Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUSA, Getúlio Cavalcante de.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: DAMASCENO, Francisco José Gomes.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787
Resumo: A aldeia hippie de Arembepe, localizada em Camaçari, Bahia, na área metropolitana de Salvador é pretensamente uma comunidade hippie, herança da contracultura de 1960. De acordo com a documentação analisada até o momento, apesar da Afirmativa de Jonh Lenon de que "o sonho acabou" constatamos que muita gente resolveu ficar. Assim como confirmam as pesquisas pelo Brasil onde Cesar Augusto de Carvalho ao pesquisar o movimento alternativo pelo País, declara que "as comunidades se foram, mas os alternativos ficaram". Arembepe ficou conhecida por abrigar a mais autêntica aldeia hippie do Brasil, surgida no final da década de l960, quando os primeiros mochileiros começaram a chegar, "ainda entorpecidos pelos acordes psicodélicos das guitarras de Woodstock". As casas originais em palha e madeira foram sendo substituídas por casas de alvenaria, mas muitas foram preservadas. A aura da aldeia é a mesma: não há luz elétrica nem água encanada, nenhum conforto da vida moderna, mas quem mora ali pouco se importa com modernidades. Por ali não circulam carros, e o acesso da vila é a pé. Considero que o tema da contracultura em geral ainda não foi abordado com a relevância merecida. Ainda representa uma lacuna da historiografia e muitos aspectos do comportamento dos jovens que protagonizaram aquele momento histórico poderá ser melhor esclarecido pois como afirma Roszak:"Em minha opinião, o rompimento cultural que a rebelião da juventude está fazendo surgir entre ela e a tecnocracia tem exatamente essa dimensão, tão intensa em suas implicações (embora, obviamente, não em conseqüência histórica ainda), quanto à brecha que um dia se abriu entre o racionalismo grego-romano e o mistério cristão. É claro que nos últimos dois séculos, a sociedade ocidental incorporou várias minorias cujo antagonismo em relação a concepção cientificista do mundo tem sido irreconciliáveis “.(ROSZAK, 1972: 62). Defendo a idéia de que a comunidade hippie é uma dessas minorias, relevantes pelas suas proposições que estudo incorpora e dimensiona. Os objetivos desta pesquisa são: - Conhecer a cultura hippie e buscar compreender sua dinâmica ao longo do tempo; - Avaliar a experiência coletiva da aldeia hippie de Arembepe no contexto da contracultura; - Dimensionar a experiência da aldeia hippie de Arembepe em seu contexto social, político e cultural hoje. Para isto, trabalhamos com os conceitos de memória e de comunidade e como fontes documentais utilizamos, além de depoimentos orais, pesquisamos jornais, revistas, fotografias, filmagens e fontes oficiais.
id UFCG_cc39abdbba7cbca74741f5d4ef0a15b3
oai_identifier_str oai:localhost:riufcg/34787
network_acronym_str UFCG
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
repository_id_str 4851
spelling Submitted by Élida Maeli Fernandes Quirino (maely_sax@hotmail.com) on 2024-02-27T11:11:03Z No. of bitstreams: 1 HERANÇA DA CONTRACULTURA - A COMUNIDADE HIPPIE DE AREMBEPE - II SEMINÁRIO NACIONAL DE FONTES HISTÓRICAS GT 2 2011.pdf: 104514 bytes, checksum: a29df69ecf01d9878328ef920dc9ded9 (MD5)Made available in DSpace on 2024-02-27T11:11:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 HERANÇA DA CONTRACULTURA - A COMUNIDADE HIPPIE DE AREMBEPE - II SEMINÁRIO NACIONAL DE FONTES HISTÓRICAS GT 2 2011.pdf: 104514 bytes, checksum: a29df69ecf01d9878328ef920dc9ded9 (MD5) Previous issue date: 2011A aldeia hippie de Arembepe, localizada em Camaçari, Bahia, na área metropolitana de Salvador é pretensamente uma comunidade hippie, herança da contracultura de 1960. De acordo com a documentação analisada até o momento, apesar da Afirmativa de Jonh Lenon de que "o sonho acabou" constatamos que muita gente resolveu ficar. Assim como confirmam as pesquisas pelo Brasil onde Cesar Augusto de Carvalho ao pesquisar o movimento alternativo pelo País, declara que "as comunidades se foram, mas os alternativos ficaram". Arembepe ficou conhecida por abrigar a mais autêntica aldeia hippie do Brasil, surgida no final da década de l960, quando os primeiros mochileiros começaram a chegar, "ainda entorpecidos pelos acordes psicodélicos das guitarras de Woodstock". As casas originais em palha e madeira foram sendo substituídas por casas de alvenaria, mas muitas foram preservadas. A aura da aldeia é a mesma: não há luz elétrica nem água encanada, nenhum conforto da vida moderna, mas quem mora ali pouco se importa com modernidades. Por ali não circulam carros, e o acesso da vila é a pé. Considero que o tema da contracultura em geral ainda não foi abordado com a relevância merecida. Ainda representa uma lacuna da historiografia e muitos aspectos do comportamento dos jovens que protagonizaram aquele momento histórico poderá ser melhor esclarecido pois como afirma Roszak:"Em minha opinião, o rompimento cultural que a rebelião da juventude está fazendo surgir entre ela e a tecnocracia tem exatamente essa dimensão, tão intensa em suas implicações (embora, obviamente, não em conseqüência histórica ainda), quanto à brecha que um dia se abriu entre o racionalismo grego-romano e o mistério cristão. É claro que nos últimos dois séculos, a sociedade ocidental incorporou várias minorias cujo antagonismo em relação a concepção cientificista do mundo tem sido irreconciliáveis “.(ROSZAK, 1972: 62). Defendo a idéia de que a comunidade hippie é uma dessas minorias, relevantes pelas suas proposições que estudo incorpora e dimensiona. Os objetivos desta pesquisa são: - Conhecer a cultura hippie e buscar compreender sua dinâmica ao longo do tempo; - Avaliar a experiência coletiva da aldeia hippie de Arembepe no contexto da contracultura; - Dimensionar a experiência da aldeia hippie de Arembepe em seu contexto social, político e cultural hoje. Para isto, trabalhamos com os conceitos de memória e de comunidade e como fontes documentais utilizamos, além de depoimentos orais, pesquisamos jornais, revistas, fotografias, filmagens e fontes oficiais.Universidade Federal de Campina GrandeUFCGBrasilHistória.HippiesComunidade Hippie de Arembepe - Camaçari - BAContraculturaAldeia hippieCamaçari - BA - comunidade hippieDepoimentos oraisHippiesHippie Community of Arembepe - Camaçari - BACountercultureHippie villageCamaçari - BA - hippie communityOral testimonies2Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).Counterculture heritage: the Hippie community of Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).20112024-02-27T11:11:03Z2024-02-272024-02-27T11:11:03Zhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787SOUSA, Getúlio Cavalcante de; DAMASCENO, Francisco José Gomes. Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011). In: II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura. GT 02 - História Oral: Experiências e Perspectivas. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2011. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2011. p. 1-11. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectporSOUSA, Getúlio Cavalcante de.DAMASCENO, Francisco José Gomes.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/34787/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALHERANÇA DA CONTRACULTURA - A COMUNIDADE HIPPIE DE AREMBEPE - II SEMINÁRIO NACIONAL DE FONTES HISTÓRICAS GT 2 2011.pdfHERANÇA DA CONTRACULTURA - A COMUNIDADE HIPPIE DE AREMBEPE - II SEMINÁRIO NACIONAL DE FONTES HISTÓRICAS GT 2 2011.pdfapplication/pdf104514http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/34787/1/HERAN%C3%87A+DA+CONTRACULTURA+-+A+COMUNIDADE+HIPPIE+DE+AREMBEPE+-+II+SEMIN%C3%81RIO+NACIONAL+DE+FONTES+HIST%C3%93RICAS+GT+2+2011.pdfa29df69ecf01d9878328ef920dc9ded9MD51riufcg/347872024-02-27 08:15:39.095oai:localhost:riufcg/34787Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-07-01T10:42:22.971071Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Counterculture heritage: the Hippie community of Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
title Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
spellingShingle Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
SOUSA, Getúlio Cavalcante de.
História.
Hippies
Comunidade Hippie de Arembepe - Camaçari - BA
Contracultura
Aldeia hippie
Camaçari - BA - comunidade hippie
Depoimentos orais
Hippies
Hippie Community of Arembepe - Camaçari - BA
Counterculture
Hippie village
Camaçari - BA - hippie community
Oral testimonies
title_short Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
title_full Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
title_fullStr Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
title_full_unstemmed Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
title_sort Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011).
author SOUSA, Getúlio Cavalcante de.
author_facet SOUSA, Getúlio Cavalcante de.
DAMASCENO, Francisco José Gomes.
author_role author
author2 DAMASCENO, Francisco José Gomes.
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv SOUSA, Getúlio Cavalcante de.
DAMASCENO, Francisco José Gomes.
dc.subject.cnpq.fl_str_mv História.
topic História.
Hippies
Comunidade Hippie de Arembepe - Camaçari - BA
Contracultura
Aldeia hippie
Camaçari - BA - comunidade hippie
Depoimentos orais
Hippies
Hippie Community of Arembepe - Camaçari - BA
Counterculture
Hippie village
Camaçari - BA - hippie community
Oral testimonies
dc.subject.por.fl_str_mv Hippies
Comunidade Hippie de Arembepe - Camaçari - BA
Contracultura
Aldeia hippie
Camaçari - BA - comunidade hippie
Depoimentos orais
Hippies
Hippie Community of Arembepe - Camaçari - BA
Counterculture
Hippie village
Camaçari - BA - hippie community
Oral testimonies
description A aldeia hippie de Arembepe, localizada em Camaçari, Bahia, na área metropolitana de Salvador é pretensamente uma comunidade hippie, herança da contracultura de 1960. De acordo com a documentação analisada até o momento, apesar da Afirmativa de Jonh Lenon de que "o sonho acabou" constatamos que muita gente resolveu ficar. Assim como confirmam as pesquisas pelo Brasil onde Cesar Augusto de Carvalho ao pesquisar o movimento alternativo pelo País, declara que "as comunidades se foram, mas os alternativos ficaram". Arembepe ficou conhecida por abrigar a mais autêntica aldeia hippie do Brasil, surgida no final da década de l960, quando os primeiros mochileiros começaram a chegar, "ainda entorpecidos pelos acordes psicodélicos das guitarras de Woodstock". As casas originais em palha e madeira foram sendo substituídas por casas de alvenaria, mas muitas foram preservadas. A aura da aldeia é a mesma: não há luz elétrica nem água encanada, nenhum conforto da vida moderna, mas quem mora ali pouco se importa com modernidades. Por ali não circulam carros, e o acesso da vila é a pé. Considero que o tema da contracultura em geral ainda não foi abordado com a relevância merecida. Ainda representa uma lacuna da historiografia e muitos aspectos do comportamento dos jovens que protagonizaram aquele momento histórico poderá ser melhor esclarecido pois como afirma Roszak:"Em minha opinião, o rompimento cultural que a rebelião da juventude está fazendo surgir entre ela e a tecnocracia tem exatamente essa dimensão, tão intensa em suas implicações (embora, obviamente, não em conseqüência histórica ainda), quanto à brecha que um dia se abriu entre o racionalismo grego-romano e o mistério cristão. É claro que nos últimos dois séculos, a sociedade ocidental incorporou várias minorias cujo antagonismo em relação a concepção cientificista do mundo tem sido irreconciliáveis “.(ROSZAK, 1972: 62). Defendo a idéia de que a comunidade hippie é uma dessas minorias, relevantes pelas suas proposições que estudo incorpora e dimensiona. Os objetivos desta pesquisa são: - Conhecer a cultura hippie e buscar compreender sua dinâmica ao longo do tempo; - Avaliar a experiência coletiva da aldeia hippie de Arembepe no contexto da contracultura; - Dimensionar a experiência da aldeia hippie de Arembepe em seu contexto social, político e cultural hoje. Para isto, trabalhamos com os conceitos de memória e de comunidade e como fontes documentais utilizamos, além de depoimentos orais, pesquisamos jornais, revistas, fotografias, filmagens e fontes oficiais.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-02-27T11:11:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-02-27
2024-02-27T11:11:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUSA, Getúlio Cavalcante de; DAMASCENO, Francisco José Gomes. Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011). In: II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura. GT 02 - História Oral: Experiências e Perspectivas. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2011. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2011. p. 1-11. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787
url http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787
identifier_str_mv SOUSA, Getúlio Cavalcante de; DAMASCENO, Francisco José Gomes. Herança da contracultura: a comunidade Hippie de Arembepe, Camaçari-Bahia (1984 - 2011). In: II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura. GT 02 - História Oral: Experiências e Perspectivas. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2011. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2011. p. 1-11. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34787
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Campina Grande
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFCG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Campina Grande
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
instname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
instacron:UFCG
instname_str Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
instacron_str UFCG
institution UFCG
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
bitstream.url.fl_str_mv http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/34787/2/license.txt
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/34787/1/HERAN%C3%87A+DA+CONTRACULTURA+-+A+COMUNIDADE+HIPPIE+DE+AREMBEPE+-+II+SEMIN%C3%81RIO+NACIONAL+DE+FONTES+HIST%C3%93RICAS+GT+2+2011.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
a29df69ecf01d9878328ef920dc9ded9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
repository.mail.fl_str_mv bdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.br
_version_ 1803396927364005888