Do processo de trabalho à consciência: uma reflexão sobre a organização fabril em Campina Grande (1967/1985).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDRADE, Verônica Ligia Alves de.
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28496
Resumo: O processo de trabalho está, de maneira geral, dividido basicamente em duas dimensões nas ultimas duas décadas, das quais uma é a dimensão mental, onde se elaboram os projetos segundo as finalidades da produção, e a outra e a da execução, onde se cumpre o que foi estabelecido na anterior. A primeira dimensão vem em primeiro plano, pois e nela que se pensa para se chegar aos passos que deverão ser seguidos para se atingir as metas desejadas; esta ocorre preliminarmente; jã a segunda, que é posterior, e a fase da execução; como o diz a palavra, é onde se põe em prática o que foi projetado e preestabelecido. Esta divisão do processo de trabalho foi chamada, por Marx, de divisão social do trabalho; a expressão designa uma situação concreta na sociedade burguesa, onde o trabalho intelectual e manual se realiza em esferas distintas, a partir da Revolução Industrial no século XVIII, na Europa. Esta divisão foi assinalada por ele antes das condições históricas terem existência concreta na sociedade humana, e se encontra no clássico exemplo do "arquiteto e das abelhas", onde Marx estabelece o ponto nodal que vai marcar as diferenças entre a atividade humana e a animal: Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas, é que o arquiteto figura na mente sua construção antes de transformá-la em real idade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. É importante reconhecer este elemento, porque ele vai delimitar e permear todos os pressupostos filosóficos de sua Teoria Social e dos seus herdeiros subsequentes. Na segunda, a realização das necessidades humanas pela sociedade significa apenas que as finalidades socialmente vigentes representam a alienação das necessidades humanamente naturais. A sociedade não deveria igualar-se à natureza e, se isto estava sendo reivindicado, era porque as necessidades humanas haviam passado por um longo processo de auto-alienação, onde tinham sido desloca das do homem e se encontravam na forma abstrata das instituições. Estas, como eram a expressão concreta da dominação de classe, se apossaram dos meios de supressão dessas mesmas necessidades; o que havia acontecido era a transferência do poder de suprir as necessidades humanas para as instituições, as quais, por sua vez, tinham sido aparelhadas por uma classe que passou a se apropriar dos resultados da realização das necessidades socialmente humanas,: a riqueza - resultado do trabalho social. Portanto, o que os críticos do absolutismo queriam, era tirar das mãos do monarca o privilégio de arbitrar sobre o que era ou não necessário aos homens. No entanto, quem passaria a exercer o papel de arbitro sobre as necessidades humanas, sendo abolido o absolutismo, só poderia ser as instituições socialmente aceitas pelos próprios homens, e não impostos pela vontade de alguns. A institucionalização vem, neste caso, no sentido de retirar de qualquer grupo, ou classe social, o poder de se apossar abertamente dos meios que garantirão o suprimento dessas necessidades sociais, acumulando, para si o que, por direito e pela natureza, é da sociedade. Ela também reconhece que as diferenças sociais são profundas e, por isso mesmo, as relações tem que ser mantidas através das instituições; as diferenças reais são, desta forma, institucionalizadas, legalizadas e reconhecidas socialmente, mas não são suprimidas.
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