Terapia comunitária: problemas e estratégias de enfrentamento apresentados por usuários.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10889 |
Resumo: | A Terapia Comunitária surgiu como um espaço de escuta e de fala. Os participantes podem, nesse local, dividir as alegrias e os sofrimentos da vida. Criada em 1987 pelo professor da Universidade Federal do Ceará, teólogo, antropólogo e psiquiatra Adalberto Barreto, em um bairro periférico de Fortaleza/CE, a Terapia vem a partir daí ganhando território, até que em 2006 foi incorporada à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS. Em Cajazeiras ela aconteceu de 2013 a 2014 através do projeto de extensão realizado na Unidade Básica de Saúde - PAPS vinculado à Universidade Federal de Campina Grande. Através dos dados coletados nos dois anos de projeto, foi realizada uma pesquisa documental de caráter descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, em que foram analisadas as fichas de avaliação das rodas de terapia, com o objetivo de conhecer os problemas e estratégias de enfrentamentos apresentadas por usuários da Terapia Comunitária no posto citado. Em posse desse material que foi analisado com finalidade de entender, à luz do referencial teórico, a prevalência do gênero, bem como da faixa etária, os temas e as estratégias de enfrentamento, na tentativa de conhecer a realidade do grupo estudado. Foi percebido que atualmente ainda há a forte expressão do sexo feminino nesses locais, a maioria sendo mulheres adultas, que acumulam responsabilidades impostas socialmente a elas e, muitas vezes, não se dão conta que a sobrecarga do cotidiano pode ser dividida com o companheiro e com os familiares, pois essa cultura da diferença de gêneros já está arraigada em si e na sociedade. Em decorrência disso elas sofrem com os maiores índices de estresse e depressão, culminando em efeitos negativos na sua saúde, na vida pessoal e social, usando como estratégia de enfrentamento a religião e o auxílio dos familiares e amigos para lidarem com as adversidades e aflições da vida. Entretanto é em locais como as rodas de TC que elas se agrupam, que se empoderam e percebem formas de superar as adversidades e partilhar essas estratégias de enfrentamento com outras participantes que também comungam de problemas semelhantes. Apesar da tentativa conhecer a realidade do grupo recortado, após dois anos de TC, não foi possível avaliar o impacto coletivo trazido pela Terapia nessa comunidade, pela falta de questionários que abrangessem esse aspecto, entretanto, constatou-se que a TC precisa ser efetivada e expandida na rede de atenção básica em Cajazeiras. Estudos e pesquisas mais amplas devem ser realizadas para que se possa afirmar sobre um impacto mais fiel da Terapia Comunitária em um dado grupo. Que este trabalho científico sirva para direcionar ainda mais o olhar para a comunidade em que vivemos, na expectativa de abarcar cada vez mais integrantes, e que a eles seja proporcionado um espaço de escuta e fala, em que não haja julgamentos e interpretações equivocadas do seu sofrimento, formando uma rede de apoio entre as pessoas da comunidade. |
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Terapia comunitária: problemas e estratégias de enfrentamento apresentados por usuários.Community therapy: problems and coping strategies presented by users.Terapia comunitáriaSaúde mentalTerapia de grupoCommunity TherapyMental HealthGroup TherapyMedicina.A Terapia Comunitária surgiu como um espaço de escuta e de fala. Os participantes podem, nesse local, dividir as alegrias e os sofrimentos da vida. Criada em 1987 pelo professor da Universidade Federal do Ceará, teólogo, antropólogo e psiquiatra Adalberto Barreto, em um bairro periférico de Fortaleza/CE, a Terapia vem a partir daí ganhando território, até que em 2006 foi incorporada à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS. Em Cajazeiras ela aconteceu de 2013 a 2014 através do projeto de extensão realizado na Unidade Básica de Saúde - PAPS vinculado à Universidade Federal de Campina Grande. Através dos dados coletados nos dois anos de projeto, foi realizada uma pesquisa documental de caráter descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, em que foram analisadas as fichas de avaliação das rodas de terapia, com o objetivo de conhecer os problemas e estratégias de enfrentamentos apresentadas por usuários da Terapia Comunitária no posto citado. Em posse desse material que foi analisado com finalidade de entender, à luz do referencial teórico, a prevalência do gênero, bem como da faixa etária, os temas e as estratégias de enfrentamento, na tentativa de conhecer a realidade do grupo estudado. Foi percebido que atualmente ainda há a forte expressão do sexo feminino nesses locais, a maioria sendo mulheres adultas, que acumulam responsabilidades impostas socialmente a elas e, muitas vezes, não se dão conta que a sobrecarga do cotidiano pode ser dividida com o companheiro e com os familiares, pois essa cultura da diferença de gêneros já está arraigada em si e na sociedade. Em decorrência disso elas sofrem com os maiores índices de estresse e depressão, culminando em efeitos negativos na sua saúde, na vida pessoal e social, usando como estratégia de enfrentamento a religião e o auxílio dos familiares e amigos para lidarem com as adversidades e aflições da vida. Entretanto é em locais como as rodas de TC que elas se agrupam, que se empoderam e percebem formas de superar as adversidades e partilhar essas estratégias de enfrentamento com outras participantes que também comungam de problemas semelhantes. Apesar da tentativa conhecer a realidade do grupo recortado, após dois anos de TC, não foi possível avaliar o impacto coletivo trazido pela Terapia nessa comunidade, pela falta de questionários que abrangessem esse aspecto, entretanto, constatou-se que a TC precisa ser efetivada e expandida na rede de atenção básica em Cajazeiras. Estudos e pesquisas mais amplas devem ser realizadas para que se possa afirmar sobre um impacto mais fiel da Terapia Comunitária em um dado grupo. Que este trabalho científico sirva para direcionar ainda mais o olhar para a comunidade em que vivemos, na expectativa de abarcar cada vez mais integrantes, e que a eles seja proporcionado um espaço de escuta e fala, em que não haja julgamentos e interpretações equivocadas do seu sofrimento, formando uma rede de apoio entre as pessoas da comunidade.Community therapy emerged as a space of listening and speaking. Participants can, in this place, share the joys and the sorrows of life. Created in 1987 by professor of the Federal University of Ceará, theologian, anthropologist and psychiatrist Adalberto Barreto, in a neighborhood of Fortaleza, the therapy comes from there winning territory, until in 2006 was incorporated into the National Policy of Integrative and Complementary Practices of SUS by consolidating its place. In Brazil she happened to 2013 to 2014 through the extension project held in Basic Health Unit - PAPS tied to Federal University of Campina Grande. Through the data collected in the two-year project, was conducted a descriptive desk research, qualitative and quantitative, in which we analyzed the charts of wheels of therapy, with the objective to know the problems and coping strategies presented by users of the Community Therapy mentioned post. In possession of this material was analysed in order to understand in the light of the theoretical prevalence of gender, as well as the age group, the themes and coping strategies in an attempt to meet the reality of the group studied. It was noticed that currently there is still a strong female expression in these locations, the majority being women, which accumulate responsibilities, socially-imposed them and often don't realize that the overhead of everyday life can be divided with the partner and the family, because this culture of gender difference is already rooted itself and society. As a result they suffer from the highest rates of stress and depression, culminating in negative effects on your health, personal and social life, using it as a strategy for combating religion and the help of family and friends to deal with adversity and tribulations of life. However it is in places such as the wheels of TC that they group together, which empowers and realize ways to overcome adversity and share these coping strategies with other participants who also share similar problems. Although the attempt made in recognition of the settled group after two years of Therapy, it wasn't possible to evaluate the whole impact resulted by therapy in this community, because the lack of queries which may represent the whole situation's aspects, however, it was realized that CT need to be deep-seated and increased in Cajazeiras basic atention netcare. More qualified essays and researches should be done so that further could be stated about more reliant impacts in Community Therapy in a certain region. So that this essay would help guide far more atention to the belonging community, in the hope of add and shelter more members, and to them a place for listen and talk may be settled, in which there will be no wrong judgement or interpretations about their suffering, creating a bigger net with people of their community.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGSOUSA, Andréia Karla Anacleto de.SOUSA, A. K. A.http://lattes.cnpq.br/4029575076214116SANTOS, Sofia Dionizio.LEITE, Eliane de Sousa.FERNANDES, Felipe de Medeiros.GADELHA, Olindina Barbosa.LIMA, Sylvio Ricard Gonçalves de Souza.2016-08-022020-01-13T13:13:04Z2020-01-132020-01-13T13:13:04Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10889FERNANDES, Felipe de Medeiros; GADELHA, Olindina Barbosa; LIMA, Sylvio Ricard Gonçalves de Souza. Terapia comunitária: problemas e estratégias de enfrentamento apresentados por usuários. 2016. 60f. 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A Terapia Comunitária surgiu como um espaço de escuta e de fala. Os participantes podem, nesse local, dividir as alegrias e os sofrimentos da vida. Criada em 1987 pelo professor da Universidade Federal do Ceará, teólogo, antropólogo e psiquiatra Adalberto Barreto, em um bairro periférico de Fortaleza/CE, a Terapia vem a partir daí ganhando território, até que em 2006 foi incorporada à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS. Em Cajazeiras ela aconteceu de 2013 a 2014 através do projeto de extensão realizado na Unidade Básica de Saúde - PAPS vinculado à Universidade Federal de Campina Grande. Através dos dados coletados nos dois anos de projeto, foi realizada uma pesquisa documental de caráter descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, em que foram analisadas as fichas de avaliação das rodas de terapia, com o objetivo de conhecer os problemas e estratégias de enfrentamentos apresentadas por usuários da Terapia Comunitária no posto citado. Em posse desse material que foi analisado com finalidade de entender, à luz do referencial teórico, a prevalência do gênero, bem como da faixa etária, os temas e as estratégias de enfrentamento, na tentativa de conhecer a realidade do grupo estudado. Foi percebido que atualmente ainda há a forte expressão do sexo feminino nesses locais, a maioria sendo mulheres adultas, que acumulam responsabilidades impostas socialmente a elas e, muitas vezes, não se dão conta que a sobrecarga do cotidiano pode ser dividida com o companheiro e com os familiares, pois essa cultura da diferença de gêneros já está arraigada em si e na sociedade. Em decorrência disso elas sofrem com os maiores índices de estresse e depressão, culminando em efeitos negativos na sua saúde, na vida pessoal e social, usando como estratégia de enfrentamento a religião e o auxílio dos familiares e amigos para lidarem com as adversidades e aflições da vida. Entretanto é em locais como as rodas de TC que elas se agrupam, que se empoderam e percebem formas de superar as adversidades e partilhar essas estratégias de enfrentamento com outras participantes que também comungam de problemas semelhantes. Apesar da tentativa conhecer a realidade do grupo recortado, após dois anos de TC, não foi possível avaliar o impacto coletivo trazido pela Terapia nessa comunidade, pela falta de questionários que abrangessem esse aspecto, entretanto, constatou-se que a TC precisa ser efetivada e expandida na rede de atenção básica em Cajazeiras. Estudos e pesquisas mais amplas devem ser realizadas para que se possa afirmar sobre um impacto mais fiel da Terapia Comunitária em um dado grupo. Que este trabalho científico sirva para direcionar ainda mais o olhar para a comunidade em que vivemos, na expectativa de abarcar cada vez mais integrantes, e que a eles seja proporcionado um espaço de escuta e fala, em que não haja julgamentos e interpretações equivocadas do seu sofrimento, formando uma rede de apoio entre as pessoas da comunidade. |
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