estudos científicos e que tanto o conhecimento popular quanto o conhecimento científico, podem levar a conhecimentos válidos.